tag:blogger.com,1999:blog-50023744556516027742024-03-12T23:10:58.591-03:00Lições dos EspíritosNossos estudos e textos auxiliares sobre Doutrina Espírita.Lições dos Espíritoshttp://www.blogger.com/profile/11097488664965998098noreply@blogger.comBlogger139125tag:blogger.com,1999:blog-5002374455651602774.post-18070032987818429652023-12-16T21:37:00.004-03:002023-12-16T21:39:58.757-03:00Súplica<p><i>Os clarões do Natal que se aproxima trazem-nos à lembrança a imagem tão conhecida da família de nosso Mestre Jesus, reunida ao redor da manjedoura, recebendo o carinho e a visita daqueles que vieram saudá-Lo. Dirigindo nosso olhar à Mãe Santíssima de todos nós, ofertamos a prece sempre atual de Bezerra de Menezes [1], intitulada Súplica:</i></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgmIzWhJFaCpxDEKeztYwZ7ZNHz6cVDdNRkw3azcKL7HvroOPA6VIqR-yWuW6L_Tuy3LXYG5kKlNpNesslHbQe-iRkKYAW5oUn2VfI4H3WQbQvBmn6diBM3bse-66NCxwj2qQcQPT0fjnALTlVhu7TLUsjEMzrprwZ2eOYiRCoc3apA5odxBYRjcFvTLEI/s1104/Carl%20Bloch%20O%20nascimento%20de%20Jesus.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1104" data-original-width="868" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhgmIzWhJFaCpxDEKeztYwZ7ZNHz6cVDdNRkw3azcKL7HvroOPA6VIqR-yWuW6L_Tuy3LXYG5kKlNpNesslHbQe-iRkKYAW5oUn2VfI4H3WQbQvBmn6diBM3bse-66NCxwj2qQcQPT0fjnALTlVhu7TLUsjEMzrprwZ2eOYiRCoc3apA5odxBYRjcFvTLEI/w252-h320/Carl%20Bloch%20O%20nascimento%20de%20Jesus.jpg" width="252" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i><span face=""Calibri",sans-serif" lang="EN-US" style="font-size: 11pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: EN-US; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-bidi-font-family: "Times New Roman"; mso-bidi-language: AR-SA; mso-bidi-theme-font: minor-bidi; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin; mso-hansi-theme-font: minor-latin;">Carl Heinrich Bloch – The birth of Jesus -
Detalhe</span></i></td></tr></tbody></table><br /><p>“Eis-nos, Senhora, ajoelhados aos teus pés, saudando-te na aurora do terceiro milênio que vem próximo.</p><p>Sentimos o desvelo de teu coração de mãe, arrebanhando os espíritos das trevas dos sofrimentos e preparando-os para uma era diferente.</p><p>Ouves o clamor das vozes que se atropelam em gritos de angústia e dor; confrange-se o teu coração de luz, aberto aos tormentos dos filhos que ainda não conseguiram sobreviver às próprias iniquidades.</p><p>Farol divino, acendes o lume nos caminhos dos infelizes e envias, em teu nome santíssimo, equipes de mensageiros, portadores de tua palavra cariciosa, de conforto, paz e energia, convidando-os para os sacros trilhos traçados por teu excelso Jesus.</p><p>Acalentas no teu regaço de mãe amorosa os filhos do calvário e, lenindo-lhes as chagas, pouco a pouco, alcançam os planos de desenvolvimento superior.</p><p>Sol divino, irradias a tua força e o teu calor por todo o orbe terrestre e, mesmo nas esferas espirituais, tua santa presença se faz sentir nas tarefas assistenciais, junto aos que perambulam nas sombras.</p><p>Teu tempo é luz que derramas como bálsamo nos corações aflitos e tuas mãos afagam os pequeninos deserdados do entendimento maior, conduzindo-os aos núcleos de amor cristão, onde aprendem a pronunciar com respeito e amor o nome altíssimo do Cristo de Deus.</p><p>Senhora nossa, o cântico de amor que te enviamos parte, também, da opressão que sentimos por vermos tantos corações desolados, quantas almas empobrecidas de consolo, inúmeros perturbados e aflitos que não conseguem pronunciar uma prece!</p><p>Pranteamos os lares desolados, os dramas dos tugúrios onde a humildade se acasala com o sofrimento, e buscamos em Ti, Mãe da Humanidade, a força, o poder da palavra consoladora, os recursos espirituais necessários a aliviar tão grandes torturas, tão tremendas misérias, tanta luta inglória.</p><p>Mãe, genuflexos como servos teus que se postam no labor da boa vontade, rogamos-te que nos possamos constituir, também, obreiros de teu amor, junto aos que padecem o frio do desencanto, a tortura da prova, a indigência da fé.</p><p>Saudamos-te, Mãe Santíssima, agradecidos por tua generosa bênção e agraciados por teu amor, desejamos seguir as veredas dos carenciados, como fiéis colaboradores de tua caridade inigualável, preparando, sob tua égide, os caminhos do porvir.</p><p>O último dos teus servos</p><p style="text-align: right;">Bezerra”</p><p style="text-align: right;"><br /></p><p>Feliz Natal!<br />Que 2024 seja um ano de crescimento espiritual e renovação de esperanças!</p><p>Bons estudos!!<br />Carla e Hendrio</p><p><br /></p><p>[1] PAIVA, Maria Cecília. “Garimpeiros do Além”. Pelo Espírito Bezerra de Menezes e outros. Instituto Maria, 1ª edição, Juiz de Fora, MG, 1985, p. 120-121.</p>Lições dos Espíritoshttp://www.blogger.com/profile/11097488664965998098noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5002374455651602774.post-8139066979676749432022-12-21T13:15:00.006-03:002022-12-24T13:49:11.145-03:00Oferta de Natal<p><i>Nossa mensagem de Natal, nas palavras de Emmanuel.</i></p><p><br /></p><p><br /></p><p>Senhor!</p><p>Enquanto as melodias do Natal nos enternecem, recordamos também, ante o céu iluminado, a estrela divina que te assinalou o berço na palha singela!...</p><p style="text-align: center;">*</p><p>De novo, alcançam-nos os ouvidos as vozes angélicas:</p><p>– Glória a Deus nas Alturas, paz na Terra, boa vontade para com os homens!...</p><p>E lembramo-nos do tópico inesquecível da narrativa de Lucas (Lc 2:8-11):</p><p>“Havia na região da manjedoura pastores que viviam nos campos e velavam pelos rebanhos durante a noite; e um anjo do Senhor desceu onde eles se achavam e a glória do Senhor brilhou ao redor deles, pelo que se fizeram tomados de assombro... O anjo, porém, lhes disse: não temais! eis que vos trago boas novas de grande alegria, que serão para todo o povo... É que hoje vos nasceu, na cidade de David, o Salvador, que é o Cristo, o Senhor”.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqdTRNnJ1Y5OfZKfGZijiE3i3xrUWHex6acRPxTtxaURYcyFF191InVdcdbE0XCB8PoVwze7alG1IeCaLfFFDifrS57Bh7amcZPIqHMvssBAE7WrOXnZj17joGqZ6iGItwSh1cYSWMwfT3joD-CdoRmH8vl30o1DVyCHioqMvx0caye4TGQDXHI7ApTA/s600/20221221_125508_.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="436" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqdTRNnJ1Y5OfZKfGZijiE3i3xrUWHex6acRPxTtxaURYcyFF191InVdcdbE0XCB8PoVwze7alG1IeCaLfFFDifrS57Bh7amcZPIqHMvssBAE7WrOXnZj17joGqZ6iGItwSh1cYSWMwfT3joD-CdoRmH8vl30o1DVyCHioqMvx0caye4TGQDXHI7ApTA/s16000/20221221_125508_.jpg" /></a></div><div style="text-align: center;"><i><span style="font-size: x-small;">Foto: Carla Engel</span></i></div><div style="text-align: center;"><br /></div><p>Desde o momento em que os pastores maravilhados se movimentaram para ver-te, na hora da alva, começaste, por misericórdia tua, a receber os testemunhos de afeição dos filhos da Terra.</p><p>Todavia, muito antes que te homenageassem com o ouro, o incenso e a mirra, expressando a admiração e a reverência do mundo, o teu cetro invisível se dignou acolher, em primeiro lugar, as pequeninas dádivas dos últimos!</p><p>Só tu sabes, Senhor, os nomes daqueles que algo te ofertaram, em nome do amor puro, nos instantes da estrebaria:</p><p>A primeira frase de bênção...</p><p>A luz da candeia que principiou a brilhar quando se apagaram as irradiações do firmamento...</p><p>Os panos que te livraram do frio...</p><p>A manta humilde que te garantiu o leito improvisado...</p><p>Os primeiros braços que te enlaçaram ao colo para que José e Maria repousassem...</p><p>A primeira tigela de leite...</p><p>O socorro aos pais cansados...</p><p>Os utensílios de empréstimo para que te não faltasse assistência...</p><p>A bondade que manteve a ordem, ao redor da manjedoura, preservando-a de possíveis assaltos...</p><p>O feno para o animal que devia transportar-te...</p><p style="text-align: center;">*</p><p>Hoje, Senhor, que quase vinte séculos transcorreram sobre o teu nascimento, nós, os pequeninos obreiros desencarnados, com a honra de cooperar em teu Evangelho Redivivo, pedimos vênia para algo ofertar-te... Nada possuindo de nós, trazemos-te as páginas simples que tu mesmo nos inspiraste, os pensamentos de gratidão e de amor que nos saíram do coração, em forma de letras, em louvor de tua infinita bondade!</p><p style="text-align: left;">Recebe-os, ó Divino Benfeitor! com a benevolência com que acolheste as primeiras palavras de respeito e os primeiros gestos de carinho com que as criaturas rudes e anônimas te afagaram na gloriosa descida à Terra!... E que nós – espíritos milenários fatigados do erro, mas renovados na esperança – possamos rever-te a figura sublime, nos recessos do coração, e repetir, como o velho Simeão, após acariciar-te na longa vigília do Templo:</p><p style="text-align: left;">– “Agora, Senhor, despede em paz os teus servos, segundo a tua palavra, porque os nossos olhos viram a salvação!...”.</p><p style="text-align: left;"><br /><br /><span face=""Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif" style="background-color: white; color: #1d2228; font-size: 13px;">XAVIER, Francisco Cândido. "Antologia Mediúnica do Natal". Por Diversos Espíritos. 3.ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1990, Prefácio.</span></p>Lições dos Espíritoshttp://www.blogger.com/profile/11097488664965998098noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5002374455651602774.post-79796882406051745932020-12-22T13:07:00.000-03:002020-12-22T13:07:07.080-03:00Cartão de Natal<p style="text-align: justify;">Ao clarão do Natal, que em ti acorda a música da esperança, escuta a voz de alguém que te busca o ninho da própria alma!... Alguém que te acende a estrela da generosidade nos olhos e te adoça o sentimento, qual se trouxesses uma harpa de ternura esconda no peito.</p><p style="text-align: justify;">Sim, é Jesus, o amigo fiel, que volta.</p><p style="text-align: justify;">Ainda que não quisesses, lembrar-lhe-ias hoje os dons inefáveis, ao recordares as canções maternas que te embalaram o berço, o carinho de teu pai, ao recolher-te nos braços enternecidos, a paciência dos mestres que te guiaram na escola e o amor puro de velhas afeições que te parecem distantes.</p><p style="text-align: justify;">Contemplas a rua, onde luminárias e cânticos lhe reverenciam a glória; entretanto, vergas-te ao peso das lágrimas que te desafogam o coração... É que ele te fala no íntimo, rogando perdão para os erram, socorro aos que sofrem, agasalho aos que tremem na vastidão da noite, consolação aos que gemem desanimados e luz para os que jazem nas trevas.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-z2eqHaq8Qhg/X-IYkyhyKeI/AAAAAAAAAgE/qnpZe2eLPuUxjuCjM-Bvz2BzH7PdsaEHgCLcBGAsYHQ/s1024/DSCN0467_.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="768" data-original-width="1024" height="300" src="https://1.bp.blogspot.com/-z2eqHaq8Qhg/X-IYkyhyKeI/AAAAAAAAAgE/qnpZe2eLPuUxjuCjM-Bvz2BzH7PdsaEHgCLcBGAsYHQ/w400-h300/DSCN0467_.jpg" width="400" /></a></div><div style="text-align: center;"><i><span style="font-size: x-small;">Foto: Carla e Hendrio</span></i></div><p style="text-align: justify;">Não hesites! Ouve-lhe a petição e faze algo!... Sorri de novo para os que te ofenderam; abençoa os que feriram; divide o farnel com os irmãos em necessidade; entrega um minuto de reconforto ao doente; oferece uma fatia de bolo aos que oram, sozinhos, sob ruínas e pontes abandonadas; estende um lençol macio aos que esperam a morte, sem aconchego do lar; cede pequenina parte de tua bolsa no auxílio às mães fatigadas, que se afligem ao pé dos filhinhos que enlanguescem de fome, ou improvisa a felicidade de uma criança esquecida.</p><p style="text-align: justify;">Não importa se diga que cultivas a bondade somente hoje quando o Natal te deslumbra!... Comecemos a viver com Jesus, ainda que seja por algumas horas, de quando em quando, e aprenderemos, pouco a pouco, a estar com ele, em todos os instantes, tanto quanto ele permanece conosco, tornando diariamente ao nosso convívio e sustentando-nos para sempre.</p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: right;"><i>Meimei</i></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;">XAVIER, Francisco Cândido. "Antologia Mediúnica do Natal". Por Diversos Espíritos. 3.ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1990, cap. 5.</p>Lições dos Espíritoshttp://www.blogger.com/profile/11097488664965998098noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5002374455651602774.post-30352308398912435912020-07-27T17:33:00.002-03:002020-07-27T17:34:21.249-03:00Uma prece<div style="text-align: justify;">Deus, Sabedoria Suprema do Universo, Tu sabes, Senhor o que é melhor para cada um de nós e temos certeza do Teu Amor infinito e Tua Sabedoria...</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Te agradecemos a oportunidade de estarmos juntos em oração, nós e aqueles que nos leem, elevando nossos pensamentos e sentimentos a Ti.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Pai de Infinita Bondade, de Ti tudo recebemos: a dádiva da vida, que não perece; as experiências da vida física, a possibilidade de aprender e evoluir. O amparo e conforto nas horas difíceis. As energias necessárias para harmonização do corpo, dos pensamentos e emoções... E a Ti agradecemos toda essas graças que derramas incessantemente sobre nós...</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Pai, nesses dias, em que tantos irmãos têm deixado o corpo físico, pedimos a Ti por eles... Que sejam bem recebidos no plano espiritual, continuando seu tratamento de saúde em clima de paz e tranquilidade... Que os Bons Amigos Espirituais possam continuar amparando a cada um destes nossos irmãos, testemunhando para eles a nossa afeição, nosso carinho, nossa saudade...</div><div><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-c6bdez5ofHY/Xx85H3_il8I/AAAAAAAAAes/qz5MUi1lPcUDlsp1aiNY89R_tSOYnbJ7wCLcBGAsYHQ/s1280/IMG-20200727-WA0026.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="590" data-original-width="1280" height="185" src="https://1.bp.blogspot.com/-c6bdez5ofHY/Xx85H3_il8I/AAAAAAAAAes/qz5MUi1lPcUDlsp1aiNY89R_tSOYnbJ7wCLcBGAsYHQ/w400-h185/IMG-20200727-WA0026.jpg" width="400" /></a></div><div style="text-align: center;"><font size="2"><i>Foto: Carla Engel</i></font></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Pedimos, Senhor, também por nós. Que a nossa saudade seja suave acalento, uma canção de gratidão pelos momentos que convivemos, sorrisos e alegrias que relembramos como ânimo novo para nossas lutas. Tranquiliza em nós qualquer revolta contra Tuas Sábias Leis.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Ajuda-nos, Senhor, a ajudarmos nossos amados, enviando para eles energias de paz, lembrando-nos deles com pensamentos serenos, saudades sim, mas a certeza de que os laços de amor e ternura permanecem. Ajuda-nos a respeitarmos essa pausa para refazimento de nossos amados. Que seja tranquilo seu despertar na Espiritualidade.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Que todos possam receber essas flores perfumadas da Tua Misericórdia!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Graças sempre, Senhor!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div>Lições dos Espíritoshttp://www.blogger.com/profile/11097488664965998098noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5002374455651602774.post-27044340641234304922019-12-31T16:35:00.001-03:002019-12-31T16:35:44.172-03:00Finalidade da Existência<div style="text-align: justify;">
A proximidade da virada do calendário terreno, ao iniciar um novo ano, nos convida a considerar como foi vivenciado o tempo até aqui e quais as perspectivas, objetivos e sonhos para o próximo período de tempo.</div>
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<br /></div>
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O que norteia nosso planejamento?</div>
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<br /></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Visão materialista e espiritualista da vida</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
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Em “O Evangelho Segundo o Espiritismo” [1], há uma mensagem assinada por Um Espírito Protetor que é finalizada com a pergunta: “Seria essa a finalidade da existência que Deus vos outorgou?”</div>
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<br /></div>
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Nessa mensagem, o Espírito Protetor questiona nossas prioridades.</div>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
<i>“Quando considero a brevidade da vida, dolorosamente me impressiona a incessante preocupação de que é para vós objeto o bem-estar material, ao passo que tão pouca importância dais ao vosso aperfeiçoamento moral, a que pouco ou nenhum tempo consagrais e que, no entanto, é o que importa para a eternidade.”</i></blockquote>
<div style="text-align: justify;">
A brevidade da vida neste contexto refere-se a nossa encarnação atual. O que é o período de uma encarnação, ainda que longeva, de 70, 80, 100 anos, frente a todos os muitos e muitos anos que temos pela frente em nossa vida de espíritos imortais? Um período muito breve, muito rápido. Podemos traçar um paralelo com o iniciar de mais um ano letivo na escola... Ao vermos os livros, os cadernos ainda vazios, parece que há muita coisa para estudarmos, mas quando nos damos conta, já se passaram vários anos e já vamos sair da escola. É tão rápido...</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Continuando sua análise, o Espírito Protetor diz que fica dolorosamente impressionado observando a nossa opção – enquanto Humanidade, no grau evolutivo que em média nos encontramos na Terra –, ao dedicarmos mais tempo ao bem-estar material em detrimento do aperfeiçoamento moral.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Do ponto de vista materialista, ou seja, considerando a não existência da alma e da continuidade da vida após a morte do corpo físico, é natural agir conforme diz o Espírito Protetor, preocupando-nos incessantemente com o bem-estar material.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Mas e do ponto de vista espiritualista? Considerando que existe alma e que esta continua sua jornada após a morte do corpo físico, que tempo estamos dedicando ao aperfeiçoamento moral? Como estamos nos alimentando, enquanto almas encarnadas, seja no exercício da prece, pelo menos no início e fim do dia, na leitura/estudo de obras edificantes? Como estamos nos aprimorando moralmente, a partir da observação de nós mesmos (o autoconhecimento) e de propostas de mudança interior? Quanto tempo dedicamos a essas atividades? Estamos vivendo como materialistas ou espiritualistas? São reflexões que somos convidados a fazer, porque, de acordo com o modo como estamos vivendo, estamos definindo qual é, para nós, a finalidade da existência.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Natural que não vamos nos ausentar do mundo material. Temos as nossas responsabilidades enquanto encarnados, que também nos auxiliam em nosso progresso, tanto material quanto espiritual, tanto individual quanto coletivo. E vale lembrar que o nosso planeta Terra é também uma escola, e como escola, oferece várias oportunidades de aprendizado, mesmo nas atividades materiais (nosso aprimoramento intelectual, nossa atitude com o meio ambiente, o modo como realizamos nossos trabalhos/estudos). Como estamos vivenciando essas aulas do dia-a-dia? Como materialistas ou como espiritualistas? Essas oportunidades que vivenciamos no mundo material são um fim em si mesmas ou meios, instrumentos para que possamos nos observar e nos melhorar?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Continua o Espírito Protetor:</div>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
<i>“Dir-se-ia, diante da atividade que desenvolveis, tratar-se de uma questão do mais alto interesse para a Humanidade, quando não se trata, na maioria dos casos, senão de vos pordes em condições de satisfazer a necessidades exageradas, à vaidade, ou de vos entregardes a excessos.”</i></blockquote>
<div style="text-align: justify;">
O convite é para descobrirmos as razões de nossas atitudes. Segundo o Espírito Protetor, algumas atividades nas quais estamos nos esforçando muito, aparentemente por uma razão muito positiva, pode não ter uma motivação tão louvável: necessidades exageradas, vaidade e excessos demonstram que estamos sendo egoístas. E, o que é mais preocupante, gerando a ilusão de que estamos contribuindo para a Humanidade...</div>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
<i>“Credes, então, realmente, que vos serão levados em conta os cuidados e os esforços que despendeis movidos pelo egoísmo, pela cupidez ou pelo orgulho, enquanto negligenciais do vosso futuro, bem como dos deveres que a solidariedade fraterna impõe a todos os que gozam das vantagens da vida social?”</i></blockquote>
<div style="text-align: justify;">
O Espírito Protetor que assina a mensagem multiplica questionamentos nos convidando à reflexão: estamos nos dedicando e esforçando muito, mas pelo quê? Quando motivados pelo egoísmo, pela cupidez (ambição, desejo excessivo por riqueza) ou pelo orgulho, nos esforçamos na direção equivocada, e descuidamos do futuro e do presente, pois não cumprimos “os deveres que a solidariedade fraterna impõe a todos os que gozam das vantagens da vida social”. Que será isso? Imaginemos uma pessoa muito famosa, muito influente. Esta visibilidade que a pessoa tem, ainda que ela não tenha recursos financeiros, pode ser usada em benefício de alguma causa positiva. E a pessoa nem precisa ser muito famosa, porque hoje quase todos podemos utilizar rede social, e ali somos vistos e influenciamos. O que estamos curtindo/compartilhando está servindo a alguma finalidade útil? Há várias outras situações em que podemos agir com “solidariedade fraterna”, ainda que não seja nas redes sociais. A pergunta do Espírito Protetor tem como objetivo nos levar a pensar sobre como e com que finalidade estamos vivendo esta encarnação.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Visão espírita da vida</b></div>
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<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
No Dicionário [2], as definições de finalidade e existência são:</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<ul>
<li>Finalidade: Aquilo que se pretende alcançar, obter; propósito, fim. Intenção para o desenvolvimento de algo: objetivo; </li>
<li>Existência: A vida; a ação de permanecer vivo, de viver.</li>
</ul>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Finalidade da existência refere-se, portanto, ao objetivo da vida, já esclarecido que “existência”, neste contexto, refere-se à encarnação atual.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em termos individuais, cada um tem a sua finalidade de vida. Cada um tem o seu planejamento espiritual, os seus desafios e, voltando ao exemplo da escola, as matérias que escolheu fazer nesse ano letivo, que seria a sua encarnação atual. Mas há algo comum a todos. Segundo o pensamento do escritor Victor Hugo (Espírito), na obra Árdua Ascensão:</div>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
<i>“O homem (...) necessita despertar para as responsabilidades mais altas, adquirindo conhecimento, consciência da finalidade da sua existência na Terra, passo inicial para a aquisição do progresso real, que é o intelecto-moral, propiciador da legítima felicidade, afinal, meta e aspiração maior de todas as criaturas, embora os diferentes e, normalmente equivocados meios de que a maioria se utiliza para alcançar o mister.”</i> [3]</blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Victor Hugo faz-nos repensar alguns conceitos corriqueiros sobre a finalidade da existência. A ideia do despertamento para responsabilidades mais altas não é compatível com simplesmente “gozar a vida”. Consciência da finalidade de sua existência se contrapõe ao pensamento de que “não pedimos para nascer”, ou ainda que tudo é fruto do acaso. O estudo da Doutrina Espírita demonstra que, ao atingir determinado nível evolutivo, o Espírito pede para reencarnar e planeja sua encarnação, com a orientação de seu Espírito Protetor. E por fim, ao entender que não “está aqui por acaso”, pode focar melhor o seu progresso intelecto-moral, extraindo de cada situação aquilo que realmente importa. E, com o progresso, conquista a legítima felicidade.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E o que a Doutrina Espírita nos esclarece acerca do objetivo da encarnação? Busquemos essas informações em “O Livro dos Espíritos” [4], primeira obra da Codificação (a qual abreviaremos como LE em trechos do presente estudo).</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A questão referente a esse tema pode ser encontrada no capítulo II da segunda parte de “O Livro dos Espíritos”, subtítulo “Objetivo da encarnação”, qual seja:</div>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
<i>132. Qual o objetivo da encarnação dos Espíritos?<br />“Deus lhes impõe a encarnação com o fim de fazê-los chegar à perfeição.”</i></blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Quando estudamos em sequência “O Livro dos Espíritos”, temos mais facilidade de entendimento porque algumas questões já foram esclarecidas anteriormente. Esse é um caso. Na questão 115, os Espíritos revelaram que:</div>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
<i>“Deus criou todos os Espíritos simples e ignorantes, isto é, sem saber. A cada um deu determinada missão, com o fim de esclarecê-los e de os fazer chegar progressivamente à perfeição, pelo conhecimento da verdade, para aproximá-los de si.” </i></blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Desta forma, não é por acaso que encarnamos. Temos pelo menos uma missão: o aprimoramento de nós mesmos. Lembrando a escola, temos alguns trabalhos a realizar, exercícios a fazer, para adquirirmos esse conhecimento.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ainda na questão 115, os Espíritos esclareceram que nessa perfeição, que sabemos ser uma perfeição relativa, já que a perfeição absoluta é de Deus, vamos encontrar a felicidade pura. Aquela felicidade legítima citada por Victor Hugo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E os Espíritos Superiores continuam (LE q. 115):</div>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
<i>“(...) Passando pelas provas que Deus lhes impõe é que os Espíritos adquirem aquele conhecimento. Uns aceitam submissos essas provas e chegam mais depressa à meta que lhes foi assinada. Outros, só a suportam murmurando e, pela falta em que desse modo incorrem, permanecem afastados da perfeição e da prometida felicidade.”</i></blockquote>
<div style="text-align: justify;">
O termo prova lembra também aquele momento escolar em que vamos testar o que aprendemos. Os Espíritos destacam a finalidade da prova: adquirir conhecimento.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E se não adquirimos o conhecimento suficiente? Se não “passarmos na prova”? Vamos recomeçar. Pedir uma nova oportunidade, preparar-nos bem, e passar pela prova novamente, até conseguirmos atravessá-la. </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="white-space: pre;"> </span></div>
<div style="text-align: justify;">
Voltemos então à resposta à questão 132:</div>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
<i>“Para uns, é expiação; para outros, missão. Mas, para alcançarem essa perfeição, têm que sofrer todas as vicissitudes da existência corporal (...)”</i></blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Vicissitude significa sequência de mudanças ou transformações; variação. Não é necessariamente algo negativo. Sobre expiação, missão e prova, podemos entendê-las, de modo resumido, como:</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<ul>
<li>Missão – é uma tarefa que o Espírito se propõe a fazer (LE questão 572) e tem sempre por finalidade o bem.</li>
<li>Expiação – resultado de uma falta cometida; relacionada ao passado do Espírito.</li>
<li>Prova – relacionada ao futuro do Espírito.</li>
</ul>
<br />
<div style="text-align: justify;">
Em certos casos, a prova se confunde com a expiação, isto é, a expiação pode servir de prova, e reciprocamente. </div>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
<i>“As misérias da Terra são, pois, expiação, por seu lado efetivo e material, e provas, por suas consequências morais. Seja qual for o nome que se lhes dê, o resultado deve ser o mesmo: o melhoramento. Em presença de um objetivo tão importante, seria pueril fazer de um jogo de palavras uma questão de princípio. Isto provaria que se dá mais importância às palavras que à coisa.”</i> [5]</blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Passamos por situações, vivências, que podem ser categorizadas como provas ou expiações, mas o nome que se dá não é o essencial. O importante é o resultado, o conhecimento adquirido, o progresso.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Retornando à resposta à questão 132, os Espíritos Superiores acrescentam: </div>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
<i>“(...) Visa ainda outro fim a encarnação: o de pôr o Espírito em condições de suportar a parte que lhe toca na obra da criação.”</i></blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Portanto, observa-se que à primeira finalidade, que é chegar à perfeição, soma-se a segunda finalidade, que é preparar-nos para bem realizar a parte sob nossa responsabilidade na obra da criação. Podemos buscar como exemplo o nosso Mestre Jesus. Temos a informação, no livro “A Caminho da Luz”, que Jesus é o governador da Terra e que a presidiu desde a sua formação, quando se desprendeu do Sol... Imaginemos o quanto de conhecimento precisamos ter para coordenar a formação de um planeta! </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Joanna de Ângelis, no livro “Filho de Deus” [6], faz-nos uma pergunta:</div>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
<i>“Considerando-se a tua ascendência divina, já te deste conta de que és herdeiro de Deus?”</i></blockquote>
<div style="text-align: justify;">
E o que é a herança de Deus? O Universo e todas as almas que estão progredindo nele... A encarnação serve para nos preparar para assumirmos essa herança divina e geri-la bem.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Os Espíritos Superiores finalizam a resposta à questão 132:</div>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
<i>“Para executá-la é que, em cada mundo, toma o Espírito um instrumento, de harmonia com a matéria essencial desse mundo, a fim de aí cumprir, daquele ponto de vista, as ordens de Deus. É assim que, concorrendo para a obra geral, ele próprio se adianta.”</i></blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Além do progresso individual, concorremos para o progresso coletivo. Além do progresso material, realizamos progresso espiritual, se estivermos atentos às atividades desenvolvidas. Não é lógico considerarmos que o desenvolvimento material dependa apenas dos Espíritos Superiores. Considerando que temos o instrumento adequado (o corpo físico), cabe-nos a responsabilidade de realizar a parte material relativa a este progresso. Um exemplo muito simples: nossos Espíritos Protetores não vão separar o lixo em reciclável e orgânico, não vão cuidar da limpeza física da rua... Essa é a parte de responsabilidade dos encarnados. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em relação à finalidade da encarnação, vale considerar ainda a questão que Kardec apresentou aos Espíritos Superiores sob número 573 (LE):</div>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
<i>573. Em que consiste a missão dos Espíritos encarnados?<br />“Em instruir os homens, em lhes auxiliar o progresso; em lhes melhorar as instituições, por meios diretos e materiais. As missões, porém, são mais ou menos gerais e importantes. O que cultiva a terra desempenha tão nobre missão, como o que governa, ou o que instrui. Tudo em a Natureza se encadeia. Ao mesmo tempo que o Espírito se depura pela encarnação, concorre, dessa forma, para a execução dos desígnios da Providência. <b>Cada um tem neste mundo a sua missão, porque todos podem ter alguma utilidade.</b>”</i> (grifo nosso).</blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Os Espíritos Superiores reforçam a ideia de que, quando nós estamos encarnados, além da responsabilidade relativa ao nosso melhoramento pessoal, temos responsabilidades em relação ao mundo físico. E não importa em qual posição social estejamos, seja como lavrador, governador, educador, todas são oportunidades, tanto de melhoria pessoal quanto de melhoria do mundo que nos cerca. Além disso, não importa em qual grau da escala evolutiva estejamos, pouco evoluído ou muito evoluído, cada um pode ser útil do jeito que se encontra (LE q. 559). Não há ninguém que não tenha algo para fazer ou ensinar; há algo que está sob sua responsabilidade, é a sua missão. E naturalmente, como vimos antes, as missões estão sempre relacionadas ao bem, pois ninguém tem a missão de fazer algo errado ou mau. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Resumindo as análises apresentadas até o momento, verificamos pelo menos 3 finalidades para a existência:</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<ul>
<li>Finalidade 1 – chegar à perfeição (LE q. 132).</li>
<li>Finalidade 2 – preparar-nos para a parte que nos toca na obra da criação (LE q. 132), já que somos herdeiros de Deus e precisamos nos preparar para gerir essa herança.</li>
<li>Finalidade 3 – instruir os homens, auxiliar o progresso; melhorar as instituições, por meios diretos e materiais (LE q. 573).</li>
</ul>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Jesus e a finalidade da existência</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
Como a Doutrina Espírita é o Cristianismo redivivo, ou seja, o Cristianismo trazido de novo em sua pureza, esta nos relembra os ensinamentos de Jesus, nosso Mestre, Professor amigo, guia e modelo. Sobre este tema, há diversas passagens que poderiam ilustrar o estudo sobre a finalidade da existência.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-MAvjVd_ntjs/XguiZst9nRI/AAAAAAAAAcs/PSXUV59N_04Jf6a1cvModCZ0uoWDm5bYQCLcBGAsYHQ/s1600/Jesus%252C%2BMaria%2Be%2BMarta.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="959" data-original-width="1227" height="312" src="https://1.bp.blogspot.com/-MAvjVd_ntjs/XguiZst9nRI/AAAAAAAAAcs/PSXUV59N_04Jf6a1cvModCZ0uoWDm5bYQCLcBGAsYHQ/s400/Jesus%252C%2BMaria%2Be%2BMarta.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<i><span style="font-size: x-small;">Pintura de Simon Dewey</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Escolhemos a passagem narrada pelo Evangelista <a href="https://www.bibliaonline.com.br/nvi/lc/10/38-42" target="_blank">Lucas, no capítulo 10, versículos 38 a 42</a>:</div>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
<i>“Caminhando Jesus e os seus discípulos, chegaram a um povoado onde certa mulher chamada Marta o recebeu em sua casa.<br />Maria, sua irmã, ficou sentada aos pés do Senhor, ouvindo a sua palavra.<br />Marta, porém, estava ocupada com muito serviço. E, aproximando-se dele, perguntou: ‘Senhor, não te importas que minha irmã tenha me deixado sozinha com o serviço? Dize-lhe que me ajude!’<br />E respondendo Jesus, disse-lhe: ‘Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária;<br />E Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada.’”</i></blockquote>
<div style="text-align: justify;">
A passagem de Jesus em casa de Marta e Maria apresenta muitos ensinamentos... Relacionando-a com a finalidade da existência, consideremos a situação das duas irmãs: a agitação e inquietação de Marta e a serenidade de Maria. Observamos que Marta vivia ansiosa e afadigada. Podemos associar esse comportamento de Marta àquele que vimos na mensagem inicial de Um Espírito Protetor, com referência aos trabalhos penosos, à existência de sacrifício... Jesus esclarece: mas só uma coisa é necessária.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Imaginemos um estudante que se prepara para receber um diploma e exercer determinada profissão. Em sua formação, utiliza livros, cadernos, tudo que é útil para aquele momento de aprendizado, todavia, no exercício de sua profissão, precisará da lição aprendida, não mais do material escolar. Da mesma forma, enquanto Espíritos em evolução, todas as situações que vivenciamos são nossos materiais didáticos. Eles são meios para adquirirmos conhecimento e experiência, mas não fins em si mesmos. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Marta, em seu comportamento ansioso, demonstrava priorizar o caderno, o livro, a caneta e não a lição.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A capacidade de realização no mundo físico, representada pela ação de Marta, precisa da ligação com a parte espiritual, representada por Maria, que escuta as orientações de Jesus, para atingir sua finalidade plena. <a href="https://www.youtube.com/watch?v=gkCkJeJcd3w" target="_blank">Segundo o dizer de Haroldo Dutra Dias</a>, precisamos desenvolver o coração de Maria e as mãos de Marta.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O calendário amigo, na virada de mais um ano, convida a pensar.</div>
<div style="text-align: justify;">
O que tem norteado seu planejamento? O que é realmente importante?</div>
<div style="text-align: justify;">
Quais as suas perspectivas, objetivos e sonhos para o próximo período de tempo?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Leia também, neste Blog, as postagens <a href="http://licoesdosespiritos.blogspot.com/2009/12/por-que-deus-criou-nos-e-o-universo.html" target="_blank">“Por que Deus criou a nós e o Universo?”</a> e <a href="http://licoesdosespiritos.blogspot.com/2010/10/vigiai-e-orai.html" target="_blank">“Vigiai e Orai”</a>.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Bons estudos, com nossos votos de um Feliz 2020!</div>
<div style="text-align: justify;">
Carla e Hendrio</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Referências Bibliográficas</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
[1] KARDEC, Allan. “O Evangelho Segundo do Espiritismo”, 97ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 1987, cap. XVI, item 12.</div>
<div style="text-align: justify;">
[2] “Dicionário On Line de Português”. Disponível em: https://www.dicio.com.br/finalidade/ e https://www.dicio.com.br/existencia/ Acesso em 31.12.2019.</div>
<div style="text-align: justify;">
[3] FRANCO, Divaldo P. “Árdua Ascensão”, Pelo Espírito Victor Hugo, 6ª ed, Salvador: LEAL, 1999, cap. 4, 2ª parte, trecho.</div>
<div style="text-align: justify;">
[4] KARDEC, Allan. “O Livro dos Espíritos”, 66ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 1987, questões 115, 132, 572, 573, 559.</div>
<div style="text-align: justify;">
[5] KARDEC, Allan. “Revista Espírita. Setembro de 1863”, Tradução de Evandro Noleto Bezerra. Questões e Problemas Sobre a Expiação e a Prova. Disponível em: https://www.febnet.org.br/blog/geral/pesquisas/downloads-material-completo/ Acesso em 31.12.2019.</div>
<div style="text-align: justify;">
[6] FRANCO, Divaldo P. “Filho de Deus”, Pelo Espírito Joanna de Ângelis, 1ª ed. Salvador: LEAL, 1986, cap. 11.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Lições dos Espíritoshttp://www.blogger.com/profile/11097488664965998098noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5002374455651602774.post-26001819263970096522018-12-15T21:57:00.000-02:002019-01-26T19:09:00.577-02:00Natal Simbólico<div style="text-align: justify;">
<span style="white-space: pre;"> </span>Harmonias cariciosas atravessavam a paisagem, quando o lúcido mensageiro continuou:</div>
<div style="text-align: justify;">
– Cada Espírito é um mundo onde o Cristo deve nascer...</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="white-space: pre;"> </span>Fora loucura esperar a reforma do mundo, sem o homem reformado. Jamais conheceremos povos cristãos, sem edificarmos a alma cristã...</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="white-space: pre;"> </span>Eis por que o Natal do Senhor se reveste de profunda importância para cada um de nós em particular. </div>
<div style="text-align: justify;">
Temos conosco oceanos de bênçãos divinas, maravilhosos continentes de possibilidades, florestas de sentimentos por educar, desertos de ignorância por corrigir, inumeráveis tribos de pensamentos que nos povoam a infinita extensão do mundo interior. De quando em quando, tempestades renovadoras varrem-nos o íntimo, furacões implacáveis atingem nossos ídolos mentirosos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="white-space: pre;"> </span>Quantas vezes, o interesse egoístico foi o nosso perverso inspirador?</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="white-space: pre;"> </span>Examinando a movimentação de nossas ideias próprias, verificamos que todo princípio nobre serviu de precursor ao conhecimento inicial do Cristo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="white-space: pre;"> </span>Verificou-se a vinda de Jesus numa época de recenseamento.</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="white-space: pre;"> </span>Alcançamos a transformação essencial justamente em fase de contas espirituais com a nossa própria consciência, seja pela dor ou pela madureza de raciocínio.</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="white-space: pre;"> </span>Não havia lugar para o Senhor.</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="white-space: pre;"> </span>Nunca possuímos espaço mental para a inspiração divina, absorvidos de ansiedades do coração ou limitados pela ignorância.</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="white-space: pre;"> </span>A única estalagem ao Hóspede Sublime foi a Manjedoura.</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="white-space: pre;"> </span>Não oferecemos ao pensamento evangélico senão algumas palhas misérrimas de nossa boa vontade, no lugar mais escuro de nossa mente.</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="white-space: pre;"> </span>Surge o Infante Celestial, dentro da noite.</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="white-space: pre;"> </span>Quase sempre, não sentimos a Bondade do Senhor senão no ápice das sombras de nossas inquietações e falências.</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="white-space: pre;"> </span>A estrela prodigiosa rompe as trevas no grande silêncio.</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="white-space: pre;"> </span>Quando o gérmen do Cristo desponta em nossas almas, a estrela da divina esperança desafia nossas trevas interiores, obscurecendo o passado, clareando o presente e indicando o porvir.</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="white-space: pre;"> </span>Animais em bando são as primeiras visitas ao Enviado Celeste.</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="white-space: pre;"> </span>Na soledade de nossa transformação moral, em face da alvorada nova, os sentimentos animalizados de nosso ser são os primeiros a defrontar o ideal do Mestre.</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="white-space: pre;"> </span>Chegam pastores que se envolvem na intensa luz dos anjos que velam o berço divino.</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="white-space: pre;"> </span>Nossos pensamentos mais simples e mais puros aproximam-se da ideia nova, contagiando-se da claridade sublime, oriunda dos gênios superiores que nos presidem aos destinos e que se acercam de nós, afugentando a incompreensão e o temor.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-8tQ7QxV-6JY/XBWUsIgsWuI/AAAAAAAAAZ0/Osw8bWTdU14Y9GtRgY08i32X4eq9wX-RwCLcBGAs/s1600/Gherardo_delle_Notti_o_Gheritt_van_Hontorst_-_Adorazione_del_Bambino_-_Google_Art_Project_.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="474" data-original-width="640" height="295" src="https://3.bp.blogspot.com/-8tQ7QxV-6JY/XBWUsIgsWuI/AAAAAAAAAZ0/Osw8bWTdU14Y9GtRgY08i32X4eq9wX-RwCLcBGAs/s400/Gherardo_delle_Notti_o_Gheritt_van_Hontorst_-_Adorazione_del_Bambino_-_Google_Art_Project_.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="white-space: pre;"> </span>Cantam milícias celestiais.</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="white-space: pre;"> </span>No instante de nossa renovação em Cristo, velhos companheiros nossos, já redimidos, exultam de contentamento na esfera superior, dando glória a Deus e bendizendo os espíritos de boa vontade.</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="white-space: pre;"> </span>Divulgam os pastores a notícia maravilhosa.</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="white-space: pre;"> </span>Nossos pensamentos, felicitados pelo impulso criador de Jesus, comunicam-se entre si, organizando-se para a vida nova.</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="white-space: pre;"> </span>Surge a visita inesperada dos magos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="white-space: pre;"> </span>Sentindo-nos a modificação, o mundo observa-nos de modo especial.</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="white-space: pre;"> </span>Os servos fiéis, como Simeão, expressam grande júbilo, mas revelam apreensões justas, declarando que o Menino surgira para a queda e elevação de muitos em Israel.</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="white-space: pre;"> </span>Acalentamos o pensamento renovador, no recesso dalma, para a destruição de nossos ídolos de barro e desenvolvimento dos germens de espiritualidade superior.</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="white-space: pre;"> </span>Ferido na vaidade e na ambição, Herodes determina a morte do Pequenino Emissário.</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="white-space: pre;"> </span>A ignorância que nos governa, desde muitos milênios, trabalha contra a ideia redentora, movimentando todas as possibilidades ao seu alcance.</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="white-space: pre;"> </span>Conserva-se Jesus na casa simples de Nazaré.</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="white-space: pre;"> </span>Nunca poderemos fornecer testemunho à Humanidade, antes de fazê-lo junto aos nossos, elevando o espírito do grupo a que Deus nos conduziu.</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="white-space: pre;"> </span>Trabalha o Pequeno Embaixador numa carpintaria.</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="white-space: pre;"> </span>Em toda realização superior, não poderemos desdenhar o esforço próprio.</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="white-space: pre;"> </span>Mais tarde, o Celeste Menino surpreende os velhos doutores.</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="white-space: pre;"> </span>O pensamento cristão entra em choque, desde cedo, com todas as nossas antigas convenções relativas à riqueza e à pobreza, ao prazer e ao sofrimento, à obediência e à mordomia, à filosofia e à instrução, à fé e à ciência.</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="white-space: pre;"> </span>Trava-se, então, dentro de nosso mundo individual, a grande batalha.</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="white-space: pre;"> </span>A essa altura, o mensageiro fez longa pausa.</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="white-space: pre;"> </span>Flores de luz choviam de mais alto, como alegrias do Natal, banhando-nos a fronte. Os demais companheiros e eu aguardávamos, ansiosos, a continuação da mensagem sublime; entretanto, o missionário generoso sorriu paternalmente e rematou:</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="white-space: pre;"> </span>– Aqui termino minhas humildes lembranças do Natal simbólico. Segundo observais, o Evangelho de Nosso Senhor não é livro para os museus, mas roteiro palpitante da vida.</div>
<br />
<div style="text-align: right;">
Irmão X</div>
<br />
<br />
<br />
XAVIER, Francisco Cândido. “Antologia Mediúnica do Natal”. Espíritos Diversos. 3ª Ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1990, Capítulo 19.<br />
<br />
Fonte da imagem: https://en.wikipedia.org/wiki/Gerard_van_Honthorst#/media/File:Gherardo_delle_Notti_o_Gheritt_van_Hontorst_-_Adorazione_del_Bambino_-_Google_Art_Project.jpgLições dos Espíritoshttp://www.blogger.com/profile/11097488664965998098noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5002374455651602774.post-25846792610607526012016-10-22T18:46:00.000-02:002016-10-22T18:46:09.505-02:00Toque de fé<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Ergue-te e caminha.<br /> </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Enxuga as lágrimas e fita os Céus. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Deus, que te sustentou até ontem, sustentará hoje e sempre.<br />
<br />A sombra vale para destacar a luz. Surge a dor para aumentar a alegria.<br />
<br />
</span><br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://3.bp.blogspot.com/-uhbxiFBlMZg/WAvPRO4QYdI/AAAAAAAAAXk/0teLcinZbcw8vfiP9MWhVC7hqnyTUex6gCLcB/s1600/Foto%2Bpara%2Bblog.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://3.bp.blogspot.com/-uhbxiFBlMZg/WAvPRO4QYdI/AAAAAAAAAXk/0teLcinZbcw8vfiP9MWhVC7hqnyTUex6gCLcB/s320/Foto%2Bpara%2Bblog.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><i><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Foto Carla Engel</span></i></td></tr>
</tbody></table>
<br />
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Se provações te feriram, esquece.<br />
<br />
Se desenganos te amargaram a existência, não esmoreças.<br />
<br />
Escuta a esperança, no silêncio da própria alma, a falar-te de futuro e
de amor, de beleza e eternidade, e transforma a bênção das horas em
riqueza de trabalho.<br />
</span><br /><span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">
Olvida toda sombra, à procura de mais luz e perceberás que Deus está
contigo, em teu próprio coração, a estender-te os braços abertos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Meimei</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">XAVIER, Francisco Cândido. "Amizade". Pelo Espírito Meimei. São Paulo: Ideal, 1987, capítulo 3.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Bons estudos</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Carla e Hendrio</span></div>
Lições dos Espíritoshttp://www.blogger.com/profile/11097488664965998098noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5002374455651602774.post-59206642086010026252015-03-14T11:49:00.000-03:002015-03-14T11:50:34.219-03:00Ambiente espiritual<div style="text-align: justify;">
O que é o ambiente espiritual? Como ele pode ser influenciado e como ele nos influencia?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Allan Kardec nos esclarece em “A Gênese”:</div>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
“O pensamento do encarnado atua sobre os fluidos espirituais, como o dos desencarnados, e se transmite de Espírito a Espírito pelas mesmas vias e, conforme seja bom ou mau, saneia ou vicia os fluidos ambientes.”[1]</blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Assim, o pensamento é a forma de atuação no ambiente espiritual. Influem nele tanto os encarnados quanto os desencarnados, havendo transmissão de um a outro (Espírito a Espírito), através do fluido cósmico. E, conforme a sua natureza, de responsabilidade do Espírito (encarnado ou desencarnado) que emite esses pensamentos, pode sanear ou viciar o ambiente fluídico.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Sentimos isso no dia a dia. Um ambiente pesado, ainda que fisicamente se apresente asseado e organizado, e um ambiente salutar, que nos enche de alegria e bem estar, independente de como se apresenta o ambiente físico. Esse ambiente é criado e mantido pelos Espíritos que ali emitem seus pensamentos, dos dois lados da vida.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
André Luiz, na obra “Missionários da Luz” [2], nos traz a orientação de Alexandre (grifos nossos):</div>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
“Primeiramente a semeadura, depois a colheita; e, tanto as sementes de trigo como de escalracho, encontrando terra propícia, produzirão a seu modo e na mesma pauta de multiplicação. Nessa resposta da Natureza ao esforço do lavrador, temos simplesmente a lei. Você está observando o setor das larvas com justificável admiração. Não tenha dúvida. Nas moléstias da alma, como nas enfermidades do corpo físico, <b>antes da afecção existe o ambiente</b>. As ações produzem efeitos, os sentimentos geram criações, os pensamentos dão origem a formas e consequências de infinitas expressões. E, em virtude de cada Espírito representar um universo por si, <b>cada um de nós é responsável pela emissão das forças que lançamos em circulação nas correntes da vida</b>. A cólera, a desesperação, o ódio e o vício oferecem campo a perigosos germens psíquicos na esfera da alma. E, qual acontece no terreno das enfermidades do corpo, o contágio aqui é fato consumado, desde que <b>a imprevidência ou a necessidade de luta estabeleça ambiente propício</b>, entre companheiros do mesmo nível. Naturalmente, no campo da matéria mais grosseira, essa lei funciona com violência, enquanto, entre nós, se desenvolve com as modificações naturais. Aliás, não pode ser de outro modo, mesmo porque você não ignora que muita gente <b>cultiva a vocação para o abismo</b>. Cada viciação particular da personalidade produz as formas sombrias que lhe são consequentes, e estas, como as plantas inferiores que se alastram no solo, por relaxamento do responsável, são extensivas às regiões próximas, onde não prevalece o <b>espírito de vigilância e defesa</b>.”</blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Destaquemos alguns pontos do texto para estudo:</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<ul>
<li style="text-align: justify;">“(...) antes da afecção existe o ambiente.” – Alexandre refere-se à presença de “bacilos de natureza psíquica” no ambiente espiritual. E que antes da contaminação, há a formação do ambiente adequado para o desenvolvimento de tais criaturas, através do tipo de pensamento emitido pelo encarnado.</li>
<li style="text-align: justify;">“(...) cada um de nós é responsável pela emissão das forças que lançamos em circulação nas correntes da vida.” – A emissão de forças que lançamos nas correntes da vida, são nossos pensamentos e atos. Qual tem sido o teor preponderante dos nossos pensamentos? São pensamentos de harmonia, de gratidão, de esperança e otimismo? Ou são pensamentos de revolta, desânimo, cólera?</li>
<li style="text-align: justify;">“(...) a imprevidência ou a necessidade de luta estabeleça ambiente propício, (...)” – Há situações que não podemos evitar – são os “escândalos” a que se refere nosso Mestre Jesus. E os bons Espíritos nos sustentam e auxiliam a atravessar esta e outras situações, com o equilíbrio possível. Porém, não existem apenas situações inevitáveis, devido a nossa necessidade de luta. Alexandre destaca a imprevidência. Ser imprevidente é ser desleixado, negligente. Mas imprevidência com o quê? No caso, refere-se ao ambiente. Sabemos que nosso pensamento influencia na natureza do ambiente. Se são pensamentos salutares, influenciamos positivamente. Se os pensamentos são de natureza inferior, viciam o ambiente, tornando-o propício para o desenvolvimento tanto de “bacilos de natureza psíquica”, que atingem os encarnados, quanto para a propagação de ideias malsãs, que podem encontrar quem se proponha a colocá-las em prática. Notemos que a influência pode ser boa ou má, dependendo da nossa vontade e nossa previdência ou imprevidência.</li>
<li style="text-align: justify;">“(...) cultiva a vocação para o abismo.” – Essa expressão parece-nos indicar a tendência a destacar tragédia, pessimismo, desesperança, desânimo, em todas as situações. Cultivar a vocação para o abismo é buscar o lado negativo em cada ocorrência e permanecer nele, sem abertura para perceber a bondade e a previdência divina atuando ainda que de forma imediatamente compreensível para nós. A consequência do cultivo da vocação para o abismo é a criação e emissão de pensamentos de natureza perniciosa, que agravam as ocorrências negativas, gerando mais sofrimento e dificultando a transformação da situação por ações positivas, pela prece, pelo consolo, pelo foco na solução em vez do foco no problema.</li>
<li style="text-align: justify;">“(...) espírito de vigilância e defesa.” – O conhecido “vigiai e orai” que Jesus nos recomendou (leia mais a respeito na postagem “<a href="http://licoesdosespiritos.blogspot.com.br/2010/10/vigiai-e-orai.html" target="_blank">Vigiai e Orai</a>”, neste Blog). Se não vigiamos nossos pensamentos, muitas vezes nos deixamos levar pela onda de pessimismo e revolta e se não temos a postos o espírito de defesa, buscando, a princípio, preservar a nossa paz interior, na certeza de que Deus é Pai Bondoso e Justo, acabamos por não lutar por manter o ambiente salutar a nossa volta. Orar para estar em sintonia com a Espiritualidade Superior, capaz de sanear o ambiente com fluidos positivos e manter a nossa harmonia e vigiar, para, no momento do contato com os pensamentos negativos, repeli-los naturalmente com a atmosfera positiva que desejamos nos envolva sempre.</li>
</ul>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
E como transformar o ambiente espiritual, tornando-o saudável? Mais uma vez nos orienta o Codificador [3]:</div>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
“O meio é muito simples, porque depende da vontade do homem, que traz consigo o necessário preservativo. Os fluidos se combinam pela semelhança de suas naturezas; os dessemelhantes se repelem; há incompatibilidade entre os bons e os maus fluidos, como entre o óleo e a água.<br />
Que se faz quando está viciado o ar? Procede-se ao seu saneamento, cuida-se de depurá-lo, destruindo o foco dos miasmas, expelindo os eflúvios malsãos, por meio de mais fortes correntes de ar salubre. À invasão, pois, dos maus fluidos, cumpre se oponham os fluidos bons e, como cada um tem no seu próprio perispírito uma fonte fluídica permanente, todos trazem consigo o remédio aplicável. Trata-se apenas de purificar essa fonte e de lhe dar qualidades tais, que se constitua para as más influências um repulsor, em vez de ser uma força atrativa.”</blockquote>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-Nz3YMzhDWA0/VQRKLZDPe_I/AAAAAAAAAXI/ibNVTF2m3bs/s1600/Rosa%2B04-ago-2014.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-Nz3YMzhDWA0/VQRKLZDPe_I/AAAAAAAAAXI/ibNVTF2m3bs/s1600/Rosa%2B04-ago-2014.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<i><span style="font-size: x-small;">Foto: Carla Engel</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A transformação do ambiente desfavorável é explicada por André Luiz e pelo orientador Alexandre, no capítulo 5 da obra Missionários da Luz [4]:</div>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
“Notava, agora, a diferenciação do ambiente.<br />
Para nós outros, os desencarnados, a atmosfera interior impregnava-se de elementos balsâmicos, regeneradores. Cá fora, porém, o ar pesava. Acentuara-se-me, sobremaneira, a hipersensibilidade, diante das emanações grosseiras da rua. As lâmpadas elétricas semelhavam-se a globos pequeninos, de luz muito pobre, isolados em sombra espessa.<br />
Aspirando as novas correntes de ar, observava a diferença indefinível. O oxigênio parecia tocado de magnetismo menos agradável.<br />
Compreendi, uma vez mais, a sublimidade da oração e do serviço da Espiritualidade superior, na intimidade das criaturas.<br />
A prece, a meditação elevada, o pensamento edificante, refundem a atmosfera, purificando-a.<br />
O instrutor interrompeu-me as íntimas considerações, exclamando:<br />
─ A modificação, evidentemente, é inexprimível. Entre as vibrações harmoniosas da paisagem interior, iluminada pela oração, e a via pública, repleta de emanações inferiores, há diferenças singulares. O pensamento elevado santifica a atmosfera em torno e possui propriedades elétricas que o homem comum está longe de imaginar. A rua, no entanto, é avelhantado repositório de vibrações antagônicas, em meio de sombrios materiais psíquicos e perigosas bactérias de varia da procedência, em vista de a maioria dos transeuntes lançar em circulação, incessantemente, não só as colônias imensas de micróbios diversos, mas também os maus pensamentos de toda ordem.”</blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
São ensinamentos que merecem a nossa meditação e reflexão. Como temos nos comportado em relação a emanação de pensamentos? Estaremos nós, também, cultivando “vocação para o abismo”? Ou já despertamos, esforçando-nos para “orar e vigiar”, mantendo o ambiente de prece e pensamentos saudáveis, cultivando o hábito da prece no lar, em nosso trabalho, em nosso ambiente de estudo e demais atividades, independente da religião que professamos?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Estamos convidados a participar ativamente na construção e manutenção de ambiente salutar, não só pelas atividades ecologicamente corretas às quais nos engajamos, seja cuidando do lixo, respeitando a água, mas também na emissão de pensamentos não poluentes, antes despoluidores da atmosfera espiritual negativa. Devemos ser agentes de mudança em nossa sociedade — mas de mudança para o bem, fazendo nosso melhor, debatendo o que requerer mudanças, mas jamais alimentando problemas com pensamentos e ações violentas. Nossos pensamentos e ações também são nossas obras. É Jesus quem nos convida:</div>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
“<i>Porque o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e então dará a cada um segundo as suas obras</i>.” (<a href="https://www.bibliaonline.com.br/acf/mt/16/27" target="_blank">Mateus 16:27</a>)</blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Leia também, neste Blog, as postagens “<a href="http://licoesdosespiritos.blogspot.com.br/2010/10/vigiai-e-orai.html" target="_blank">Vigiai e Orai</a>”, “<a href="http://licoesdosespiritos.blogspot.com.br/2010/04/influencia-do-meio.html" target="_blank">Influência do Meio</a>”, “<a href="http://licoesdosespiritos.blogspot.com.br/2010/08/fluido-universal.html" target="_blank">Fluido Universal</a>” e “<a href="http://licoesdosespiritos.blogspot.com.br/2011/03/falsos-cristos-falsos-profetas-e-seus.html" target="_blank">Falsos Cristos, falsos profetas e seus seguidores</a>”.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Bons estudos! Bons pensamentos!</div>
<div style="text-align: justify;">
Muita paz!</div>
<div style="text-align: justify;">
Carla e Hendrio</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Continue seus estudos, ouvindo os programas “Missionários da Luz”, capítulos 28 e 29, na página da <a href="http://www.radioriodejaneiro.am.br/" target="_blank">Rádio Rio de Janeiro</a>: <a href="http://www.radioriodejaneiro.am.br/?page_id=48031" target="_blank">http://www.radioriodejaneiro.am.br/?page_id=48031</a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
[1] KARDEC, Allan. “A Gênese”. Capítulo XIV, item 18, trecho.</div>
<div style="text-align: justify;">
[2] XAVIER, Francisco Cândido. “Missionários da Luz”. Pelo Espírito André Luiz. Capítulo 4, trecho.</div>
<div style="text-align: justify;">
[3] KARDEC, Allan. “A Gênese”. Capítulo XIV, item 21, trecho.</div>
<div style="text-align: justify;">
[4] XAVIER, Francisco Cândido. “Missionários da Luz”. Pelo Espírito André Luiz. Capítulo 5, trecho.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Lições dos Espíritoshttp://www.blogger.com/profile/11097488664965998098noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5002374455651602774.post-85618681188869029092015-01-14T19:27:00.001-02:002015-01-14T19:37:59.842-02:00Bem-Aventurados os Aflitos — Parte 1<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<blockquote>
<i>“Eu lhes disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo.”</i> (<a href="https://www.bibliaonline.com.br/nvi/jo/16/33" target="_blank">João 16:33</a>)<br />
<br />
“Louva o céu azul que te imprime euforia ao pensamento, mas agradece, também, a nuvem que te garante a chuva, mensageira do pão.<br />
Mesmo que não entendas, de pronto, os desígnios da Providência Divina, recebe a provação como sendo o melhor que merecemos hoje, em favor do amanhã, e, ainda que lágrimas dolorosas te lavem a alma toda, rende graças a Deus.” (Emmanuel) [1]</blockquote>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
O Capítulo V do livro “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, intitulado “Bem-Aventurados os Aflitos”, é o mais extenso da terceira Obra Básica. A situação presente de nossa humanidade, ainda enfrentando diversas lições dolorosas a fim de aprender e superar o apego a valores mundanos, efetivamente requer entendimento dos porquês das visitas das aflições. Nosso Mestre Jesus, além de ter nos recomendado bom ânimo para, como ele, vencermos o mundo, também nos informou que quem crer nele fará as obras que ele realizou (<a href="https://www.bibliaonline.com.br/nvi/jo/14/12" target="_blank">João 14:12</a>). A fim de atingirmos tal nível evolutivo, há muito a estudar. Estudemos, portanto, alguns tópicos abordados no Capítulo V de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div><br />
<div style="text-align: justify;">
<b>Pontos de Partida</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Antes de abordarmos a Obra Básica em questão, consideremos algumas premissas para melhor entendermos os estudos de Kardec:<br />
<br />
1) Deus, inteligência suprema, causa primária de todas as coisas (“O Livro dos Espíritos”, questão 01), é infinitamente justo e bom.O Criador não deseja que soframos; em Sua infinita justiça, Suas leis nos permitem aprender com as consequências de nossos atos, e, em Sua infinita bondade, propicia condições para repararmos nossos erros.</div>
<div style="text-align: justify;">
<blockquote class="tr_bq">
“(...) Deus é eterno, infinito, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom (...)”[2]</blockquote>
</div>
<div style="text-align: justify;">
2) Não nos compete apontar os defeitos do nosso semelhante e atribuir, às suas aflições, as causas de seu sofrimento e as “penas” pelas quais deve passar. Todos temos muito a evoluir; devemos, sim, tratar de buscar nosso aperfeiçoamento.</div>
<div style="text-align: justify;">
<blockquote class="tr_bq">
<i>“Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados”</i> (<a href="https://www.bibliaonline.com.br/tb/lc/6/37" target="_blank">Lucas 6:37</a>)</blockquote>
</div>
<div style="text-align: justify;">
3) Ao nos comunicarmos com nosso semelhante, especialmente se tivermos a oportunidade de levar algum aconselhamento sobre uma aflição, tratemos de levar mensagens úteis e benéficas, e não algo que diminua o ânimo de nossos irmãos em Deus e torne ainda mais pesada a situação vivenciada naquele instante.</div>
<div style="text-align: justify;">
<blockquote class="tr_bq">
“Linguagem sã e irrepreensível, para que o adversário se confunda, não tendo mal algum que dizer de nós.” (<a href="https://www.bibliaonline.com.br/tb/tt/2/8" target="_blank">Carta de Paulo a Tito 02:08</a>)</blockquote>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Pinga Fogo de 21/12/1971: Chico Xavier atende a um aflito</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Missionários como Chico Xavier não devem ser tratados como ídolos e colocados num cômodo pedestal, pois eles vêm à Terra para nos ensinar pelo exemplo da caridade, o amor na prática. A melhor maneira de expressarmos nossa gratidão a tais Espíritos é estudar e dar continuidade ao Bem que praticaram.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Os dois programas Pinga Fogo de 1971 nos quais Chico Xavier fora entrevistado constituíram marcos no Movimento Espírita, tanto por terem propiciado farto material — o qual ainda deve ser muito mais estudado e aprofundado — para melhor entendermos a Doutrina Espírita, quanto por haver oferecido a oportunidade de ver, na prática, a postura de um autêntico seguidor dos postulados cristãos. Fica a sugestão de assistir a e estudar essas duas entrevistas dos programas Pinga Fogo.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Na segunda entrevista, datada de 21 de dezembro de 1971, no item 40 do DVD do referido programa, intitulado “Um conselho”, um dos entrevistadores interrompe a sessão de perguntas e solicita a Chico Xavier levar uma palavra de ânimo a um artista famoso à época, o qual se afirmou desesperado devido à doença que tivera pouco tempo antes e pela enfermidade à qual sua esposa estava acometida. Sua postura em direção ao requerente nos permite verificar a aplicação prática das premissas acima; por exemplo:</div>
<ul style="text-align: justify;">
<li>Nenhum julgamento: não há insinuações sobre erros cometidos, sejam da encarnação atual ou de vivências pretéritas, os quais ele “tenha de pagar”. Por caridade divina, não lembramos nem dos detalhes de nossa vivência pessoal ao longo dos séculos passados; não há, portanto, o menor benefício em fazermos conjecturas sobre possíveis “pecados” pelos quais nosso semelhante esteja “pagando”. Além de não ser uma comunicação caridosa, tal postura contrariaria a recomendação de Jesus, anotada pelo apóstolo Lucas, citada acima. Lembremos sempre: A Doutrina Espírita ensina termos um passado, o qual pode ser inferido por nossas tendências [3], mas não serve para fazermos suposições lisonjeiras nem depreciativas, ambas tão infundadas quanto inúteis,sobre o passado nosso ou de qualquer pessoa;</li>
<li>O médium lembra que a dor tem uma função em nossas vidas, e, portanto, não é um “castigo”. Em essência, as aflições têm dois propósitos: sinalizar sobre um caminho a modificar e/ou trazer lições para aprender. Encarar as vivências menos felizes sob este prisma, em vez de ficarmos nos achando desafortunados merecedores de pena, já nos traz muito mais disposição para superar os desafios da vida;</li>
<li>Em sua infinita bondade, Deus sempre estende seu amparo a todos nós. As boas inspirações e energias da Espiritualidade Superior estão sempre à nossa disposição, competindo a nós, pela prece e pela prática do Bem, sintonizar e receber essas boas vibrações fundamentais tanto nos momentos agradáveis como nos em que a dor nos visita. Conforme anotado pelo Espírito André Luiz em uma palestra do instrutor Aniceto, o qual a transmitiu a nós por meio de Chico Xavier na obra “Os Mensageiros”:</li>
</ul>
<div style="text-align: justify;">
<blockquote class="tr_bq">
“Ainda que nos demoremos nas lágrimas e nas aflições, jamais permanecemos ao desamparo.” [3]</blockquote>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-FwRcMbbjbsQ/VLben-1rXSI/AAAAAAAAAWk/6smoFGAIzR4/s1600/DSC_0002.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-FwRcMbbjbsQ/VLben-1rXSI/AAAAAAAAAWk/6smoFGAIzR4/s1600/DSC_0002.jpg" height="267" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
</div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;"><i>Foto: Hendrio Belfort </i></span><b><br /></b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Origem da palavra</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Frequentemente, o conhecimento da origem dos termos em estudo ajuda muito a entender seu significado mais aprofundado. Isso acontece com a palavra aflição.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Aflição, do latim <i>affligere</i>, corresponde à união dos termos <i>ad </i>(sobre) e <i>fligere </i>(golpear), sendo este último relacionado com a palavra <i>flagellus</i>, a qual significa chicote. Não pensemos, porém, tal tipo de golpe relacionado a flagelos físicos. O sacrifício agradável a nosso Criador é o das más tendências, do egoísmo e do orgulho, focando nas funções úteis dos momentos dificultosos de nossas vidas. Lembremo-nos da oportuna mensagem do Espírito que assinou como Um anjo guardião:</div>
<div style="text-align: justify;">
<blockquote class="tr_bq">
“Se quereis um cilício, aplicai-o às vossas almas e não aos vossos corpos; (...) fustigai o vosso orgulho, (...) enrijai-vos contra a dor da injúria e da calúnia (...), mais pungente do que a dor física.” [5]</blockquote>
</div>
<div style="text-align: justify;">
É comum encontrarmos a palavra aguilhão na literatura espírita. O termo, sinônimo de espinho ou ferrão, mais uma vez lembra que a dor serve para informar sobre um caminho a corrigir, desafios a superar e/ou novas lições a aprender. Nas palavras do Codificador da Doutrina Espírita:</div>
<blockquote>
“A dor é o aguilhão que o impele para a frente, na senda do progresso.” [6]</blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<b>Continua...</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Após estes pontos de partida para o estudo do Capítulo V de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, em postagem futura, abordaremos o texto de Kardec.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
Bons estudos!<br />
Carla e Hendrio</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<br />
<b>Referências</b></div>
<div style="text-align: justify;">
[1] XAVIER, Francisco Cândido. “Palavras de Vida Eterna”. Pelo Espírito Emmanuel. 8.ed. Uberaba, MG: Comunhão Espírita Cristã, 1986. Capítulo “Agradeçamos sempre”.<br />
[2] KARDEC, Allan. “O Livro dos Espíritos”. questão 13, disponível para <i>download</i> em <a href="http://www.febnet.org.br/blog/geral/divulgacao/downloads-divulgacao/obras-basicas/" target="_blank">http://www.febnet.org.br/blog/geral/divulgacao/downloads-divulgacao/obras-basicas/</a><br />
[3] KARDEC, Allan, “O Livro dos Espíritos”. questão 393<br />
[4] XAVIER, Francisco Cândido. “Os Mensageiros”. Pelo Espírito André Luiz. Capítulo 25.<br />
[5] KARDEC, Allan. “O Evangelho Segundo o Espiritismo”. cap. V item 26<br />
[6] KARDEC, Allan. “A Gênese”. Capítulo III (“O bem e o mal”). Item 5.</div>
Lições dos Espíritoshttp://www.blogger.com/profile/11097488664965998098noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-5002374455651602774.post-23336156109855191092014-12-24T14:13:00.003-02:002014-12-24T14:13:55.786-02:00Mensagem de Fim de Ano<div style="text-align: justify;">
Ao aproximarmo-nos de mais um findar de ano terreno, somos levados a refletir sobre nossas conquistas, nossos erros, em como aproveitamos os últimos 365 dias que estiveram à nossa disposição.</div>
<div style="text-align: justify;">
Algumas vezes, evitamos a reflexão. Outras vezes, deixamo-nos levar por sentimentos de menos valia, de tristeza e desânimo, pois nem tudo ocorreu conforme planejáramos...</div>
<div style="text-align: justify;">
André Luiz, pela psicografia de Waldo Vieira, orienta-nos, na mensagem intitulada "<b>Escala do Tempo</b>" [1]:<br />
<br />
<i>"Não te atribules. Entendimento espiritual pede paz à alma.<br /><br />Ninguém usufrui duas situações ao mesmo tempo. Seja na alegria ou na provação, o homem desfruta a existência vivendo hora após hora, minuto por minuto.<br /><br />O tempo é imperturbavelmente dosado. Concessão igual a todos. Em nada auxilia a aflição pelo que virá: no cerne do sentimento não há duas crises simultâneas. Para coisa alguma serve chorar pelo que aconteceu: não podemos retomar a oportunidade perdida. O passado ensina e o futuro promete em função do presente.<br /><br />Ninguém confunda precipitação com diligência. Precipitação é pressa irrefletida. Diligência é zelo prestimoso. Não vale acelerar imprudentemente a execução disso ou daquilo: toda realização digna é obtida a pouco e pouco.<br /><br />Por outro lado, igualmente não será lícito amolentarmo-nos. Importa combater negligência com atividade, sobrepor coragem ao desalento.<br /><br />A pior circunstância traz consigo instruções preciosas tanto quanto o fruto mais corrompido carrega sementes de subido valor. Cabe-nos descobri-las e utilizá-las.<br /><br />O melhor não se efetua em marcha atordoada. A própria natureza nos oferece o que pensar. Planta alguma é favorecida com primavera de dupla duração. O golpe de vento que fustiga o capim é o mesmo que estorcega o jequitibá.<br /><br />As grandes edificações são erguidas em serviço regular e uniforme, com intervalos de sono reparador que refaçam as forças na mente e pausas de lazer que restaurem as energias do coração.<br /><br />Toda ideia benéfica roga meditação para engrandecer-se. Todo temperamento é suscetível de ser dominado dentro das regras que nos orientam a educação.<br /><br />Reflitamos na justiça das horas. Tempo é valor divino na experiência humana. Cada consciência plasma com ele o próprio destino.<br /><br />O tempo que o Cristo despendeu na elevação era perfeitamente igual ao tempo que Barrabás gastou na criminalidade. A única diferença entre eles é que Jesus empregou o tempo engrandecendo o bem, e Barrabás usou o tempo gerando o mal. Entre a luz de um e a sombra do outro, o proveito do tempo se gradua por escala infinita. Melhorar-nos ou agravar-nos dentro dela é escolha nossa."</i><br />
Assim, tenhamos paciência com as conquistas que ainda não se efetivaram, principalmente aquelas de natureza espiritual: não é do dia para a noite que nos tornaremos humildes, tolerantes e infatigáveis na prática do bem. A Natureza não dá saltos e não é isso que a Espiritualidade Superior espera de nós. <br />
<br />
Que tenhamos persistência, esperança, coragem. <br />
Que a cada dia nos tornemos um pouco mais tolerantes, um pouco menos queixosos, um pouco mais gratos a Deus!<br />
Que possamos na alvorada do Natal, Luz de Deus sobre toda a Humanidade, recarregarmos as energias para uma nova temporada de atividades e descobertas, estudos e realizações, no campo material e espiritual.<br />
Que a luz do Cristo dissipe qualquer tristeza ou desânimo.<br />
O dia, o ano, a vida... apenas começa!<br />
Recomecemos, de ânimo renovado, na tarefa de nos melhorarmos, melhorando o mundo a nossa volta!</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-gr0ocgmx2qo/VJriUph6mpI/AAAAAAAAAWU/0okd4xfH0kY/s1600/%C3%A1rvore%2Be%2Bporta.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-gr0ocgmx2qo/VJriUph6mpI/AAAAAAAAAWU/0okd4xfH0kY/s1600/%C3%A1rvore%2Be%2Bporta.jpg" height="320" width="210" /></a></div>
<h4 style="text-align: center;">
Feliz Natal!<br />Feliz 2015!</h4>
<br />
Bons estudos!<br />
Carla e Hendrio<br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Referência bibliográfica:</div>
<div style="text-align: justify;">
[1] XAVIER, FRANCISCO CÂNDIDO e VIEIRA, WALDO."Opinião Espírita". Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz. 7.ed. Uberaba, MG: Comunhão Espírita Cristã. 1990, capítulo 57.</div>
Lições dos Espíritoshttp://www.blogger.com/profile/11097488664965998098noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5002374455651602774.post-69619499195550697282013-12-30T20:03:00.001-02:002014-01-01T21:10:55.294-02:00Êxito<div style="text-align: justify;">
Com as edificantes palavras da mensagem do Espírito Emmanuel, desejamos a todos que simplifiquemos o caminho.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<hr />
<br />
<blockquote class="tr_bq">
“Se vós estiverdes em mim e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.” — Jesus.<br />
<div style="text-align: right;">
(JOÃO, 15:7)</div>
</blockquote>
<br />
Muitos companheiros perdem recurso, oportunidade, tempo e força na preocupação desmedida em torno do êxito.<br />
<br />
Sonhando realizações mirabolantes, acabam frustrados na mania de grandeza.<br />
<br />
Dizem-se interessados na lavoura do bem, mas, para cultivá-la, esperam a execução de negócios imaginários, a aquisição de poder, a posse de ouro fácil ou a chegada de prêmios fortuitos... E, complicando a própria estrada, observam-se, de chofre, em presença da morte, quando menos contavam com semelhante visita.<br />
<br />
Entretanto, o conquistador do maior êxito de todos os tempos não se ausentou do mundo como quem triunfara...<br />
<br />
Não recebeu heranças amoedadas, não governou princípios políticos, não escreveu livros, não se enfileirou entre os maiorais de sua época...<br />
<br />
Aprisionado como vulgar malfeitor, foi sentenciado à morte e passou como sendo vítima de pavoroso fracasso.<br />
<br />
Contudo, as sementes de amor puro que colocou na alma do povo transformaram o mundo.<br />
<br />
Repara Jesus e perceberás que o nosso problema não é de ganhar para fazer, mas de fazer para ganhar.<br />
<br />
A colheita não precede a sementeira, tanto quanto o teto não se antepõe à base.<br />
<br />
Sirvamos ao bem, simplificando o caminho, de vez que a vitória real é a vitória de todos, convictos de que não precisamos gastar as possibilidades da existência em expectativa e tensão, porquanto, <i>se estivermos em Cristo</i>, tudo quanto de que necessitamos será feito em nosso favor, no momento oportuno.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<hr />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-3KnvTBgpAfQ/UsHtTRK5PUI/AAAAAAAAAV4/FCJjRXmBPbA/s1600/Itatiaia+(RJ)+27-dez-2013.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://4.bp.blogspot.com/-3KnvTBgpAfQ/UsHtTRK5PUI/AAAAAAAAAV4/FCJjRXmBPbA/s400/Itatiaia+(RJ)+27-dez-2013.jpg" width="267" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;"><i>Foto: Hendrio Belfort</i></span></div>
<br />
<br />
Feliz 2014! Bons estudos,<br />
Carla e Hendrio<br />
<br />
<br />
XAVIER, Francisco Cândido. “Palavras de Vida Eterna”. Pelo Espírito Emmanuel. 8.ed. Uberaba, MG: Comunhão Espírita Cristã, 1986. Mensagem 64 — “Êxito”.<br />
<br /></div>
Lições dos Espíritoshttp://www.blogger.com/profile/11097488664965998098noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5002374455651602774.post-13934733767292365202013-12-24T09:00:00.000-02:002013-12-25T11:11:09.287-02:00O aconchego do Senhor<div style="text-align: justify;">
<blockquote class="tr_bq">
<i> "Aquele que vem a mim, de maneira nenhuma lançarei fora."<br />Jesus (João, 6:37)</i></blockquote>
<br />
A postura de Jesus primava pelo bom senso, em cada atitude, em cada palavra, em cada recomendação marcada por extrema lucidez.<br />
<br />
Por mais que a alma se decida por usar sua liberdade para o gozo das fantasias dissolventes, um dia chega em que o cansaço a dobra.<br />
<br />
Por mais que a criatura se dedique ao armazenamento das coisas perecíveis, que será compelida a deixar, junto com o casulo carnal esgotado, vem o momento da reflexão que lhe permite a mudança.<br />
<br />
Por mais que a pessoa se rebele contra a vida, crendo que a culpa dos seus fracassos e torturas interiores está nas leis de Deus, advém o instante no qual eclode a claridade do bom senso, que a dor propicia, e tudo começa a se refazer.<br />
<br />
Em qualquer situação que esteja, guarde a certeza de que você pertence ao grande rebanho do Bom Pastor, mesmo quando se ache na posição de ovelha desgarrada ou travestido de lobo devorador, mais carente, inseguro e amedrontado do que propriamente lobo rapace.<br />
<br />
Ao considerar isso, não dê mais ouvido ao orgulho insensato, tampouco à acomodação paralisante. Venha ao encontro Dele e deixe-se aconchegar nos Seus braços de ternura, sempre abertos para os que O buscam.<br />
<br />
Não acredite em castigos do Céu para os equívocos humanos. Para o Pai que ama perfeitamente, você será sempre um plano de amor a desenvolver-se, passo a passo, em plena vida cósmica. Erros e acertos, quedas e levantares fazem parte desse importante movimento evolutivo, em que todos nos encontramos, até superarmos as conjunturas inferiores.<br />
<br />
Jamais creia que você é uma indefesa vítima de demônios cruéis. Para quem procura o Senhor, disposto a transformar as próprias sombras em estuante luminosidade, cada insinuação perturbadora ou cada tentação no caminho representa importante desafio a sua capacidade de lutar e lutar para vencer.<br />
<br />
Nunca se admita esquecido pela Divindade, assemelhando-se à criança que se afirma não amada pelos genitores cada vez que esses não lhe atendem a vontade infantil.<br />
<br />
O formidável fato da sua presença no mundo, tendo ensejo de viver como pode ou como gosta, de trabalhar onde pode ou quer, de viver nos lugares e com as pessoas que prefere ou precisa, num perfeito encaixe de causas e efeitos, próximos ou distantes, é a demonstração palpável do amor divino a envolvê-lo e sustentá-lo continuadamente.<br />
<br />
Perante todo situação da vida em que você esteja necessitando de um braço ou de um abraço que agasalhe o seu coração, busque Jesus. É certo que Ele poderá chegar ao seu caminho através de um familiar atencioso ou de um amigo compreensivo. No entanto, se essas almas não surgirem na sua trilha, não se entristeça, nem desanime. Abra a janela e sorva o hálito do dia ou os aromas da noite; recolha-se, por um momento, em oração; comungue com as vibrações felizes do além, registrando os murmúrios da paz.<br />
<br />
Tão logo lhe seja possível, vai você mesmo ao encontro de algum coração, seja uma criança ou um idoso; seja um afeto sadio ou algum enfermo; um familiar ou algum vizinho. Enfim, procure alguém com a sua vibração de alegria e agradecimento a Deus, e porque você a ninguém despreza e a todos envolve com o melhor que tem, já se acha envolvido pelo Sublime Amigo, com possibilidades de superar seus próprios dramas.<br />
<br />
Sim, quando saímos ao encontro dos irmãos da nossa via evolutiva, dispostos a amá-los e a servi-los, mais próximos ficamos de Jesus, usufruindo da Sua aura de harmonia.<br />
<br />
Jesus Cristo, dessa forma, é aquele Amigo que sempre espera a nossa decisão de buscá-Lo, de ir até Ele, abrindo mão de tudo o que nos agrilhoa no mundo a fim de nos aconchegarmos em Seus braços. Ele nunca nos indagará por que demoramos tanto. Esse dia da busca é também o dia da maturidade nossa e da aceitação do Senhor.</div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Francisco de Paula Vítor</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
TEIXEIRA, José Raul. “Quem é o Cristo?”. Pelo Espírito Francisco de Paula Vítor. Niterói, RJ: Fráter, 1997, cap. 16.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Desejando a todos os nossos leitores um <span style="color: blue;"><b>Feliz Natal</b></span>!</div>
<div style="text-align: justify;">
Fraternalmente,</div>
<div style="text-align: justify;">
Carla e Hendrio</div>
Lições dos Espíritoshttp://www.blogger.com/profile/11097488664965998098noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5002374455651602774.post-76965191016354400432013-12-20T20:24:00.000-02:002013-12-20T20:34:37.850-02:00Reflexões sobre Transfiguração<br />
<div style="text-align: justify;">
Segundo o dicionário [1], transfiguração vem do latim <i>transfiguratione</i>, e significa ato ou efeito de transfigurar(-se). Decompondo a palavra, temos o prefixo <i>trans</i>, que significa [2] além de, para além de, em troca de, através e o radical <i>figuração</i>, também do latim, <i>figuratio</i>, significando configuração, forma, figura. Assim, o termo “transfiguração” traduziria a ideia de uma forma que vai além, que vai através, que vai em troca de.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O dicionário ainda [1] nos esclarece que o termo transfiguração é “uma mudança radical na aparência, no caráter, na forma; transformação, metamorfose. Transformação espiritual que exalta ou glorifica. Estado glorioso em que apareceu Cristo aos apóstolos sobre o monte Tabor”.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A transfiguração, portanto, traduz tanto uma transformação física (mudança na aparência, na forma) como uma mudança mais sutil, no caráter, na parte espiritual, e neste caso, uma transformação para o bem, que exalta ou glorifica. Destaca-se ainda nesta definição a passagem evangélica da Transfiguração de Jesus, que veremos oportunamente neste texto.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em O Livro dos Médiuns [3], no item 122, Allan Kardec nos define transfiguração como fenômeno que “consiste na mudança do aspecto de um corpo vivo”.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pela definição de Kardec, a transfiguração é uma mudança de aspecto que pode ser bem pequena, quase imperceptível ou ainda muito grande, como a de Jesus, registrada pelos evangelistas.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Definido o termo, observa-se que a transfiguração pode ter efeitos diferentes e, portanto, causas diversas. Neste estudo, sugerimos uma classificação do fenômeno da transfiguração, baseada no critério da causa.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Sobre as causas da transfiguração</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Os sistemas de classificação surgiram para organizar o conhecimento e são baseados em determinado critério, que, dentro do nosso nível de conhecimento, não pode ser considerado como absoluto.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Neste estudo sobre transfiguração utilizamos como critério classificatório a causa, ou seja, o que está promovendo a mudança do aspecto de um corpo vivo, relembrando a definição de Kardec.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Encontramos assim três causas, que descrevemos a seguir.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Primeira causa: corpo físico</i></div>
<div style="text-align: justify;">
A primeira causa foi descrita por Kardec, no item 123 de O Livro dos Médiuns [3], como sendo “simples contração muscular, capaz de dar à fisionomia expressão muito diferente da habitual, ao ponto de tornar quase irreconhecível a pessoa”.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Esse tipo de transfiguração baseado apenas em mudanças musculares no corpo físico é a mais conhecida. Ao observarmos uma pessoa muito feliz, costumamos utilizar a palavra “radiante”. Todo o semblante da pessoa se modifica... É possível constarmos essa mudança registrada em fotos de momentos muito felizes de nossa vida. Há que se considerar também que nem sempre nossas emoções são tão sublimes; quando ficamos enfurecidos há também mudança de fisionomia a ponto de nos tornarmos irreconhecíveis. Naturalmente, esse tipo de mudança de aspecto para uma aparência negativa, que assusta, devemos evitar.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Segunda causa: perispírito</i></div>
<div style="text-align: justify;">
A segunda causa para a transfiguração foi apresentada pelo Codificador em O Livro dos Médiuns [3], ainda no item 123, e também em A Gênese [4]: trata-se da teoria do perispírito ou a irradiação fluídica do perispírito.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
O que é perispírito?</div>
<div style="text-align: justify;">
Encontramos o termo “perispírito”, palavra criada por Allan Kardec, em muitas obras da Codificação, aparecendo pela primeira vez em O Livro dos Espíritos [5]. Nesta obra, os Espíritos Superiores informam que o perispírito é “uma substância, vaporosa para os teus olhos, mas ainda bastante grosseira para nós (...). Tem a forma que o Espírito queira.” Allan Kardec, comentando esta resposta, nos diz que o perispírito “serve de envoltório ao Espírito propriamente dito”; e que, do mesmo modo que, envolvendo o gérmen de um fruto, há o perisperma, por comparação, envolvendo o Espírito, há o perispírito.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Nós, como encarnados, ou seja, com um corpo físico, somos compostos por três partes – a primeira, nós mesmos (Espírito); a segunda, um corpo menos material que o corpo físico, mas ainda bastante grosseiro (perispírito), e a terceira, o corpo físico. Quando desencarnamos, deixamos o corpo físico e prosseguimos nossa jornada evolutiva sempre sendo Espírito, envolvido por um corpo chamado perispírito.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>O perispírito: suas propriedades e modificações</i></div>
<div style="text-align: justify;">
Em O Livro dos Médiuns [6], no seu capítulo VI, que trata das manifestações visuais, no item 100, Allan Kardec propõem, entre outras questões, a de número 21ª - Como pode o Espírito fazer-se visível?</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<blockquote class="tr_bq">
<div style="text-align: justify;">
“O princípio é o mesmo de todas as manifestações, reside nas propriedades do perispírito, que pode sofrer diversas modificações, ao sabor do Espírito.”</div>
</blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Na obra A Gênese [7], Kardec nos esclarece que o perispírito é o corpo fluídico dos Espíritos e que a sua natureza está sempre de acordo com o grau de adiantamento moral do Espírito. Este envoltório perispirítico se modifica com o progresso moral que o Espírito realiza em cada encarnação. Assim, esse corpo fluídico vai se modificando de acordo com a elevação moral do Espírito: quanto mais evoluído, mais sutil, menos denso é esse perispírito.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Além da modificação do perispírito de acordo com o seu nível evolutivo, há alterações que podem ocorrer por influência do Espírito, dentro de um mesmo nível evolutivo. Tal o princípio das manifestações físicas, conforme nos esclareceram os Espíritos em O Livro dos Médiuns [6].</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>O perispírito de encarnados e desencarnados</i></div>
<div style="text-align: justify;">
Em Obras Póstumas [8], que é composto por estudos que Allan Kardec estava fazendo enquanto encarnado e que foram reunidos e publicados após a sua desencarnação, em sua Primeira Parte, abordando o tema Manifestações dos Espíritos, no parágrafo 3º, item 22 – Transfiguração, o Codificador nos diz que: </div>
<blockquote class="tr_bq">
<div style="text-align: justify;">
“O perispírito das pessoas vivas goza das mesmas propriedades que o dos Espíritos. Como já foi dito, o daquelas não se acha confinado no corpo: irradia e forma em torno deste uma espécie de atmosfera fluídica.”</div>
</blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Entendemos que, estando desencarnado, o que envolve o Espírito é o perispírito, que tem diversas propriedades e pode sofrer modificações... Segundo nos esclarece Kardec nesta passagem, o perispírito dos encarnados irradia além do corpo físico e forma em torno deste corpo físico uma espécie de atmosfera fluídica. Allan Kardec, neste mesmo estudo em Obras Póstumas, havia exposto que o perispírito não se acha encerrado nos limites do corpo como numa caixa. Pela sua natureza fluídica, ele é expansível, irradia para o exterior e forma, em torno do corpo, uma espécie de atmosfera, que o pensamento e a força de vontade podem dilatar mais ou menos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Após esse breve resumo sobreo o perispírito, voltemos a analisar a segunda causa do fenômeno de transfiguração, a teoria do perispírito ou a irradiação fluídica do perispírito. Em O Livro dos Médiuns [3], Capítulo VII, item 123, o Codificador esclarece: </div>
<blockquote class="tr_bq">
<div style="text-align: justify;">
“Está admitido que o Espírito pode dar ao seu perispírito todas as aparências; que, mediante uma modificação na disposição molecular, pode dar-lhe a visibilidade, a tangibilidade e, conseguintemente, a opacidade.”</div>
</blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Da mesma maneira que nós, num laboratório, podemos manipular as substâncias e dar-lhes propriedades diferentes das que tinham antes, o Espírito pode modificar o perispírito, dando-lhe visibilidade, ou seja, tornando-se visível, de acordo com as modificações que o Espírito faça no seu perispírito. Pode também tornar-se tangível, isto é, passível de ser tocado, e pode tornar-se opaco, não deixando que possamos ver através dele.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ainda no mesmo texto, Kardec nos diz: </div>
<blockquote class="tr_bq">
<div style="text-align: justify;">
“Figuremos agora o perispírito de uma pessoa viva (...) irradiando-se em volta do corpo, de maneira a envolvê-lo uma espécie de vapor. (...) Perdendo ele a sua transparência, o corpo pode desaparecer, tornar-se invisível, ficar velado (...)” </div>
</blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Quando Kardec refere-se a “uma pessoa viva”, entendemos “um encarnado”. O perispírito do encarnado começa a se irradiar, porque ele não está confinado no corpo físico. Essa irradiação forma, por comparação, uma “nuvem de vapor”, e não conseguimos mais ver o corpo físico, que desaparece no meio daquela “nuvem”.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Continua o Codificador, ainda na mesma referência já citada:</div>
<blockquote class="tr_bq">
<div style="text-align: justify;">
“Poderá então o perispírito mudar de aspecto, fazer-se brilhante, se tal for a vontade do Espírito e se este dispuser de poder para tanto.”</div>
</blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Assim, o fenômeno de transfiguração que tem por causa a irradiação fluídica do perispírito ou a teoria do perispírito se processa da seguinte forma: o perispírito de alguém encarnado se expande, se irradia, cobre o seu corpo físico de modo a deixá-lo invisível e, dependendo da vontade do Espírito e do seu grau evolutivo, o Espírito (mesmo estando encarnado) pode torná-lo brilhante, pois, quanto mais evoluído o Espírito, tanto maior o seu poder para operar modificações no perispírito.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ainda sobre a teoria do perispírito ou irradiação fluídica do perispírito, Kardec explica, em A Gênese [4], capítulo XIV, que trata dos fluidos, item 39:</div>
<blockquote class="tr_bq">
<div style="text-align: justify;">
“Pode a imagem real do corpo apagar-se mais ou menos completamente sob a camada fluídica, e assumir outra aparência; ou então, vistos através da camada fluídica modificada, os traços primitivos podem tomar outra expressão.”</div>
</blockquote>
<div style="text-align: justify;">
O corpo físico é envolvido por uma camada fluídica – e utilizamos aqui a comparação com a camada de vapor, e pode assumir outra aparência ou os traços primitivos podem assumir outra expressão, quando olhamos através daquela camada fluídica.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A palavra transfiguração no sentido de “uma forma que vai através”, “que vai em troca de” fica mais compreensível quando entendemos o fenômeno da expansão do perispírito e sua mudança de propriedades.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Ainda em A Gênese [4], Kardec conclui que:</div>
<blockquote class="tr_bq">
<div style="text-align: justify;">
“Se, saindo do terra-a-terra, o Espírito encarnado se identifica com as coisas do mundo espiritual, pode a expressão de um semblante feio tornar-se bela, radiosa e até luminosa; se, ao contrário, o Espírito é presa de paixões más, um semblante belo pode tomar um aspecto horrendo.”</div>
</blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Jesus, na transfiguração descrita nos Evangelhos, e não poderíamos supor de outra maneira, dada a sua evolução, estava nessa condição de Espírito que se identifica com as coisas do mundo espiritual – daí a luminosidade, a transfiguração luminosa!</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Do mesmo modo, de acordo com a nossa vontade, se estamos presos a paixões más, tomamos um aspecto horrendo. Neste caso, não mais apenas por uma contração muscular, não apenas um fenômeno do corpo físico, mas temos a participação do perispírito se irradiando e promovendo, de acordo com a vontade do Espírito, o aspecto determinado.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Terceira causa: perispírito, com atuação de outro Espírito</i></div>
<div style="text-align: justify;">
Em o Livro dos Médiuns [3], no Capítulo VII, que fala da Bicorporeidade e da Transfiguração, no item 122 Kardec narra um fato, ocorrido em Saint-Etienne, de 1858 a 1859. Diz ele:</div>
<blockquote class="tr_bq">
<div style="text-align: justify;">
“Uma mocinha, de mais ou menos 15 anos, gozava da singular faculdade de se transfigurar, isto é, de tomar, em dados momentos, todas as aparências de certas pessoas mortas. Tão completa era a ilusão, que os que assistiam ao fenômeno julgavam ter diante de si a própria pessoa, cuja aparência ela tomava, tal a semelhança dos traços fisionômicos, do olhar, do som da voz e, até da maneira particular de falar.” </div>
</blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Aqui observamos um fenômeno um pouco diferente do descrito anteriormente. A mocinha não apenas mudava de aspecto físico, mas tomava tanto o aspecto quanto outras características, como o som da voz e a maneira particular de falar de outras pessoas, que já tinham desencarnado (mortas), conforme o texto.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Kardec continua, na mesma referência já citada [3]:</div>
<blockquote class="tr_bq">
<div style="text-align: justify;">
“Tomou, em várias ocasiões, a aparência de seu irmão, que morrera alguns anos antes. Reproduzia-lhe não somente o semblante, mas também o porte e a corpulência. Um médico do lugar, testemunha que fora, muitas vezes, desses estranhos efeitos, pesou a moça no estado normal e no de transfiguração. (...) Verificou-se que no segundo estado o peso era quase o duplo do seu peso normal.”</div>
</blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Observando a narrativa vemos que ela tomava a aparência do irmão, que tinha desencarnado alguns anos antes – ora, se era alguns anos antes, e ela tinha 15 anos, podemos supor que os dois viveram juntos quando encarnados, eram contemporâneos, não sendo possível que a moça tivesse sido aquele seu irmão em uma encarnação passada. Logo, não era um fenômeno apenas do encarnado, mas havia a interferência de um desencarnado, no caso, seu irmão.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
A atitude do médico do lugar, que também assistia ao fenômeno, foi fundamental para nos auxiliar a entendê-lo melhor. Ele teve a ideia de pesar a moça em seu estado normal e pesá-la quando estava transfigurada no irmão e os pesos foram diferentes, de quase o dobro um do outro.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Como se explica isso?</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Pela terceira causa do fenômeno da transfiguração que é a teoria do perispírito ou da irradiação fluídica do perispírito com combinação de fluidos de Espíritos diferentes.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em o Livro dos Médiuns [3], mesmo capítulo, item 123, Kardec nos explica:</div>
<blockquote class="tr_bq">
<div style="text-align: justify;">
“Um outro Espírito, combinando os seus fluidos com os do primeiro, poderá, a essa combinação de perispíritos, imprimir a aparência que lhe é própria, de tal sorte que o corpo real desapareça sob um envoltório fluídico exterior, cuja aparência pode variar à vontade do Espírito.”</div>
</blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Lembremo-nos da teoria do perispírito ou irradiação fluídica do perispírito: o perispírito do encarnado se expande, envolve todo o seu corpo físico e, de acordo com a vontade da pessoa, pode tomar aparência diversa da que tinha antes, pode até tornar-se luminoso. Neste caso, ao expandir seu perispírito, este entra em combinação com o perispírito de um desencarnado (no caso em análise, o perispírito da moça entra em combinação com o perispírito do seu irmão), e o desencarnado passa a assumir o comando da atividade, imprimindo àquela combinação de perispíritos a sua aparência, de acordo com a sua vontade. Daí poder se pesar a moça transfigurada e medir-se o peso do irmão, porque havia combinação de fluidos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Resumindo, segundo a classificação que se baseia no critério causa do fenômeno de transfiguração, temos três causas diferentes: a simples contração muscular, a irradiação fluídica do perispírito e a irradiação fluídica do perispírito com combinação de fluidos de Espíritos diferentes.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Sobre os tipos de transfiguração</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Vale ressaltar que temos tipos, efeitos de transfiguração diferentes – seria um outro tipo de classificação, conforme Kardec nos esclarece na já citada Obras Póstumas [8], no item 22:</div>
<blockquote class="tr_bq">
<div style="text-align: justify;">
“O fenômeno da transfiguração pode operar-se com intensidades muito diferentes, conforme o grau de depuração do perispírito, grau que sempre corresponde ao da elevação moral do Espírito. Cinge-se às vezes a uma simples mudança no aspecto geral da fisionomia, enquanto que doutras vezes dá ao perispírito uma aparência luminosa e esplêndida.”</div>
</blockquote>
<div style="text-align: justify;">
E é ainda em Obras Póstumas [8] que Kardec vem nos auxiliar na imensidade de questões que surgem quando começamos estudar mais a fundo os fenômenos de transfiguração, quando diz, agora no item 23:</div>
<blockquote class="tr_bq">
<div style="text-align: justify;">
“Estes fenômenos talvez pareçam singulares, mas somente por não se conhecerem ainda as propriedades do fluido perispirítico. Este é, para nós, um novo corpo, que há de possuir propriedades novas e que não se podem estudar senão pelos processos ordinários da Ciência, mas que não deixam, por isso, de ser propriedades naturais, só tendo de maravilhosa a novidade.”</div>
</blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Aí está um novo campo de estudos, o perispírito, que, como disse Kardec, exige os processos ordinários da Ciência – ou seja, da mesma forma que ninguém aprende biologia, ou mecânica quântica apenas por assistir a uma palestra ou ler um livro, é necessário um pouco mais de dedicação, de estudo, de pesquisa, para se aprofundar no conhecimento das propriedades do fluido perispirítico.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Parece maravilhoso, e é algo mesmo de se deslumbrar um fenômeno deste tipo, mas não é sobrenatural, pois está perfeitamente dentro das leis da natureza, que nós ainda não conhecemos em plenitude.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>A Transfiguração de Jesus</b></div>
<div style="text-align: justify;">
A Transfiguração mais importante, mais famosa que conhecemos é a narrada pelos Evangelhos, a Transfiguração de Jesus. Este fenômeno é descrito tanto por Marcos, no capítulo 9, versículos 2 a 9, por Lucas, também no capítulo 9, versículos 28 a 36 e por Mateus, que foi a narrativa que escolhemos, no capítulo 17, versículos 1 a 9. Segundo o texto de Mateus, alguns dias antes Jesus começou a preparar os discípulos para os acontecimentos de Jerusalém, e convidou Pedro, Tiago e João a subir a um alto monte e, segundo a narrativa de Mateus:</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<blockquote class="tr_bq">
<div style="text-align: justify;">
<i>“E transfigurou-se diante deles; e o seu rosto resplandeceu como o sol, e as suas vestes se tornaram brancas como a luz.”</i> (<a href="http://www.bibliaonline.com.br/tb/mt/17/2" target="_blank">Mateus 17:2</a>)</div>
</blockquote>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-c_RKYGzgtQs/UrTDGlMdiqI/AAAAAAAAAVk/oMyAXzixpVM/s1600/482px-Transfigurationbloch.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://1.bp.blogspot.com/-c_RKYGzgtQs/UrTDGlMdiqI/AAAAAAAAAVk/oMyAXzixpVM/s320/482px-Transfigurationbloch.jpg" width="257" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<i><span style="font-size: x-small;">Pintura: The Transfiguration. Autor: Carl Heinrich Bloch. Ref.: http://www.carlbloch.org/</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Jesus, o ser mais evoluído que já veio à Terra, podia, por sua vontade, atuar no seu perispírito livremente. Neste momento narrado nos Evangelhos, Jesus expandiu seu perispírito, que se mostrou brilhante, tal qual deve ser o natural de todos os Espíritos evoluídos.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Encontramos este comentário em A Gênese [9], capítulo XV – os milagres do Evangelho, item 44:</div>
<blockquote class="tr_bq">
<div style="text-align: justify;">
“(...) De todas faculdades que Jesus revelou, nenhuma se pode apontar estranha às condições da humanidade e que se não encontre comumente nos homens, porque estão todas na ordem da Natureza. Pela superioridade, porém, da sua essência moral e de suas qualidades fluídicas, aquelas faculdades atingiam nele proporções muito acima das que são vulgares.”</div>
</blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Assim, tudo o que Jesus fez, podemos fazer (<a href="http://www.bibliaonline.com.br/tb/jo/14/12" target="_blank">João 14:12</a>), desde que nos melhoremos, nos aperfeiçoemos, pois tudo o que ele fez, não destruindo a lei, está na lei, está na Natureza. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Outros exemplos de transfiguração</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Encontramos ainda outros exemplos de transfiguração na Bíblia. </div>
<blockquote class="tr_bq">
<div style="text-align: justify;">
<i>“E aconteceu que, descendo Moisés do monte Sinai trazia as duas tábuas do testemunho em suas mãos, sim, quando desceu do monte, Moisés não sabia que a pele do seu rosto resplandecia, depois que falara com Ele.”</i> (<a href="http://www.bibliaonline.com.br/tb/ex/34/29" target="_blank">Êxodo 34:29</a>)</div>
</blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<div style="text-align: justify;">
<i>“Assim, pois, viam os filhos de Israel o rosto de Moisés, e que resplandecia a pele do seu rosto; e tornava Moisés a pôr o véu sobre o seu rosto, até entrar para falar com Ele.”</i> (<a href="http://www.bibliaonline.com.br/tb/ex/34/35" target="_blank">Êxodo 34:35</a>)</div>
</blockquote>
<div style="text-align: justify;">
Temos aqui um exemplo de transfiguração luminosa e duradoura, pois a luminosidade de Moisés era tão aparente a ponto de ele ter de andar com um véu sobre o rosto. Pela narrativa, após o contato com a Espiritualidade superior, recebendo os dez mandamentos, Moisés estava nessa condição que vimos anteriormente neste estudo, de sair do terra-a-terra e se identificar com as coisas do mundo espiritual.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Transfiguração no plano espiritual</b></div>
<div style="text-align: justify;">
A transfiguração também ocorre no plano espiritual, já que é um fenômeno relacionado ao perispírito e Espírito desencarnado também tem perispírito. Alguns exemplos narrados pelo Espírito André Luiz, pela mediunidade de Francisco Cândido Xavier:</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Transfiguração de Alexandre</i> [10]</div>
<blockquote class="tr_bq">
<div style="text-align: justify;">
“Nesse instante, Alexandre silenciou, mantendo-se, então, em muda rogativa. Admirado, comovido, notei que o generoso instrutor se transfigurava, ali, aos nossos olhos. Pela primeira vez, depois de meu retorno ao novo plano, observava acontecimento tão singular. Suas vestes tornaram-se de neve radiosa, sua fronte emitia intensa luz e de suas mãos estendidas evolavam-se raios brilhantes que, caindo sobre nós, pareciam infundir-nos estranho encantamento. Profunda emoção dominou-me o íntimo e quase todos nós, sem definir a causa daquelas divinas vibrações, chorávamos de alegria, contendo o peito opresso de júbilo inesperado.” </div>
</blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<i>Transfiguração de Ismália e outros trabalhadores</i> [11]</div>
<blockquote class="tr_bq">
<div style="text-align: justify;">
“Observando-a, por um momento, reparei que a esposa de Alfredo se transfigurara. Luzes diamantinas irradiavam de todo o seu corpo, em particular do tórax, cujo âmago parecia conter misteriosa lâmpada acesa.”</div>
<div style="text-align: justify;">
“Em vista da ligeira pausa que imprimira a oração, observei a nós outros, verificando que o mesmo fenômeno se dava conosco, embora menos intensamente. Cada qual parecia, ali, apresentar uma expressão luminosa, gradativa.” </div>
<div style="text-align: justify;">
“As senhoras que acompanhavam Ismália estavam quase semelhantes a ela, como se trajassem soberbos costumes (trajes) radiosos, em que predominava a cor azul. Depois delas, em brilho, vinha a luz de Aniceto, de um lilás surpreendente. (...), Vicente e eu, mostrávamos fraca luminosidade, a qual, porém, nos enchia de brilho intenso, considerando que a maioria dos cooperadores em serviço apresentava o corpo obscuro, como acontece na esfera carnal.”</div>
</blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Transfiguração em nós</b></div>
<div style="text-align: justify;">
Por fim, além de todo o conhecimento que vamos adquirindo a respeito do perispírito, o fenômeno da transfiguração de Jesus traz algum outro ensinamento para nós? Este questionamento foi feito para o benfeitor Emmanuel, nos seguintes termos [12]:</div>
<blockquote class="tr_bq">
<div style="text-align: justify;">
“310 – <i>A transfiguração do Senhor é também um símbolo para a Humanidade?</i></div>
<div style="text-align: justify;">
Todas as expressões do Evangelho possuem uma significação divina e, no Tabor, contemplamos a grande lição de que o homem deve viver a sua existência, no mundo, sabendo que pertence ao Céu, por sua sagrada origem, sendo indispensável, desse modo, que se desmaterialize, a todos os instantes, para que se desenvolva em amor e sabedoria, na sagrada exteriorização da virtude celeste, cujos germes lhe dormitam no coração.”</div>
</blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Almejamos que este estudo sobre a transfiguração nos estimule cada vez mais ao desenvolvimento de nós mesmos, ao nosso aperfeiçoamento, pela prática do bem e do amor, conforme sempre nos ensina Nosso Mestre Jesus.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Bons estudos!</div>
<div style="text-align: justify;">
Carla e Hendrio</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Referências bibliográficas:</b></div>
<div style="text-align: justify;">
[1] HOLANDA FERREIRA, Aurélio Buarque. “Novo Aurélio Século XXI”. Verbete Transfiguração.</div>
<div style="text-align: justify;">
[2] Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [online], 2008-2013, Verbete Trans- Disponíevl em: http://www.priberam.pt/dlpo/trans- .Consultado em 26-09-2013.</div>
<div style="text-align: justify;">
[3] KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns. 2ª Parte, Cap. VII, Da bicorporeidade e da transfiguração. Itens 122, 123.</div>
<div style="text-align: justify;">
[4] KARDEC, Allan. A Gênese. Parte – Os Milagres. Cap. XIV – Os fluidos. Item 39.</div>
<div style="text-align: justify;">
[5] KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Questões 93 a 95.</div>
<div style="text-align: justify;">
[6] KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns. 2ª Parte, Cap. VII, Da bicorporeidade e da transfiguração. Itens 100.</div>
<div style="text-align: justify;">
[7] KARDEC, Allan. A Gênese. Parte – Os Milagres. Cap. XIV – Os fluidos. Itens 7 a 12.</div>
<div style="text-align: justify;">
[8] KARDEC, Allan. Obras Póstumas. 1ª Parte, Manifestações dos Espíritos. §3º Transfiguração, itens 22 e 23.</div>
<div style="text-align: justify;">
[9] KARDEC, Allan. A Gênese. Parte – Os Milagres. Cap. XV – Os milagres do Evangelho. Itens 43-44.</div>
<div style="text-align: justify;">
[10] XAVIER, F. C. “Missionários da Luz” Pelo Espírito André Luiz. 25ª ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1994, capítulo 9.</div>
<div style="text-align: justify;">
[11] XAVIER, F. C. “Os Mensageiros” Pelo Espírito André Luiz. 15ª ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1983, capítulo 24.</div>
<div style="text-align: justify;">
[12] XAVIER, F. C. “O Consolador”. Pelo Espírito Emmanuel. 18ª ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1997, Questão 310.</div>
Lições dos Espíritoshttp://www.blogger.com/profile/11097488664965998098noreply@blogger.com12tag:blogger.com,1999:blog-5002374455651602774.post-9806091450872397552013-02-05T21:09:00.005-02:002013-02-11T11:35:50.496-02:00Espiritismo e Internet<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">A rede mundial de computadores encurta distâncias; dá acesso a uma gama inaudita de fontes para pesquisa, porém não substitui o estudo minucioso do conteúdo acessado, em todas as áreas do conhecimento, inclusive da Doutrina Espírita.<br /><br /><br /><b>O que é</b><br /><br />A Internet pode ser definida como um sistema global de redes interconectadas de computadores e vários outros tipos de equipamentos. É uma rede de redes, conectadas por tecnologias com ou sem fio, eletrônicas ou ópticas [1].<br /><br />Os protocolos que deram origem aos atualmente utilizados iniciaram na década de 1960. Houve uma série de avanços nesses protocolos e na tecnologia durante os anos 1970 e 1980, e, com a sua expansão, a Internet exerceu grande impacto na cultura a partir dos anos 1990.<br /><br />Estima-se que, em meados de 2012, havia, no mundo, mais de dois bilhões e quatrocentos milhões de usuários da Internet [2]. Destes, mais de oitenta e três milhões encontram-se no Brasil [3]. Notemos, por tais números, a responsabilidade com que se deve postar conteúdo na rede: o que escrevemos pode atingir — e efetivamente atinge — um contingente de várias dezenas a vários milhões de pessoas.</span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-ewALG7ztqC0/URGHReJ20JI/AAAAAAAAAUk/OVAtVVO_YVU/s1600/Internet_map_1024.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://3.bp.blogspot.com/-ewALG7ztqC0/URGHReJ20JI/AAAAAAAAAUk/OVAtVVO_YVU/s400/Internet_map_1024.jpg" width="400" /></a></div>
<span style="font-size: small;"></span>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;"><span style="font-size: x-small;"><i>Visualização de caminhos de roteamento através de uma porção da Internet. Fonte: Wikipedia [1]. Créditos: The Opte Project [4].</i></span></span></span></div>
<span style="font-size: small;"><br /><br /><b>Análise responsável</b><br /><br />A facilidade e rapidez com que se encontram dados — embora não necessariamente informações — na Internet pode trazer efeitos indesejáveis, como a presunção de se poder saber tudo sobre tudo com apenas a digitação de uma palavra em um mecanismo de procura e um clique em qualquer um dos <i>links </i>dos resultados da busca, como se todos fossem absolutamente confiáveis.<br /><br />A benfeitora Joanna de Ângelis, a esse respeito, pondera com sabedoria, em livro lançado trinta anos atrás, época na qual os computadores ainda não eram tão populares:</span><br />
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-size: small;">“Observando as pessoas, tens a impressão de que, nestes dias da Informática, todas se encontram esclarecidas e orientadas a respeito da vida. (...)</span><br />
<span style="font-size: small;">Ocorre que as informações que mais se transmitem, raramente são corretas. Elaboradas para atender a determinadas faixas, carregam condicionamentos psicológicos que devem atingir finalidades específicas. Servindo a interesses mui especiais não visam esclarecer nem libertar consciências. (...)” [5]</span></blockquote>
<span style="font-size: small;"><br />Muito do que se publica na Internet carece de revisão e, não raro, carece também de objetivos nobres, como seria o da instrução responsável da Doutrina Espírita. Não devemos acreditar cegamente nos dados aos quais temos acesso.<br /><br /><br /><b>Dado e informação</b><br /><br />Podemos entender dado como um conteúdo quantificável, compreensível e ao qual podemos ter acesso, mas não necessariamente analisado ainda, ao passo que informação é o dado processado, o qual permite a tomada de decisões e ações. Vejamos um exemplo:</span><br />
<ul>
<li><span style="font-size: small;">Alguém pode nos dizer que agora são 15 horas. Não sabemos se a pessoa está com seu relógio marcando a hora certa, e esse número isolado não nos leva necessariamente a nenhuma conclusão;</span></li>
<li><span style="font-size: small;">Recebendo o dado sobre a hora; conferindo-o com uma fonte confiável e verificando, em nossa agenda, que nessa hora temos de nos dirigir a uma reunião na qual seremos úteis, o dado “15 horas” passou a ser confirmado e nos auxiliou em um plano de ação útil à nossa vida – o dado passou a ser uma informação.</span></li>
</ul>
<span style="font-size: small;"><br />De forma análoga:</span><br />
<ul>
<li><span style="font-size: small;">Um texto que se diga espírita, ao qual tivemos acesso pela Internet ou qualquer outra fonte (visto em um livro ou panfleto; comentado na televisão ou por um amigo etc.), enquanto ainda não tiver estudadas consistência doutrinária, fonte e mérito, é apenas um dado;</span></li>
<li><span style="font-size: small;">Caso esse mesmo texto esteja em pleno acordo com os preceitos espíritas; traga esclarecimentos complementares ao entendimento de um ou mais temas e nos ajude a sermos pessoas mais esclarecidas e felizes, esse texto passou a ser uma iluminada informação.</span></li>
</ul>
<span style="font-size: small;"><br /><br /><b>O uso da Internet</b><br /><br />A Internet complementa a interação pessoal; jamais a substitui.<br /><br />Foi publicado, pela Federação Espírita Brasileira (FEB), o “Plano de Trabalho Para o Movimento Espírita Brasileiro (2013-2017)” [6], contendo diretrizes, os objetivos e as sugestões de projetos para promover e realizar o estudo, a divulgação e a prática da Doutrina Espírita. Na terceira de suas oito diretrizes, denominada “A Comunicação Social Espírita”, a FEB sugere, entre outras ações e projetos:</span><br />
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-size: small;">“Ampliação e fortalecimento da divulgação da Doutrina Espírita pela Mídia (Televisão, Internet, Rádio, Cinema, Jornal, Revista, Outdoor etc. Vide <a href="http://www.febnet.org.br/ba/file/CFN/ManualdeComunicacaoSocialEspirita.pdf" target="_blank">Manual de Comunicação Social Espírita</a>. FEB. 2011).”</span></blockquote>
<span style="font-size: small;"><br />Verificamos, portanto, que a Federação Espírita Brasileira não apresenta oposição ao uso da Internet para a divulgação doutrinária responsável. Sendo assim, o que devemos publicar ou repassar, seja em um Blog, um site próprio, por e-mail ou por todos os meios de divulgação, da conversa ao livro?<br /><br /><br /><b>Kardec nos dá o exemplo</b><br /><br />Nunca podemos abrir mão da análise da consistência doutrinária, mérito, fonte e autorização para divulgação, <u><b>antes</b></u> de divulgar, por qualquer meio, todo e qualquer texto.<br /><br />Na postagem intitulada “<a href="http://licoesdosespiritos.blogspot.com.br/2010/07/examinai-tudo-retende-o-bem.html" target="_blank">Examinai Tudo. Retende o Bem.</a>”, neste Blog, pudemos verificar que Allan Kardec, o Codificador da Doutrina Espírita, demonstrou, na Revista Espírita de maio de 1863, ter encontrado mérito fora do comum para publicar apenas 100 de 3.600 textos que havia recebido. Essa postura é condizente com o ensino do Espírito Erasto, conforme lemos em “O Livro dos Médiuns”: </span><br />
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-size: small;">“Melhor é repelir dez verdades do que admitir uma única falsidade, uma só teoria errônea.” [7]</span></blockquote>
<span style="font-size: small;"><br />Publicando ou simplesmente comentando um texto, podemos vir a influenciar um número inimaginável de pessoas. Por dever de caridade com o próximo e com nossa milenar e imortal consciência, devemos nos esforçar para exercermos uma influência benéfica.<br /><br />Estudemos, pesquisemos as fontes das mensagens e avaliemos o seu mérito, analisando-as preferencialmente em um grupo de estudos, <u><b>antes</b></u> de levá-las adiante, pela Internet ou qualquer meio de comunicação. Não sigamos linhas de pensamento como as abaixo:</span><br />
<ul>
<li><span style="font-size: small;">“Repasso porque recebi” — no momento em que repassamos algum conteúdo, seja ele um texto, uma fofoca etc., tornamo-nos corresponsáveis pelo mesmo e pelas consequências que ele gerar.</span></li>
<li><span style="font-size: small;">“Não tenho tempo para conferir as mensagens; se alguém encontrar um problema, que alerte.” — a responsabilidade pela verificação da veracidade do que enviamos não é “dos outros”: é inteiramente nossa. Sobre a frequentemente alegada falta de tempo, Kardec recomenda, no livro “O Que É o Espiritismo”: “(...) quando nos falta o tempo para fazer conscienciosamente uma coisa, é melhor não fazê-la; é preferível produzir um só trabalho bom a fazer dez maus.” [8]</span></li>
<li><span style="font-size: small;">“O texto dizia que era do Chico Xavier e tinha umas fotos tão bonitas...” — imagens e músicas bonitas em uma apresentação são forma, e a forma não pode ser mais importante do que o conteúdo. Ademais, há centenas de textos atribuídos a pessoas de renome, como Chico Xavier, e que jamais foram escritas pelas mesmas. A conferência da fonte é imprescindível.</span></li>
</ul>
<span style="font-size: small;"><br />A divulgação responsável de todo conhecimento, incluindo a Doutrina Espírita, demanda estudo e dedicação. A facilidade de um clique de mouse para repassar um e-mail não nos deve induzir ao repasse de mensagens que possam levar muitas pessoas a entendimentos distorcidos e que as façam males que repercutirão em nossa consciência e em nosso planejamento dos próximos anos ou séculos.<br /><br /><br /><b>Estudar não é ofender</b><br /><br />Ao não aceitarmos de pronto uma mensagem, seja comentada verbalmente, seja em um e-mail, corremos o risco de ofender o remetente se nos propusermos a analisá-la primeiramente? Kardec nos orienta:</span><br />
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-size: small;">“(...) os Espíritos verdadeiramente superiores nos recomendam de contínuo que submetamos todas as comunicações ao crivo da razão e da mais rigorosa lógica.” [9]</span></blockquote>
<span style="font-size: small;"><br />O Codificador nos instrui, portanto, que Espíritos realmente evoluídos não apenas não se ofendem, como nos recomendam analisar as mensagens antes de as assimilarmos.<br /><br /><br /><b>Orientações milenares</b><br /><br />Os primeiros trabalhadores do Cristianismo já traziam, há dois milênios, orientações sobre a responsabilidade com o que se retransmite a partir dos dados a que temos acesso.<br /><br />O Evangelista João recomendava, em sua primeira carta:</span><br />
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-size: small;">“Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai os espíritos, se vêm eles de Deus; porque muitos falsos profetas têm aparecido no mundo.” (<a href="http://www.bibliaonline.com.br/tb/1jo/4" target="_blank">1ª carta de João, 04:01</a>)</span></blockquote>
<span style="font-size: small;"><br />A passagem acima ressalta como a interação saudável com o Plano Espiritual nada possuía de anormal ou místico (vide Números, 11:26-29; Marcos, 9:38-40 etc., passagens abordadas em nossa postagem “<a href="http://licoesdosespiritos.blogspot.com.br/2009/09/mediunidade-na-biblia.html" target="_blank">Mediunidade na Bíblia</a>”, em nosso Blog). As palavras de João também demonstram que o contato irresponsável com a Espiritualidade era tão repreensível àquela época quanto o era por Moisés (vide Deuteronômio, 18:9-14; Levítico, 19:31 etc., também abordados em nossa postagem “Mediunidade na Bíblia”) e o é pela Doutrina Espírita (estudemos “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, por exemplo, no capítulo 21, item 7; capítulo 26, itens 8 e 9 etc.).<br /><br />Estendamos o entendimento desse trecho da primeira epístola de João, considerando que não podemos acreditar cegamente em nenhum Espírito, inclusive nos encarnados. Todos os dados que recebemos devem passar por um estudo criterioso, antes de os podermos repassar de forma responsável.<br /><br />Consideremos, também, o significado da palavra <b>profeta</b>, utilizada por João Evangelista. Em seu sentido original, profeta significa, simplesmente, <b>porta-voz</b> (vide postagem “<a href="http://licoesdosespiritos.blogspot.com.br/2011/03/falsos-cristos-falsos-profetas-e-seus.html" target="_blank">Falsos Cristos, falsos profetas e seus seguidores</a>”, neste Blog). Um falso profeta é, assim, quem afirma um conjunto de valores, mas efetivamente segue outro. Sejamos, portanto, porta-vozes de mensagens positivas e coerentes com o nosso credo.<br /><br />Paulo de Tarso, um dos maiores divulgadores da mensagem do Cristo, também traz preciosas orientações:</span><br />
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-size: small;">“Não extingais o Espírito, não desprezeis as profecias; mas examinai tudo, retende o bem; abstende-vos de toda a forma do mal.” (<a href="http://www.bibliaonline.com.br/tb/1ts/5/19-22" target="_blank">Primeira Carta de Paulo aos Tessalonicenses, 05:19-22</a>)</span></blockquote>
<span style="font-size: small;"><br />O apóstolo dos gentios, em poucas palavras, nos recomenda não vivermos apenas em função dos valores materialistas; não ignorarmos os porta-vozes de mensagens elevadas; estudar — e não aceitar irracionalmente — o que nos chegar de dados e assimilarmos o que estiver de acordo com a Lei Divina, abrindo mão de tudo que faça mal a nós e aos nossos semelhantes.<br /><br /><br /><b>Comunicação cristã</b><br /><br />Independente de termos uma semana ou 70 anos de estudo espírita, tudo o que nós dissermos, escrevermos ou encaminharmos certamente influenciará pessoas, sejam elas de nosso círculo de amizades, sejam elas desconhecidas e residentes a milhares de quilômetros.<br /><br />Uma comunicação cristã traz o foco no diálogo fraterno, contendo mensagens de cunho positivo, focando no <b>caminho a seguir</b>, e não no <b>caminho a temer</b>. Noticiemos, de forma responsável, o Movimento Espírita; há eventos que nada têm de espíritas, ainda que o digam sê-lo. Colaboremos na divulgação e estudo responsáveis da Doutrina Espírita — todos podemos fazê-lo.<br /><br />Muita gente diz estar “há poucos anos” frequentando Casa Espírita e, por isso, não sabe ou pode fazer nada ainda, já que ainda não recebeu orientação sobre sua vocação. André Luiz traz conclusão diferente a esse respeito:</span><br />
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-size: small;">“Não viva pedindo orientação espiritual, indefinidamente. Se você já possui duas semanas de conhecimento cristão, sabe, à saciedade, o que fazer.” [10]</span></blockquote>
<span style="font-size: small;"><br />O texto que enviarmos pode ser recebido como uma referência pelo destinatário, pois ele pode saber que frequentamos um Centro Espírita — mesmo que há apenas uma semana — e, portanto, devemos saber o que estamos falando. Sempre somos responsáveis pelo que falamos, escrevemos ou encaminhamos.<br /><br /><br /><b>Situações que merecem atenção</b><br /><br />Circulam, pela Internet, dezenas de mensagens apócrifas (que não são do autor a que se atribui) e de textos que se dizem espíritas, mas que não se sustentam pelos preceitos das obras de Allan Kardec. Esses textos e padrões de mensagens se repetem ao longo dos anos; por isso, é importante reconhecê-los. Vejamos alguns exemplos:</span><br />
<ul>
<li><span style="font-size: small;">Mensagens, alegadamente de autores famosos, prevendo catástrofes e/ou aproximação de planetas de vibração negativa e alegando confirmação por entidades científicas. Nosso mundo não está involuindo! A Terra também recebe grande influência de mundos mais evoluídos. A Lei do Progresso impele pessoas e mundos sempre no sentido da sua melhoria; basta comparar a situação da Terra em relação a 1.000 anos atrás. Por isso, Espíritos evoluídos não trazem mensagens deprimentes, difundindo valores como a piora de nosso planeta, pois isso não procede;</span></li>
<li><span style="font-size: small;">A respeito dos presságios relatados acima, leem-se vários destes com detalhes de datas, notoriamente sobre eventos como cataclismos, referindo Espíritos de renome como os autores das previsões. Esse tipo de mensagem não é avalizada pelo estudo doutrinário. Allan Kardec ressalta, em “O Livro dos Médiuns”: “A previsão de qualquer acontecimento para uma época determinada é indício de mistificação.” [11]</span></li>
<li><span style="font-size: small;">Perfis falsos em redes sociais. Por exemplo: na rede social Facebook, encontram-se “perfis” do conferencista e médium Raul Teixeira. Em seu site (<a href="http://www.raulteixeira.com.br/" target="_blank">http://www.raulteixeira.com.br/</a>), o próprio Raul, em julho de 2011, esclareceu não ter nada no Facebook. É muito fácil criar um perfil com qualquer nome em uma rede social. Tenhamos atenção para com quem seguimos; o uso de uma identidade falsa, em si, já levanta suspeitas sobre o que será veiculado de mensagens;</span></li>
<li><span style="font-size: small;">Textos modificados, com omissões e inclusões de textos em relação ao original. Muitos textos espíritas encontrados na Internet foram digitados por voluntários dedicados, mas que nem sempre contam com uma equipe na qual alguns digitam e outros conferem os textos com os livros originais. Seja por simples engano, seja com interesses escusos, muitos textos encontrados na Internet são diferentes dos originais. Recomendamos não utilizá-los sem antes conferirmos dois aspectos: se estão idênticos aos livros e se não há restrição à sua reprodução;</span></li>
<li><span style="font-size: small;">Ataques pessoais a vultos do Espiritismo, frequentemente sem nenhuma base além de suspeitas e boatos. Não devemos ver as pessoas, inclusive os grandes trabalhadores do Movimento Espírita, como santas ou intocáveis; tampouco, porém, devemos dar atenção ao primeiro boato infundado do polemista do momento. Desserviços assim não ocorrem apenas no meio espírita: foram lançados até livros e filmes acusando Madre Teresa de oportunismo e corrupção!</span></li>
</ul>
<span style="font-size: small;"><br /><br /><b>Não alimentemos polêmicas</b><br /><br />Polemistas profissionais desejam tomar tempo e energia dedicáveis ao Bem. São pessoas que ainda consomem todo seu tempo e raciocínio a encontrar defeitos nos trabalhos alheios, sem sobrar tempo e energia para buscar fazer algo em prol do bem.<br /><br />Novamente seguindo o conselho de Paulo de Tarso na Primeira Epístola aos Tessalonicenses, ouçamos as críticas e assimilemos aquelas que sejam construtivas e nos apontem oportunidades de melhoria, sem trazermos para nosso mundo íntimo o lodo das palavras ácidas e inúteis.<br /><br />Kardec afirma, em “Obras Póstumas”, que a Doutrina Espírita,</span><br />
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-size: small;">“Querendo ser aceita livremente, por convicção e não por constrangimento, proclamando a liberdade de consciência um direito natural imprescritível, diz: <b>Se tenho razão, todos acabarão por pensar como eu; se estou em erro, acabarei por pensar como os outros</b>. Em virtude destes princípios, não atirando pedras a ninguém, ela nenhum pretexto dará para represálias e deixará aos dissidentes toda a responsabilidade de suas palavras e de seus atos.” [12]</span></blockquote>
<span style="font-size: small;"><br />Não desperdicemos tempo e energia em debates com seguidores de outras religiões, e mesmo com ateus, para descobrir “quem está com a razão”. Quando perseguimos a resposta a essa inútil pergunta, estamos em busca de quem é o melhor ou o maior, tema muito bem esclarecido por Jesus e <a href="http://www.bibliaonline.com.br/tb/lc/22/24-27" target="_blank">relatado pelo evangelista Lucas</a>. Estêvão, um dos cristãos da primeira hora, em debate com Saulo de Tarso antes de sua conversão ao Cristianismo, também traz importante conselho sobre os debates improdutivos, conforme Emmanuel nos relata no livro “Paulo e Estêvão”:</span><br />
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-size: small;">“Jesus teve a preocupação de recomendar a seus discípulos que fugissem do fermento das discussões e das discórdias. Eis por que não será lícito perdermos tempo em contendas inúteis, quando o trabalho do Cristo reclama o nosso esforço.” [13]</span></blockquote>
<span style="font-size: small;"><br /><br /><b>Concluindo...</b><br /><br />Não fazemos ideia do alcance daquilo que dizemos ou de nossa influência sobre as pessoas. Façamos com que seja uma influência positiva.<br /><br />Revisemos previamente, em relação ao original, os textos que pretendemos divulgar — seja por e-mail, em uma rede social, Blog, verbalmente, por escrito etc.</span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;">Ao </span>encaminhar e-mails<span style="font-size: small;">, </span></span><span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;">u<span style="font-size: small;">tilizemos</span> cópia </span>oculta<span style="font-size: small;"> para </span></span><span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;">não expo<span style="font-size: small;">r</span> os endereços dos destinatários<span style="font-size: small;">; n</span></span></span><span style="font-size: small;">ão enviemos anexos grandes e procuremos seguir as demais regras <span style="font-size: small;">de boa convivência </span>da <a href="http://www.educacaoadistancia.camara.gov.br/ead_cfd/file.php/1/Documentos_geral_/Netiqueta.pdf" target="_blank">Netiqueta</a>.</span><br /><br />Não repassemos trechos de livros, imagens, áudios etc. que informem ter sua reprodução proibida.<br /><br />Estudemos a Doutrina Espírita em grupo. Ainda não sabemos tudo; podemos deixar passar algum ponto errôneo que outro colega de estudos não deixará.<br /><br />Há centenas de bons livros para lermos. Em vez de procurar o que ler de texto espírita apenas pela Internet, consultemos a biblioteca do Centro Espírita mais próximo de nossa residência ou local de trabalho.<br /><br />Joanna de Ângelis recomenda, na mesma mensagem citada anteriormente:</span><br />
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-size: small;">“Aplica bem o tempo de que disponhas, quando a serviço da Mensagem.</span><br />
<span style="font-size: small;">Não desperdices oportunidade.</span><br />
<span style="font-size: small;">Elucida alguém, quando não o possas fazer a muitos.</span><br />
<span style="font-size: small;">O importante é a contribuição, modesta que seja, à obra da libertação espiritual.” [5]</span></blockquote>
<span style="font-size: small;"><br />Finalizamos com o sábio aconselhamento de Emmanuel, em mensagem frequentemente encontrada pela Internet com seu texto alterado do original:</span><br />
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-size: small;">“(...) trabalha para que a Doutrina Espírita lhes estenda socorro oportuno. Para isso, estudemos Allan Kardec, ao clarão da mensagem de Jesus-Cristo, e, seja no exemplo ou na atitude, na ação ou na palavra, recordemos que o Espiritismo nos solicita uma espécie permanente de caridade — a caridade da sua própria divulgação.” [14]</span></blockquote>
<span style="font-size: small;"><br /><br />Leia também, neste Blog, as postagens “<a href="http://licoesdosespiritos.blogspot.com.br/2010/02/os-opositores-da-doutrina-espirita.html" target="_blank">Os opositores da Doutrina Espírita</a>”, “‘<a href="http://licoesdosespiritos.blogspot.com.br/2010/05/pequenos-erros.html" target="_blank">Pequenos’ Erros</a>”, “<a href="http://licoesdosespiritos.blogspot.com.br/2010/07/examinai-tudo-retende-o-bem.html" target="_blank">Examinai Tudo. Retende o Bem.</a>”, “<a href="http://licoesdosespiritos.blogspot.com.br/2011/03/falsos-cristos-falsos-profetas-e-seus.html" target="_blank">Falsos Cristos, falsos profetas e seus seguidores</a>”, “<a href="http://licoesdosespiritos.blogspot.com.br/2009/09/mediunidade-na-biblia.html" target="_blank">Mediunidade na Bíblia</a>” e “<a href="http://licoesdosespiritos.blogspot.com.br/2010/01/lei-do-progresso.html" target="_blank">Lei do Progresso</a>”.<br /><br /><br />Bons estudos!<br />Carla e Hendrio<br /><br /><br />Referências:<br />[1] Wikipedia. Termo pesquisado: Internet. Disponível em <a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Internet" target="_blank">http://en.wikipedia.org/wiki/Internet</a>. Acesso em 05 de janeiro de 2013.<br />[2] Internet Users in the World; 2012-Q2. Disponível em <a href="http://www.internetworldstats.com/stats.htm" target="_blank">http://www.internetworldstats.com/stats.htm</a>. Acesso em 05 de janeiro de 2013.<br />[3] Internet Stats and Telecom Market Report for Brazil. Disponível em <a href="http://www.internetworldstats.com/sa/br.htm" target="_blank">http://www.internetworldstats.com/sa/br.htm</a>. Acesso em 05 de janeiro de 2013.<br />[4] The Opte Project. Disponível em <a href="http://www.opte.org/" target="_blank">http://www.opte.org/</a>. Acesso em 05 de janeiro de 2013.<br />[5] FRANCO, Divaldo P. “Otimismo”. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. 2.ed. Salvador, BA: Livraria Espírita Alvorada, 1983. Capítulo 38 (“Pregando sempre”).<br />[6] Federação Espírita Brasileira. “Plano de Trabalho Para o Movimento Espírita Brasileiro (2013-2017)”. Disponível em <a href="http://www.febnet.org.br/wp-content/uploads/2012/11/Plano-de-Trabalho.pdf" target="_blank">http://www.febnet.org.br/wp-content/uploads/2012/11/Plano-de-Trabalho.pdf</a>. Acesso em 13 de janeiro de 2013.<br />[7] KARDEC, Allan. “O Livro dos Médiuns”. 55.ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1987. Segunda parte, capítulo XX, item 230.<br />[8] KARDEC, Allan. “O Que É o Espiritismo”. 26.ed. São Paulo, SP: LAKE, 2001. Capítulo I. Primeiro diálogo — O crítico.<br />[9] KARDEC, Allan. “O Livro dos Médiuns”. 55.ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1987. Segunda parte, capítulo X, item 136.<br />[10] XAVIER, Francisco C. “Agenda Cristã”. Pelo Espírito André Luiz. 2.ed. de bolso. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1998. Capítulo 18 — “Lembranças úteis”.<br />[11] KARDEC, Allan. “O Livro dos Médiuns”. 55. ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1987. Segunda parte, capítulo XXIV (“Da identidade dos Espíritos”), número 267, item 8.<br />[12] KARDEC, Allan. “Obras Póstumas”. 25.ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1990. Segunda parte. “Constituição do Espiritismo”, § II — “Dos cismas”.<br />[13] XAVIER, Francisco C. “Paulo e Estêvão”. Pelo Espírito Emmanuel. 20.ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1993. Capítulo V — “A pregação de Estêvão”.<br />[14] XAVIER, Francisco C. e VIEIRA, Waldo. “Estude e Viva”. Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz. 6.ed. Rio de Janeiro, FJ: FEB, 1986. Capítulo 40 — “Socorro oportuno”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Lições dos Espíritoshttp://www.blogger.com/profile/11097488664965998098noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5002374455651602774.post-20976858770231166372013-01-27T18:20:00.000-02:002013-01-27T18:20:16.035-02:00Estudo Espírita<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Mensagem do Espírito Joaquim Travassos, para nossa reflexão.</span><br />
<span style="font-size: small;"><br /></span>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: small;">~*~*~*~*~</span></div>
<br />
<span style="font-size: small;">Estabelecendo paralelos entre o estudo oficial da cultura terrestre e o estudo voluntário das teses espíritas, repararemos os valores, contradições e consequências de cada um para a criatura encarnada.</span><br />
<span style="font-size: small;"><br />Na carreira universitária, o educando frequenta aulas, desde a infância, num total aproximado de dez a dezesseis anos sucessivos de ingentes esforços; no entanto, quando alguém se dedica sozinho ao Espiritismo, durante três meses, em muitas circunstâncias já se julga realizado, sem necessidade de trabalho mais amplo...</span><br />
<span style="font-size: small;"><br />Na instrução humana, usam-se técnica especializada, disciplina rigorosa, ordem severa e frequência assídua para todos os estudantes, e surpreendemos companheiros de atividade espírita que após lerem, anotando, aqui e ali, alguns poucos livros, se supõem com a autoridade dos pesquisadores de exceção...</span><br />
<span style="font-size: small;"><br />Se para obter diploma de formação superior, a pessoa humana despende energia e dinheiro, submetendo-se a todo tipo de exames, provas e estágios complicados e exaustivos, para o cultivo do Espiritismo não existe nenhuma dessas dificuldades, pois até mesmo os livros são mais baratos e os templos doutrinários não cobram ingressos...</span><br />
<span style="font-size: small;"><br />O sistema de educação intelectual experimenta a supervisão constante de inspetores, fiscais e conselhos de ensino que verificam os mínimos incidentes do currículo escolar; entretanto, nas casas espíritas, em muitas ocasiões, se um companheiro de boa-vontade assinala esse ou aquele senão, em favor da segurança da obra, muito dificilmente escapa de ser apontado à conta de elemento indesejável, corroído de obsessão...</span><br />
<span style="font-size: small;"><br />Para graduar-se em Direito, Engenharia, Magistério ou Medicina, o aluno aplica a inteligência em observações incessantes, analisando e repetindo, frequentemente, página a página ou frase a frase, centenas de rechonchudos calhamaços, afora inumeráveis apontamentos e resumos, suplementos e apostilas de toda espécie, mas não faltam irmãos nossos que folhearam, descuidosamente, alguns magros volumes e já se sentem detentores de preciosa erudição, estacando no aprendizado...</span><br />
<span style="font-size: small;"><br />As aquisições acadêmicas sofrem naturalmente as consequências da evolução, constituindo-se de afirmações provisórias a reclamarem, por vezes, grandes sacrifícios para se fixarem no campo do pensamento; os valores espíritas, ao contrário, vinculam-se às realidades imarcescíveis da alma, com definições morais muito mais fáceis de reter, e muito dificilmente encontram quem lhes dê maior atenção...</span><br />
<span style="font-size: small;"><br />O homem concorre a disputadas competições para a obtenção dos títulos de idoneidade técnica que praticamente se anulam com a aposentadoria do interessado aos trinta ou quarenta anos consecutivos de serviço; todavia, quase sempre, apenas de longe em longe, esse mesmo homem encontra quinze minutos no dia para se consagrar ao estudo espírita, tranquilo e fácil, que prosseguirá, imperecedouro, caminho a fora, a iluminar-lhe o imo do próprio ser...</span><br />
<span style="font-size: small;"><br />Todos acham vantagens no adestramento do cérebro, o que permite ao Espírito dominar o plano terrestre por algum tempo; raros veem conveniências na assimilação do conhecimento espírita que prepara a alma, a fim de que domine a si mesma, com vistas à Eternidade...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-qLNgbeKQ4os/UQWLqHeLt7I/AAAAAAAAAUU/N367T1NiE5Q/s1600/Livros.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="275" src="http://4.bp.blogspot.com/-qLNgbeKQ4os/UQWLqHeLt7I/AAAAAAAAAUU/N367T1NiE5Q/s400/Livros.jpg" width="400" /></a></div>
</div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-size: x-small;"><i>Foto: Hendrio Belfort</i></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><br />Valorizemos, quanto possível, o estudo humano, em louvor dos experimentos, técnicas, profissões e ciências que glorificam a civilização passageira; entretanto, prestigiemos também, e seriamente, o estudo abençoado da Doutrina Espírita, combatendo negligência e dispersão, preguiça e desânimo, destaque de superfície e esforço deficitário, para que possamos entender os Estatutos Divinos da Criação Eterna, de cuja grandeza todos participamos, sob as bênçãos de Deus.<br /><br /><br />VIEIRA, Waldo. “Seareiros de Volta”. Por diversos Espíritos. 4.ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1987. Capítulo “Estudo Espírita”, pp. 118-120.</span><br />
<br />
</div>
Lições dos Espíritoshttp://www.blogger.com/profile/11097488664965998098noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5002374455651602774.post-71038530117154494972012-12-31T11:23:00.001-02:002012-12-31T11:23:33.592-02:00Ao encontro da paz<div style="text-align: justify;">
Ano novo é tempo de renovação de planos e esperanças. E o que desejamos para 2013? Algumas boas sugestões foram dadas por Dias da Cruz, na mensagem intitulada “Ao encontro da paz”, do livro Seareiros de Volta [1], que reproduzimos a seguir:<br />
<br />
“Não te escravizes às farpas magnéticas do nervosismo!<br />
Comum ouvir-se a declaração: ─ Quando leio o Evangelho não consigo concentrar-me na leitura!<br />
No entanto, Cristo é o leme nas tempestades emocionais, o ponto de segurança em toda crise da alma.<br />
Para espíritos enfermos não vale tão-só a necessária assistência ao corpo.<br />
Indubitavelmente, a terapêutica tem lugar certo na indicação exata.<br />
Respeita, pois, os notáveis avanços da medicina moderna em todas as nuanças de suas conquistas científicas; contudo, valoriza a farmácia espiritual que te enriquece as mãos.<br />
Não dispenses o auxílio medicamentoso no momento devido, mas não permitas que xaropes e comprimidos te subjuguem a existência.<br />
Antes prevenir que remediar.<br />
Não cultives sintomas de perturbações ou doenças.<br />
Deixa que a oração te regenere todas as forças.<br />
Recorre ao passe curativo que asserena e restaura.<br />
Sedativos aliviam, mas não reajustam. A prece, em razão disso, será sempre calmante eficaz.<br />
Diversões auxiliam, mas não curam; entretanto, a reunião de estudos espíritas é valiosa psicoterapia aplicada em conjunto.<br />
O copo dágua fluida, gratuito e simples, é mais prático de ser usado que a injeção intravenosa.<br />
O culto do Evangelho no lar substitui, muitas vezes, com vantagem, a mais laboriosa sessão de psicanálise.<br />
Perdão e esquecimento de todo mal avantajam-se indiscutivelmente ao relaxe por barbitúricos.<br />
Intimação à própria vontade, para entregar-se ao bem, em muitos casos supera o choque insulínico quanto ao efeito benéfico.<br />
Serviço desinteressado ao semelhante é a melhor terapia ocupacional.<br />
Disciplina no prato, frequentemente, ainda é a receita ideal para perder peso.<br />
Estudo edificante costuma remover a necessidade das internações de repouso.<br />
Em muitas ocasiões, trabalho maciço é pronto-socorro à extinção da insônia.<br />
No labirinto de temores difusos, evita o bloqueio dos próprios pensamentos. Abre o coração à fraternidade.<br />
Comunica-te com alguém e ora convictamente. A fé raciocinada é o primeiro recurso no rumo de toda restauração, mas, quase sempre, é procurada em último lugar.<br />
Ainda assim, controlar a mente, sustentando-se em atitude rígida, não basta por si só; carecemos de pensar no bem, fazendo o bem, para manter a própria harmonia.<br />
É interessante lembrar que Jesus nunca esteve enfermo. Isso nos induz a verificar que ninguém jamais adoece por raciocinar, sentir e agir com o Evangelho, em espírito e verdade.”</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-JvqKy6f6JWY/UOGP9kBjSpI/AAAAAAAAAUE/z_l0LYDVeF0/s1600/Porto+Alegre+(RS)+25-jan-2008.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="http://2.bp.blogspot.com/-JvqKy6f6JWY/UOGP9kBjSpI/AAAAAAAAAUE/z_l0LYDVeF0/s400/Porto+Alegre+(RS)+25-jan-2008.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;"> <span style="font-size: x-small;"><i>Foto: Hendrio Belfort</i></span></div><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Renovemos pensamentos, aspirações e atitudes!<br />
Renovemos a nós mesmos!</div>
<div style="text-align: justify;">
Pequenas mudanças podem gerar grandes transformações.<br />
Feliz 2013!<br />
Bons estudos!<br />
<br />
Carla e Hendrio<br />
<br />
[1] VIEIRA, Waldo. “Seareiros de Volta”. Por Diversos Espíritos. 4ª ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1987. P. 86-87.</div>
Lições dos Espíritoshttp://www.blogger.com/profile/11097488664965998098noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5002374455651602774.post-60816572602973548542012-10-14T20:01:00.000-03:002012-10-14T20:01:00.256-03:00Homem de Bem<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Jesus é a fonte de nossa inspiração, nosso modelo e guia, fato reforçado pela Espiritualidade Superior à questão 625 de “O Livro dos Espíritos” [1]. O Evangelho contém as orientações de Jesus para nossa evolução moral.<br /><br />Estudemos o tema Homem de Bem com as palavras de Jesus registradas por Mateus em seu capítulo 5, começando pelo entendimento que o Mestre traz sobre Deus.<br /><br /><br /><span style="font-size: small;"><i><b>Um Novo Entendimento sobre Deus</b></i></span><br /><br />Lemos, nestas anotações do evangelista, que Jesus, vendo as multidões, subiu a um monte e transmitiu sublimes ensinamentos. Ele disse os versos do poema das bem-aventuranças; orientou sermos o sal da terra, a luz do mundo; afirmou não ter vindo destruir a lei ou os profetas, mas demonstrar seu cumprimento, e finalizou dizendo:</span><br />
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-size: small;"><i>“Sede vós, pois, perfeitos, como perfeito é o vosso Pai que está nos céus.”</i> (<a href="http://www.bibliaonline.com.br/tb+nvi/mt/5/48" target="_blank">Mateus 05:48</a>)</span></blockquote>
<span style="font-size: small;"><br />Jesus afirmou não ter vindo destruir a lei divina, cujas orientações conhecidas pelo povo judeu Ele cita diversas vezes (exemplos: <a href="http://www.bibliaonline.com.br/tb+acf/jo/10/34+" target="_blank">João 10:34</a>; <a href="http://www.bibliaonline.com.br/tb+acf/lc/10/26+" target="_blank">Lucas 10:26</a> etc. Por isso Ele reforça a citação da lei moisaica constante do livro <a href="http://www.bibliaonline.com.br/tb+acf/dt/18" target="_blank">Deuteronômio, em seu capítulo 18, versículo 13</a>:</span><br />
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-size: small;"><i>“Perfeito serás, como o Senhor teu Deus.”</i></span></blockquote>
<span style="font-size: small;"><br />Jesus compartilha conosco um novo entendimento sobre Deus. Já não é o Deus terrível, vingativo, ciumento apresentado por Moisés. É um Deus misericordioso, justo e bom, o qual perdoa a quem se arrepende e dá a cada um segundo as suas obras. É o Pai comum do gênero humano; é o Deus que quer ser amado, não temido. Allan Kardec desenvolveu um paralelo entre a ideia de Deus da época de Moisés e aquela que Jesus nos trouxe; esse importante entendimento encontra-se no livro “A Gênese”, quinta obra da Codificação Espírita, em seu capítulo I — “Caráter da Revelação Espírita” —, itens 21 a 25. [2]<br /><br />A Doutrina Espírita vem ampliar nosso entendimento sobre Deus, partindo das ideias já trazidas por Jesus, nos esclarecendo, na primeira questão de “O Livro dos Espíritos”, que Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas [3]. Deus é infinito em Suas perfeições, e podemos ter uma ideia de algumas dessas perfeições: Deus é eterno, imutável, único, onipotente, soberanamente justo e bom.<br /><br /><br /><i><b>“Sermos perfeitos como nosso Pai”</b></i><br /><br />Dentro de nossas possibilidades, podemos entender Deus como o máximo de todas as virtudes imagináveis. Não há bondade nem amor maiores do que os expressos por Deus à Criação.<br /><br />Todos somos filhos de Deus. Não há como chegarmos à perfeição absoluta de Deus, senão seríamos Deus também; contudo, podemos atingir um grau de perfeição relativa.<br /><br />Desta forma, quando Jesus nos disse “Sede perfeitos como perfeito é vosso Pai”, Ele nos apresentou um modelo de perfeição que deveríamos nos esforçar para alcançar.<br /><br />À questão 115 de “O Livro dos Espíritos”, a Espiritualidade Superior nos esclarece que:</span><br />
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-size: small;">“Deus criou todos os Espíritos simples e ignorantes, isto é, sem saber. A cada um deu determinada missão, com o fim de esclarecê-los e de os fazer chegar progressivamente à perfeição, pelo conhecimento da verdade, para aproximá-los de si.” [4]</span></blockquote>
<span style="font-size: small;"><br />As orientações acima ilustram a justiça perfeita de Deus, dando a todos nós o mesmo início. Ninguém é criado com privilégios. Através das provas que vivenciamos, tanto no plano espiritual como no plano de matéria densa, vamos aprendendo e desenvolvendo em nós as virtudes latentes que nos aproximam de Deus. Cada um, no entanto, segue o ritmo de sua escolha. Alguns aceleram seu aprendizado, outros temporariamente o adiam. À mesma questão acima, lemos, ainda:</span><br />
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-size: small;">“Nesta perfeição é que eles encontram a pura e eterna felicidade. Passando pelas provas que Deus lhes impõe é que os Espíritos adquirem aquele conhecimento.” [4]</span></blockquote>
<span style="font-size: small;"><br />O motivo de buscarmos nos aperfeiçoar é porque, atingindo essa perfeição, encontramos a felicidade. Se desejamos ser felizes, devemos direcionar nossos esforços para evoluirmos moral e intelectualmente.<br /><br /><br /><i><b>A Escala Espírita</b></i><br /><br />Allan Kardec perguntou aos Espíritos Superiores, na questão de nº 114, se os Espíritos são bons ou maus por natureza, ou são eles mesmos que se melhoram, recebendo a seguinte orientação:</span><br />
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-size: small;">“São os próprios Espíritos que se melhoram e, melhorando-se, passam de uma ordem inferior para outra mais elevada.” [5]</span></blockquote>
<span style="font-size: small;"><br />Concluímos, assim, ser nossa a responsabilidade por passar de uma ordem espiritual para outra, ou seja, progredirmos. Além disso, estamos encarnados neste mundo para colaborar com o progresso de nossos semelhantes e do próprio mundo.<br /><br />Nos itens 100 a 113 de “O Livro dos Espíritos”, Allan Kardec propõe uma Escala Espírita, na qual os Espíritos estão classificados em três ordens: Espíritos imperfeitos, bons Espíritos e Espíritos puros, sendo que as duas primeiras ordens possuem subdivisões [6].<br /><br />Como já comentamos em outro estudo neste Blog (postagem “<a href="http://licoesdosespiritos.blogspot.com.br/2010/06/influencia-de-maus-espiritos.html" target="_blank">A Influência de ‘Maus</a></span><a href="http://licoesdosespiritos.blogspot.com.br/2010/06/influencia-de-maus-espiritos.html" target="_blank"><span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;">’</span> Espíritos</span></a><span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;">”</span>), esta escala não serve para rotular ninguém. Utilizemo-la para avaliar nossas próprias conquistas morais e intelectuais e para ver o quanto ainda temos a evoluir.<br /><br />Para evoluir plenamente, o Espírito também possui lições a vivenciar em mundos de matéria densa, necessitando, portanto, reencarnar. Não é possível aprendermos tudo em apenas uma existência corpórea. Assim, a viagem evolutiva do Espírito se faz em sucessivas reencarnações, na qual, em cada uma, ele evolui em um ou mais aspectos. Também nos desenvolvemos e aprendemos enquanto estamos na erraticidade, ou seja, no Plano Espiritual, no intervalo entre as encarnações, conforme definido à questão 224 de “O Livro dos Espíritos” [7]. Partimos de Deus, simples e sem conhecimentos, e vamos retornar a Deus, aperfeiçoados, como Espíritos Puros, colaborando na Criação, como Jesus nos orientou (<a href="http://www.bibliaonline.com.br/tb/jo/14/12" target="_blank">João 14:12</a>).<br /></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: small;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-clNy5xwaS9o/UHtCsbvJecI/AAAAAAAAATw/pEDuLf42oeA/s1600/Ibi%C3%BAna+(SP)_02-nov-2009.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="http://3.bp.blogspot.com/-clNy5xwaS9o/UHtCsbvJecI/AAAAAAAAATw/pEDuLf42oeA/s400/Ibi%C3%BAna+(SP)_02-nov-2009.JPG" width="400" /></a></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;"><i>Foto: Carla Engel</i></span></div>
<span style="font-size: small;"><br /> </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<i><b><span style="font-size: small;">Perfeição e Imperfeição</span></b></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><br />Apresentamos, acima, a visão macro da jornada evolutiva a realizarmos. Esta jornada se realiza passo a passo, no dia-a-dia. Devemos perseguir a meta final, chegar à perfeição, como Jesus nos falou. Para tanto, é importante saber como chegar lá: estudemos em que patamar nos encontramos, o que pretendemos melhorar nesta encarnação e o caminho a utilizar para chegarmos a essas metas.<br /><br />Podemos considerar dois extremos: o que caracteriza a imperfeição e o que caracteriza a perfeição. Iniciemos com a imperfeição.<br /><br />Encontramos importantes orientações a respeito disso à questão 895 de “O Livro dos Espíritos”, na qual os Espíritos Superiores respondem que o sinal mais característico da imperfeição é o interesse pessoal [8]. Dizem eles ainda que o desinteresse é coisa tão rara na Terra que, quando se patenteia — ou seja, quando se observam ações desprovidas de interesse próprio —, todos o admiram, como se fora um fenômeno.<br /><br />Vejamos, agora, o que caracteriza a perfeição. Allan Kardec questionou os Espíritos Superiores sobre o tema, à questão 918 de “O Livro dos Espíritos”, obtendo a resposta a seguir:</span><blockquote class="tr_bq">
<span style="font-size: small;">“<i>Por que indícios se pode reconhecer em um homem o progresso real que lhe elevará o Espírito na hierarquia espírita?</i></span><br /><span style="font-size: small;">‘O Espírito prova a sua elevação, quando todos os atos de sua vida corporal representam a prática da lei de Deus e quando antecipadamente compreende a vida espiritual.’” [9]</span></blockquote>
<span style="font-size: small;"><br />Analisemos a primeira parte da resposta: a prática da lei de Deus, ou seja, a Lei Natural, a qual indica o que o homem deve fazer ou deixar de fazer. Afastando-se dela, o homem torna-se infeliz. A prática da lei de Deus representa fazer aos outros aquilo que nós gostaríamos que eles nos fizessem.<br /><br />Todos podem conhecer a Lei Divina, pois ela está escrita em nossa consciência [10], porém nem todos ainda a compreendem e aplicam. Essa compreensão e prática vão se ampliando à medida da nossa evolução moral e intelectual.<br /><br />À questão acima referida, ao definirem os indícios pelos quais se reconhece a elevação de uma pessoa, os Espíritos não afirmaram ser quando todos os <b>conhecimentos</b> de sua vida corporal representam a prática da lei de Deus, e sim quando todos os <b>atos</b> de sua vida corporal representam a prática das Leis Divinas.<br /><br />Ainda analisando a resposta à questão 918 de “O Livro dos Espíritos”, o Espírito prova a sua elevação quando antecipadamente compreende a vida espiritual. Tal condição se verifica quando devotamos aos bens materiais o seu valor real, não os supervalorizando como se estes fossem as últimas ou únicas coisas da Terra ou o que há de mais importante no mundo. Significa sermos um pouco mais pacientes, compreensivos, tolerantes, porque entendemos que tudo o que vivenciamos aqui passa, é uma fase, um aprendizado.<br /><br />Quando voltarmos à vida espiritual, ou seja, deixarmos aqui nosso corpo físico pela desencarnação, forçosamente retomaremos o contato com este plano da vida. O Espírito André Luiz relata ter vivenciado esta retomada sem preparação para tal no livro “Nosso Lar”. A recomendação dos Espíritos, contudo, é a de dispormos de uma compreensão antecipada da vida espiritual, antes de para lá retornarmos, visando a melhor aproveitar o estágio de aprendizado no mundo de matéria densa.<br /><br /><br /><i><b>Caminho Evolutivo: Justiça, Amor e Caridade</b></i><br /><br />Para sabermos o que já conquistamos e o que ainda temos a evoluir em termos morais e intelectuais, é necessário desenvolver, praticar e constantemente aprimorar o autoconhecimento, processo de análise íntima de nós para conosco, realizada de forma particular, honesta, sem condescendência nem crítica destrutiva. Na questão de nº 919-a, em O Livro dos Espíritos, Santo Agostinho nos dá o seu método de análise pessoal. [11]<br /><br />Reconhecidas oportunidades de melhoria em nosso ser, o caminho para atingi-las só pode ser a prática do bem, pois aprendemos, na Doutrina Espírita, que, fora da Caridade não há salvação, conforme podemos estudar no capítulo XV de “O Evangelho Segundo o Espiritismo” [12].<br /><br />Assim como precisamos conhecer detalhes do caminho para chegarmos um destino, a fim de mais rapidamente atingi-lo, não basta nos limitarmos a desejar chegar à perfeição, sem conhecimento das características dessa perfeição. Ao estudar os Caracteres do Homem de Bem, à questão 918 de “O Livro dos Espíritos” [9], Allan Kardec enumerou algumas dessas características — ou seja, alguns dos nossos objetivos, caso desejemos nos tornar mulheres e homens de bem.<br /><br />Em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, Kardec retoma esse assunto no capítulo XVII — “Sede Perfeitos” —, no qual é analisada passagem evangélica de Mateus 05, capítulo 05, versículo 48, citada acima. No item 3 do capítulo “Sede Perfeitos”, sob o título de “O Homem de Bem”, o Codificador amplia o rol de características constante de “O Livro dos Espíritos”:</span><blockquote>
<span style="font-size: small;">“O verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza.” [13]</span></blockquote>
<span style="font-size: small;"><br />O dicionário nos orienta que cumprir significa executar com exatidão, obedecer. Assim, o homem de bem é o que executa com exatidão, obedece, pratica a Lei de Justiça, Amor e Caridade, na sua maior pureza. <br /><br />A Codificação Espírita também analisa o que vem a ser a Lei de Justiça, Amor e Caridade. Kardec dedica o capítulo 11 da 3ª parte de “O Livro dos Espíritos” para estudar essa Lei. [14]<br /><br />Justiça, conforme o ensino dos Espíritos Superiores à questão 875 de “O Livro dos Espíritos”, consiste em cada um respeitar os direitos dos demais. Kardec então pergunta o que determina tais direitos, e os Espíritos explicam que tais direitos são determinados tanto pela lei humana quanto pela lei divina ou lei natural [15].<br /><br />A lei humana é mutável, transitória, pois estamos em evolução, e o que achávamos certo em determinada época é compreendido de forma distinta nos dias atuais. Por isso nossas leis devem sofrem melhorias, refletindo o nosso grau de adiantamento. As Leis Divinas, porém, são imutáveis pois Deus é infinitamente perfeito e sábio. As Leis de Deus estão escritas em nossa consciência. É por isso que, mesmo não havendo uma lei que diga que devemos nos entender com nossos familiares, nossa consciência nos indica claramente que esse tipo de comportamento é o adequado. Observamos, mais uma vez, a necessidade de ouvirmos nosso íntimo, de agirmos com mais cuidado e não apenas reagirmos, para que nossos atos sejam de acordo com o que nossa consciência nos indica como mais correto.<br /><br />Tendo analisado a questão da Justiça, ponderemos brevemente agora sobre o Amor e a Caridade.<br /><br />Kardec indagou aos Espíritos Superiores sobre o verdadeiro sentido da palavra caridade, conforme a entendia Jesus, tendo recebido a orientação de que caridade é:</span><blockquote>
<span style="font-size: small;">“Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas.” [16]</span></blockquote>
<span style="font-size: small;"><br />Kardec, em seu comentário à resposta acima, nos diz que:</span><blockquote>
<span style="font-size: small;">“O amor e a caridade são o complemento da lei de justiça, pois amar o próximo é fazer-lhe todo o bem que nos seja possível e que desejáramos nos fosse feito.” [16]</span></blockquote>
<span style="font-size: small;"><br />Assim, o homem de bem cumpre integralmente a Lei de Justiça, Amor e Caridade, respeitando os demais e fazendo a eles tudo o que gostaria que os outros lhe fizessem.<br /><br />O desenvolvimento do texto do comentário de Kardec à questão 918 de “O Livro dos Espíritos” é a explicação de como o homem de bem dá cumprimento à Lei de Justiça, Amor e Caridade em sua vida. O processo inicia pelo contato consigo mesmo, a autoanálise, interrogando à própria consciência sobre os atos que praticou. É interrogada a consciência, pois ali está escrita a Lei Divina.<br /><br /><br /><i><b>Maturidade e Cuidado</b></i><br /><br />Percebe-se também que o homem de bem é sincero, conhece a si mesmo, não precisa tentar esconder de si mesmo atos que tenha praticado, pois periodicamente ele analisa, interroga, observa a si próprio. Isso demonstra maturidade espiritual em progresso. Quando somos crianças, precisamos de alguém para nos dizer quando nos alimentar, tomar banho etc. Quando atingimos a maturidade, entendemos o porquê dessas atividades e nós mesmos nos suprimos, ou seja, cuidamos bem de nós.<br /><br />O homem de bem cuida da alma e observa seus atos. Ele indaga se não transgrediu a Lei de Justiça, Amor e Caridade; multiplica perguntas para responder a esta primeira. Não fez o mal a ninguém? Neste âmbito, sua análise é aprofundada, porque não se está abordando apenas aquele mal segundo a justiça humana, o que consideramos crimes e/ou o que todos podem ter visto: é o mal em termos de desejar o mal — pode não ser crime para as leis humanas, mas é um mal para as Leis Divinas —; pensar algo negativo; sentir uma alegria mórbida quando sucede algo negativo à pessoa com quem não se simpatiza, ou simplesmente ser indiferente ao sofrimento alheio...<br /><br />Qual o bem que podemos fazer? Há a caridade material, representada por bens materiais, dinheiro, comida etc., e há a caridade moral, que nada custa e todos podem praticar: saber calar; saber ser surdo a uma palavra zombeteira; relevar o desprezo dos outros e mais atitudes listadas em mensagem mediúnica assinada por Irmã Rosália [17]; ter paciência; sorrir; fazer uma prece; desejar o bem. Nas palavras do Codificador,</span><blockquote>
<span style="font-size: small;">“Todo aquele que sinceramente deseja ser útil a seus irmãos, mil ocasiões encontrará de realizar o seu desejo.” [18]</span></blockquote>
<span style="font-size: small;"><br />Kardec indica, na listagem dos caracteres do homem de bem, que este último interroga à consciência “(...) se ninguém tem motivos para dele se queixar” [9]. Importa nos questionarmos se o que pensamos ter feito de melhor, de fato o era. Era o de que nosso próximo realmente necessitava? Será que, em determinado momento, demonstramos impaciência; falamos algo que não devia...?<br /><br />Allan Kardec também cita que o homem de bem se questiona, “enfim, se fez aos outros o que desejara que lhe fizessem.” [9] Aqui, o homem de bem se coloca no lugar do outro, não se limitando a reagir às situações com foco exclusivo em seus valores e situação. São algumas das indagações o homem de bem faz a si mesmo, analisando seu dia.<br /><br />Na sua interação com os outros, o homem de bem,</span><blockquote>
<span style="font-size: small;">“Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem contar com qualquer retribuição, e sacrifica seus interesses à justiça.” [9]</span></blockquote>
<span style="font-size: small;"><br />Fazendo o bem pela alegria de fazer o bem, o homem de bem sabiamente não sofre de ingratidão, porque não espera realmente nada em troca. Se alguém não for grato ao bem que ele lhe fez, será apenas uma questão para a consciência do ingrato. O homem de bem não espera retribuição porque sabe que o que está fazendo é o certo, sendo a paz de consciência a melhor retribuição que ele tem.<br /><br />O homem de bem sacrifica seus interesses pessoais à justiça, não buscando o “jeitinho”, levar vantagem; ele busca apenas o que é justo. Um ser devotado ao bem, nas palavras de Kardec,</span><blockquote class="tr_bq">
<span style="font-size: small;">“É bondoso, humanitário e benevolente para com todos, porque vê irmãos em todos os homens, sem distinção de raças, nem de crenças.” [9]</span></blockquote>
<span style="font-size: small;"><br />O ser no qual desejamos nos tornar, o homem de bem, tanto compreende a Paternidade Divina, que vê, em todos os homens, seus irmãos, sejam eles aqueles que torcem pelo time adversário; aqueles de outro país e, inclusive, aquele vizinho que, por vezes, é um teste à sua paciência...<br /><br /><br /><i><b>Constante Evolução</b></i><br /><br />Vejamos mais algumas características do homem de bem:</span><blockquote class="tr_bq">
<span style="font-size: small;">“Estuda suas próprias imperfeições e trabalha incessantemente em combatê-las. Todos os esforços emprega para dizer, no dia seguinte, que alguma coisa traz em si de melhor do que na véspera.” [13]</span></blockquote>
<span style="font-size: small;"><br />Verifiquemos, pela característica acima, que o homem de bem não é um ser plenamente evoluído. Ainda temos imperfeições, as quais precisamos corrigir através do nosso esforço. Como sua avaliação é contínua, o homem de bem sabe se melhorou alguma coisa em relação ao dia anterior, porque presta atenção às suas ações e se avalia periódica e honestamente.<br /><br />O comprometimento com o progresso do Espírito é atitude muito importante, pois vem contrapor a ideia de que, se a pessoa nasce de um jeito, não é possível melhorá-la. Quem precisa querer modificar-se é a própria pessoa. É possível, sim, mudarmos, evoluirmos. Há pessoas que tinham um mau hábito, como o do fumo; que tomaram a resolução de mudar, e efetivamente largaram esse vício. Algumas vezes, pessoas há que passam por doenças sérias e mudam completamente seu estilo de vida. É possível mudarmos, se assim desejarmos e trabalharmos com determinação em prol dessa mudança.<br /><br />Reforçando a ideia de podermos nos melhorar se desejarmos e agirmos, Allan Kardec questionou aos Espíritos Superiores, e registrou sua pergunta com o número 909, em “O Livro dos Espíritos”, se poderia o homem, com os seus esforços, vencer as suas más inclinações. E os Espíritos Superiores responderam que sim, e, frequentemente, com esforços muito insignificantes. O que lhe falta, dizem eles, é a vontade. [19]<br /><br /><br /><i><b>Transição da Terra e Transição de Sua Humanidade</b></i><br /><br />Estamos em meio a um processo de transição planetária [20]. Nosso planeta, de mundo de provas e expiações, está passando para uma outra categoria, a de mundo de regeneração. Assim, tanto os Espíritos quanto os planetas evoluem. E o que o homem de bem tem a ver com a transição planetária?<br /><br />Lemos, na 5ª obra da Codificação, “A Gênese”, em seu capítulo XVIII (“São chegados os tempos”), item 27 (“A geração nova”), que:</span><blockquote class="tr_bq">
<span style="font-size: small;">“Para que na Terra sejam felizes os homens, preciso é que somente a povoem Espíritos bons, encarnados e desencarnados, que somente ao bem se dediquem.” [21]</span></blockquote>
<span style="font-size: small;"><br />Assim, é razoável pensar que a geração nova, a qual vem habitar a Terra, seja constituída de homens de bem, os quais, como vimos, não são ainda Espíritos perfeitos, pois ainda têm imperfeições a vencer, mas já estão inclinados à prática do bem. Kardec, no mesmo capítulo supracitado de “A Gênese”, fala sobre a geração nova:</span><blockquote class="tr_bq">
<span style="font-size: small;">“Não se comporá exclusivamente de Espíritos eminentemente superiores, mas dos que, já tendo progredido, se acham predispostos a assimilar todas as ideias progressistas e aptos a secundar o movimento de regeneração.” [22]</span></blockquote>
<span style="font-size: small;"><br /><br /><i><b>Conclusão</b></i><br /><br />Fica para nós o convite renovado de Jesus, o Mestre que nos conclama a sermos perfeitos como perfeito é nosso Pai, e nos esforçarmos em nossa melhoria, certos de que, em nos melhorando, estamos contribuindo efetivamente para a chegada desse mundo de paz e amor que tanto desejamos.</span></div>
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<span style="font-size: small;"> </span></div>
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<span style="font-size: small;"> </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Bo<span style="font-size: small;">ns <span style="font-size: small;">estudos!</span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;"><span style="font-size: small;">Carla e Hendrio </span></span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><br /><br />Referências:<br />[1] KARDEC, Allan. “O Livro dos Espíritos”. 66.ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1987. Questão 625.<br />[2] KARDEC, Allan. “A Gênese”. 34.ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1991. Capítulo I (“Caráter da Revelação Espírita”), itens 21 a 25.<br />[3] KARDEC, Allan. “O Livro dos Espíritos”. 66.ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1987. Questão 1.<br />[4] Ibidem. Questão 115.<br />[5] Ibidem. Questão 114.<br />[6] Ibidem. Questões 100 a 113.<br />[7] Ibidem. Questão 224.<br />[8] Ibidem. Questão 895.<br />[9] Ibidem. Questão 918.<br />[10] Ibidem. Questão 621.<br />[11] Ibidem. Questão 919-a.<br />[12] KARDEC, Allan. “O Evangelho Segundo o Espiritismo”. 97.ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1987. Capítulo XV.<br />[13] Ibidem. Capítulo XVII, item 3.<br />[14] KARDEC, Allan. “O Livro dos Espíritos”. 66.ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1987. Terceira parte, Capítulo XI.<br />[15] Ibidem. Questão 875-a.<br />[16] Ibidem. Questão 886.<br />[17] KARDEC, Allan. “O Evangelho Segundo o Espiritismo”. 97.ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1987. Capítulo XIII, item 9.<br />[18] Ibidem. Capítulo XIII, item 6.<br />[19] KARDEC, Allan. “O Livro dos Espíritos”. 66.ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1987. Questão 909.<br />[20] KARDEC, Allan. “O Evangelho Segundo o Espiritismo”. 97.ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1987. Capítulo III, item 19.<br />[21] KARDEC, Allan. “A Gênese”. 34.ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1991. Capítulo XVIII, item 27.<br />[22] Ibidem. Item 28.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"> </span></div>
Lições dos Espíritoshttp://www.blogger.com/profile/11097488664965998098noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5002374455651602774.post-2404728979445394192012-06-20T14:54:00.000-03:002012-06-20T14:56:20.393-03:005ª Marcha Nacional da Cidadania pela Vida<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">O <a href="http://www.brasilsemaborto.com.br/index.php?action=noticia&idn_noticia=202&cache=0.14904262530707102" target="_blank">Movimento Nacional da Cidadania pela Vida — Brasil Sem Aborto</a> está organizando a 5ª Marcha Nacional da Cidadania pela Vida, a qual ocorrerá em 26 de junho de 2012 na Esplanada dos Ministérios. Assista, abaixo, a um vídeo sobre o evento.</span></div>
<br />
<center><object height="272" width="480"><param name="movie" value="https://video.google.com/get_player?docid=0BwaL1YvcnhCfdTB0NjVvU1dxOGM&ps=docs&partnerid=30&cc_load_policy=1">
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<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<i><span style="font-size: x-small;">Fonte: <a href="http://www.febnet.org.br/site/noticias.php?CodNoticia=1742" target="_blank">http://www.febnet.org.br/site/noticias.php?CodNoticia=1742</a></span></i></div>
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span id="goog_1317827714"></span><span id="goog_1317827715"></span>Este Movimento apoia a aprovação do Estatuto do Nascituro (<a href="http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=443584&filename=PL+478/2007" target="_blank">Projeto de Lei 478/2007</a>), atualmente em tramitação na <a href="http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=345103" target="_blank">Câmara dos Deputados</a>.<br /><br />Em seu Artigo 3º, o Estatuto do Nascituro diz que “O nascituro adquire personalidade jurídica ao nascer com vida, mas sua natureza humana é reconhecida desde a concepção, conferindo-lhe proteção jurídica através deste estatuto e da lei civil e penal.” O texto é coerente com as orientações constantes da questão 344 de “<a href="http://www.febnet.org.br/ba/file/Obras%20B%C3%A1sicas/le.pdf" target="_blank">O Livro dos Espíritos</a>”: “Desde o instante da concepção, o Espírito designado para habitar certo corpo a este se liga por um laço fluídico, que cada vez mais se vai apertando até ao instante em que a criança vê a luz.”<br />
</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<span style="font-size: small;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-4AroxWaGDYk/T-B3PrUjpqI/AAAAAAAAAds/h0crTBlewLY/s1600/5%25C2%25AA+Marcha+Nacional+da+Cidadania+pela+Vida_Folder.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://1.bp.blogspot.com/-4AroxWaGDYk/T-B3PrUjpqI/AAAAAAAAAds/h0crTBlewLY/s400/5%25C2%25AA+Marcha+Nacional+da+Cidadania+pela+Vida_Folder.jpg" width="283" /></a></span></div>
<span style="font-size: small;">
<br />É, também, alertado que uma comissão de juristas, escolhida pelo Senado para elaborar o anteprojeto do novo Código Penal, aprovou, em março de 2012, propostas de mudanças no artigo que trata do aborto.<br /><br />O artigo 128 do <a href="http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm" target="_blank">Código Penal</a>, atualmente, não pune o aborto apenas em dois casos:</span></div>
<ul style="text-align: justify;">
<li><span style="font-size: small;">Se não há outro meio de salvar a vida da gestante;</span></li>
<li><span style="font-size: small;">Se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal.</span></li>
</ul>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">O anteprojeto do artigo 128 passa a excluir a punição ao crime de aborto em cinco casos:</span></div>
<ul style="text-align: justify;">
<li><span style="font-size: small;">Se houver risco à vida ou à saúde da gestante;</span></li>
<li><span style="font-size: small;">Quando a gravidez resulta de violação da dignidade sexual;</span></li>
<li><span style="font-size: small;">Quando a gravidez resulta do emprego não consentido de técnica de reprodução assistida;</span></li>
<li><span style="font-size: small;">Comprovada a anencefalia ou quando o feto padecer de graves e incuráveis anomalias que inviabilizem a vida independente, em ambos os casos atestado por dois médicos;</span></li>
<li><span style="font-size: small;">Por vontade da gestante até a 12ª semana da gestação, quando o médico constatar que a mulher não apresenta condições psicológicas de arcar com a maternidade.</span></li>
</ul>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><br />O texto desse anteprojeto pode ser lido no <a href="http://www.prr3.mpf.gov.br/component/option,com_remository/Itemid,68/func,fileinfo/id,3356/" target="_blank">site do Ministério Público Federal</a>.<br /><br />Informe-se através das fontes oficiais; divulgue a informação precisa, e colabore com as iniciativas em favor da Vida.</span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-AqjarMVq4g8/T-B3aD9IiVI/AAAAAAAAAd0/KsALnN9qSgM/s1600/5%C2%AA+Marcha+Nacional+da+Cidadania+pela+Vida_Folder_Verso.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://4.bp.blogspot.com/-AqjarMVq4g8/T-B3aD9IiVI/AAAAAAAAAd0/KsALnN9qSgM/s400/5%C2%AA+Marcha+Nacional+da+Cidadania+pela+Vida_Folder_Verso.jpg" width="283" /></a></div>
<br />
<span style="font-size: small;">Leia também, neste blog, as postagens “<a href="http://licoesdosespiritos.blogspot.com/2009/08/consideracoes-sobre-o-aborto-induzido.html" target="_blank">Considerações sobre o aborto induzido</a>”, “<a href="http://licoesdosespiritos.blogspot.com/2010/02/consideracoes-sobre-o-aborto-induzido-2.html" target="_blank">Considerações sobre o aborto induzido (2)</a>”, “<a href="http://licoesdosespiritos.blogspot.com/2011/09/consideracoes-sobre-o-aborto-induzido-3.html" target="_blank">Considerações sobre o aborto induzido (3)</a>” e “<a href="http://licoesdosespiritos.blogspot.com/2010/06/consideracoes-sobre-o-aborto-espontaneo.html" target="_blank">Considerações sobre o Aborto Espontâneo</a>”.
</span></div>Lições dos Espíritoshttp://www.blogger.com/profile/11097488664965998098noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5002374455651602774.post-78421239681011972982012-06-06T21:08:00.000-03:002012-06-06T21:08:16.260-03:00Na véspera da necessidade<div style="text-align: right;">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Meditemos a respeito da mensagem da Espiritualidade para todos nós...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: small;">~*~*~*~</span></div>
<span style="font-size: small;"><br />Diante de algo bom a realizar, não hesites. Faze-o logo.<br /><br />Não cultives indecisão, em se tratando de concretizar o melhor. Se o homem titubeia, receando edificar o bem que a vida lhe pede, a morte não vacila no horário a que deve atender.<br /><br />Chegou o momento da visita a alguém que sofre? Vai. Não argumentes contigo contra a resolução.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><br />Sentes-te decidido a doar determinado recurso, em favor dos outros? Dá imediatamente. Segue a boa intenção.<br /><br />Sê confiante. Ousa construir a fraternidade. Não albergues a irresolução em problemas que se refiram a servir.<br /><br />No que tange a obrigações nobilitantes, o maior prejuízo da dúvida é a perda de tempo, de vez que as leis do destino não nos desculpam a falta, na execução dos deveres que não admitem demora. Pagaremos pela omissão.<br /><br />Decide-te, conjugando pensamento e forma, projeto e construção, para que o sonho se faça realidade. Amanhã, os horizontes são outros, os caminhos talvez mais ásperos, as companhias imprevisíveis.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"> </span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-45VNz3ngEVs/T8_wY_k0TeI/AAAAAAAAATY/RxYXZniobZs/s1600/S%C3%A3o+Paulo_31-jan-2009.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="http://4.bp.blogspot.com/-45VNz3ngEVs/T8_wY_k0TeI/AAAAAAAAATY/RxYXZniobZs/s400/S%C3%A3o+Paulo_31-jan-2009.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;"><i>Foto: Hendrio Belfort</i></span></div>
<span style="font-size: small;"><br />Não te justifiques, fantasiando a tibieza de precaução. Em todas as épocas da Humanidade, a preguiça e a astúcia têm vestido a túnica da prudência para largar os infelizes. Acolhe o dever de ânimo forte. Lança o primeiro passo no serviço, e depois, se perseveras, o próprio serviço incumbir-se-á de traçar-te orientação na continuidade da obra que te abrilhantará a estrada.<br /><br />O desânimo geralmente nasce na alma; talvez num caso entre mil, será justo responsabilizar o corpo enfermo pela eclosão desse corrosivo mental. Não aguardes no sofá ou no leito a solução que nunca vem por não te dispores à alegria de auxiliar; resolve agora, ajuda na véspera da necessidade. Quando a ideia edificante brota no cérebro é que a inspiração da Espiritualidade Superior te visita.<br /><br />Perante o Evangelho, não há situações dilemáticas. “Quem não é por mim, é contra mim”; “seja o teu falar sim, sim, não, não” — ensinou-nos o Cristo de Deus. Hesitar em questões de fraternidade é estagnar-se, paralisando as mais elevadas funções da vida; por isso, frente à caridade, todo impasse é atraso na evolução.<br /><br />Muita gente afirma temer compromisso na concretização da felicidade do próximo, no entanto pensará de outro modo se observar que a Divina Sabedoria não pede ao capim que produza laranjas, nem acalenta rosas em tratos de areia.<br /><br />Sigamos pela trilha da decisão. Ninguém é chamado ao serviço que não possa fazer.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><br /><br /></span></div>
<span style="font-size: small;"><i>Luiz Mariano de Barros Fournier</i></span><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">VIEIRA, Waldo. “Seareiros de Volta”. Por Diversos Espíritos. 4.ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB. 1987. p. 56-57.</span></div>
</div>Lições dos Espíritoshttp://www.blogger.com/profile/11097488664965998098noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5002374455651602774.post-20824060682223856172012-04-26T21:26:00.000-03:002012-05-21T22:19:31.506-03:00A Prova da Escolha das Provas<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Se, por um lado, há Espíritos que escolhem como prova estar em contato com seus maus hábitos para superá-los, não há outros que desejam estar em contato com eles para continuar a fruí-los? Eis o que Allan Kardec pergunta à Espiritualidade Superior à questão 265 de “O Livro dos Espíritos”[1]:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-size: small;">”<i>Havendo Espíritos que, por provação, escolhem o contato do vício, outros não haverá que o busquem por simpatia e pelo desejo de viverem num meio conforme aos seus gostos, ou para poderem entregar-se materialmente a seus pendores materiais?</i>”</span></blockquote>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><br />Necessitamos analisar não apenas as respostas às questões propostas por Kardec, mas também estudar em profundidade as perguntas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><br />Allan Kardec propõe mais uma questão interessante aos Espíritos Superiores, no capítulo da escolha das provas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><br />O Codificador considera inicialmente que há Espíritos que escolhem o contato do vício como sendo uma provação, para que esses Espíritos, defrontando seus maus hábitos, demonstrem que podem superá-los, transformando-se em Espíritos melhores. Lemos, às questões 644 e 645 de “O Livro dos Espíritos” [2], que muitos Espíritos escolhem reencarnar expostos às suas más tendências e, amparados pelo Alto — como sempre todos somos amparados — e sintonizando com esse amparo, demonstram, por essa prova, terem superado sua má tendência, seu vício, seu hábito mundano. Isso é vencer o mundo, como Jesus nos recomendou:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-size: small;"><i>“Eu lhes disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo.”</i> (<a href="http://www.bibliaonline.com.br/tb+nvi/jo/16" target="_blank">João 16:33</a>)</span></blockquote>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><br />Por outro lado, Kardec indaga se não há outros Espíritos que buscam este tipo de provação imbuídos de outra intenção que não a de superação, mas sim a de viverem em um meio que seja conforme seus gostos, para se entregarem aos seus pendores, às suas tendências ainda ligadas ao plano material.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><br />Analisemos, ainda, a que Kardec se refere quando aborda o “contato com o vício”. Em francês, o termo “vício” não é utilizado principalmente para referir dependência de drogas. No idioma original das Obras Básicas, vício designa principalmente a “disposição a fazer o mal” [3]. Mesmo no idioma português, é importante considerar que o termo vício é amplo e não apenas restrito aos vícios comumente conhecidos, como vício em álcool ou outras drogas lícitas ou ilícitas. Vício, na definição léxica, consiste em defeito ou imperfeição, hábito inveterado.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><br />Há também referência, na Codificação, a vícios, segundo a acepção de hábitos que destroem o corpo físico. Lemos, à questão 952 de “O Livro dos Espíritos” [4], que isso é considerado, pela Espiritualidade, como um “suicídio moral”, decorrente da falta de coragem e do esquecimento de Deus.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><br />Assim, são exemplos de vícios: o egoísmo, o orgulho, a maledicência, a rebeldia, a queixa, tudo enfim que não constitui os caracteres do homem de bem. Ilustra-se claramente o uso dessa acepção da palavra vício à questão 913 de “O Livro dos Espíritos”:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-size: small;">“<i>Dentre os vícios, qual o que se pode considerar radical?</i></span><br />
<span style="font-size: small;">‘Temo-lo dito muitas vezes: o egoísmo. Daí deriva todo mal. (...)’” [5]</span></blockquote>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><br />Dispondo desse entendimento sobre a questão do contato com os vícios, analisemos a resposta à questão 265:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-size: small;">“Há, sem dúvida, mas tão-somente entre aqueles cujo senso moral ainda está pouco desenvolvido. A prova vem por si mesma e eles a sofrem mais demoradamente. Cedo ou tarde, compreendem que a satisfação de suas paixões brutais lhes acarretou deploráveis consequências, que eles sofrerão durante um tempo que lhes parecerá eterno. E Deus os deixará nessa persuasão, até que se tornem conscientes da falta em que incorreram e peçam, por impulso próprio, lhes seja concedido resgatá-la, mediante úteis provações.” [1]</span></blockquote>
</div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-dnJmARHmjIo/T5nnCEFXZ5I/AAAAAAAAATM/3wjMlvyLXHM/s1600/Serra+Dona+Francisca%252C+Campo+Alegre%252C+SC+06-abr-2012.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="http://1.bp.blogspot.com/-dnJmARHmjIo/T5nnCEFXZ5I/AAAAAAAAATM/3wjMlvyLXHM/s320/Serra+Dona+Francisca%252C+Campo+Alegre%252C+SC+06-abr-2012.jpg" width="227" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;"><i>Foto: Hendrio Belfort </i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Percebemos que a própria escolha das provas pelas quais o Espírito passará em sua futura encarnação já constitui uma prova em si: pelas suas escolhas o Espírito demonstra a sua maturidade, o seu grau de progresso, a sua compreensão da vida, bem como o conhecimento que já adquiriu de si mesmo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><br />Aqueles que, como no segundo caso considerado pelo Codificador, desejam estar em contato com o vício para perpetuá-lo, demonstram que são imaturos espiritualmente. São como crianças que não sabem escolher o que seja melhor para si, simplesmente escolhem aquilo que lhes satisfaz momentaneamente, mas que pode trazer prejuízo a longo ou mesmo médio prazo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><br />Os Espíritos respondem que realmente há aqueles que assim procedem. E esclarecem que "a prova vem por si mesma e eles a sofrem mais demoradamente". Como um mau hábito gera consequências negativas, esses Espíritos terão de suportá-las. E até quando isso ocorrerá? Até que esses Espíritos despertem, percebam que essa escolha não é a melhor para eles e desejem mudar. Deus permite que isso ocorra porque Ele não viola o nosso livre-arbítrio, permitindo que tenhamos a liberdade de escolher nossos caminhos e façamos escolhas conscientes.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><br />Às questões 264 e 265 de “O Livro dos Espíritos” [6], lemos que a natureza de nossos pontos fracos determina as provas que escolheremos. Porém, sabemos, pela orientação constante da questão 393, que Espíritos mais desenvolvidos atuam em nossa programação [7]. Nada do que pensamos fica oculto a Espíritos mais evoluídos. É possível que o reencarnante almeje contato com suas más tendências com a finalidade de fruí-las, e enfrentará as más consequências disso até cansar-se de sofrer. Kardec nos orienta em “A Gênese”, capítulo III, item 7:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-size: small;">“(...) Deus, todo bondade, pôs o remédio ao lado do mal, isto é, faz que do próprio mal saia o remédio. Um momento chega em que o excesso do mal moral se torna intolerável e impõe ao homem a necessidade de mudar de vida.</span><br />
<span style="font-size: small;">Instruído pela experiência, ele se sente compelido a procurar no bem o remédio, sempre por efeito do seu livre-arbítrio. (...)” [8]</span></blockquote>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><br />Nem que seja para “cansarmos do erro”, ou seja, nos tornarmos conscientes de ser esse um caminho inadequado, essa temporária insistência em uma má conduta servirá — e a Espiritualidade Superior sabe disso.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><br />Importante destacarmos que nosso livre-arbítrio está em desenvolvimento; não é ainda pleno [9]. Por isso, nem nossa escolha no mal é feita sem que Deus imponha limites razoáveis. Além disso, não precisamos cometer todos os erros para só então fugirmos deles; lembremos a questão 120 de “O Livro dos Espíritos”:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-size: small;">“<i>Todos os Espíritos passam pela fieira do mal para chegar ao bem?</i></span><br />
<span style="font-size: small;">‘Pela fieira do mal, não; pela fieira da ignorância.’” [10]</span></blockquote>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><br />À questão 470 de “O Livro dos Espíritos”, concluímos que ninguém reencarna com a programação de fazer o mal [11]. Isso seria incoerente com a bondade e justiça de Deus; Ele sempre nos oferece oportunidades de fazer o bem. Kardec nos orienta, no item 872 (“Resumo teórico do móvel das ações humanas”) de “O Livro dos Espíritos”:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-size: small;">“(...) O homem não é fatalmente levado ao mal; os atos que pratica não foram previamente determinados; os crimes que comete não resultam de uma sentença do destino. Ele pode, por prova e por expiação, escolher uma existência em que seja arrastado ao crime, quer pelo meio onde se ache colocado, quer pelas circunstâncias que sobrevenham, mas será sempre livre de agir ou não agir. (...)” [12]</span></blockquote>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><br /><br />Leia, também, neste Blog, as postagens “<a href="http://licoesdosespiritos.blogspot.com.br/2009/07/expiacao-prova-e-missao.html" target="_blank">Expiação, Prova e Missão</a>”, “<a href="http://licoesdosespiritos.blogspot.com.br/2010/11/familia-espiritual.html" target="_blank">Família Espiritual</a>” e “<a href="http://licoesdosespiritos.blogspot.com.br/2010/03/o-bem-e-o-mal.html" target="_blank">O Bem e o Mal</a>”.<br /><br /><br />Bons estudos!<br />Carla e Hendrio<br /><br /><br />Referências:<br />[1] KARDEC, Allan. “O Livro dos Espíritos”. 66ª ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1987. Questão 265.<br />[2] Ibidem. Questões 644 e 645.<br />[3] Le Dictionnaire. Palavra <i>vice</i>. Disponível em <a href="http://www.le-dictionnaire.com/definition.php?mot=vice" target="_blank">http://www.le-dictionnaire.com/definition.php?mot=vice</a>. Acesso em 09 de março de 2012.<br />[4] KARDEC, Allan. “O Livro dos Espíritos”. 66ª ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1987. Questão 952.<br />[5] Ibidem. Questão 913.<br />[6] Ibidem. Questão 264.<br />[7] Ibidem. Questão 393.<br />[8] KARDEC, Allan. “A Gênese”. 34ª ed. Rio de Janeiro, RJ, FEB. 1991. Capítulo III, item 7.<br />[9] KARDEC, Allan. “O Livro dos Espíritos”. 66ª ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1987. Questão 262.<br />[10] Ibidem. Questão 120.<br />[11] Ibidem. Questão 470.<br />[12] Ibidem. Item 872.</span></div>Lições dos Espíritoshttp://www.blogger.com/profile/11097488664965998098noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5002374455651602774.post-41032118056888277542012-01-31T23:21:00.002-02:002012-07-18T17:47:11.804-03:00Fiel no pouco<div style="text-align: justify;">
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-size: small;"><i>“O senhor respondeu: ‘Muito bem, servo bom e fiel! Você foi fiel no pouco; eu o porei sobre o muito. Venha e participe da alegria do seu senhor!’”</i> (<a href="http://www.bibliaonline.com.br/tb+nvi/mt/25">Mateus 25:21</a>)</span></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-size: small;"><i>“Quem é fiel no pouco, também é fiel no muito, e quem é desonesto no pouco, também é desonesto no muito.”</i> (<a href="http://www.bibliaonline.com.br/tb+nvi/lc/16">Lucas 16:10</a>)</span></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-size: small;"><i>“Se, pois, não podeis fazer nem as coisas mínimas, por que estais ansiosos pelas outras?”</i> (<a href="http://www.bibliaonline.com.br/tb+nvi/lc/12" target="_blank">Lucas 12:26</a>) </span></blockquote>
<span style="font-size: small;"><br />Quando estamos em meio a quem busque estudar, praticar e divulgar valores cristãos, é mais fácil escolhermos o caminho do Bem. Ao enfrentarmos grandes desafios e dificuldades, é mais comum lembrarmos de pedir auxílio a Deus e a Jesus, melhorando, assim, nossa sintonia com a Espiritualidade Superior e tendo apoio espiritual para darmos nossos testemunhos de fé.</span><br />
<span style="font-size: small;"><br />Há, porém, situações intermediárias, nas quais, se não nos mantivermos vigilantes, perdemos preciosas oportunidades de desenvolvimento de nossa fé na prática, no exercício da caridade. Frequentemente, podemos constatar que um colega ou vizinho necessita de uma palavra amiga. Quase todos os dias, pode haver um pequeno desentendimento, o qual pode ser resolvido com um diálogo assertivo e cordial. Amiúde, uma palavra grosseira a nós dirigida na via pública, por alguém em dor espiritual, pode ser perdoada sem mágoa ou vontade de revidar.</span><br />
<span style="font-size: small;"><br />Essas pequenas oportunidades diárias de aplicarmos os valores do Cristo são nossos momentos de fidelidade no pouco, os quais nos preparam para missões mais complexas, conforme Jesus nos orienta em várias passagens, como a parábola dos talentos (<a href="http://www.bibliaonline.com.br/tb+nvi/mt/25">Mateus 25:14-30</a>) e a parábola das dez minas (<a href="http://www.bibliaonline.com.br/tb+nvi/lc/19">Lucas 19:10-26</a>).</span><br />
<span style="font-size: small;"><br />Há pessoas que se afirmam perdidas, por não saberem qual é a sua missão na Terra. Nas parábolas acima, Jesus descreve a missão de todos nós: fazer o Bem, sempre. O Espiritismo, buscando os valores cristãos em sua essência, afirma o mesmo:</span><br />
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-size: small;">“As missões dos Espíritos têm sempre por objeto o bem. (...) Alguns desempenham missões mais restritas e, de certo modo, pessoais ou inteiramente locais (...). O Espírito se adianta conforme à maneira por que desempenha a sua tarefa.” [1]</span></blockquote>
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-size: small;">“<i>Em que consiste a missão dos Espíritos encarnados?</i></span><br />
<span style="font-size: small;">Em instruir os homens, em lhes auxiliar o progresso; em lhes melhorar as instituições, por meios diretos e materiais. (...) Cada um tem neste mundo a sua missão, porque todos podem ter alguma utilidade.” [2]</span></blockquote>
<span style="font-size: small;"><br />Criando o hábito de fazer de cada dia um conjunto de pequenas missões de auxílio a quem cruzar nosso caminho, nossa fidelidade no pouco nos permite perceber o imenso valor de cada dia de nossa encarnação e o quanto temos de oportunidades de evoluir pela prática de todas as formas de caridade, da ajuda material ao perdão, da paciência à disposição em recomeçar.</span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-LxNsMwKLuoU/TyiQv1rl7wI/AAAAAAAAAS8/gQeRq2BaQpI/s1600/Itatiaia+%28RJ%29+27-dez-2011.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="266" src="http://3.bp.blogspot.com/-LxNsMwKLuoU/TyiQv1rl7wI/AAAAAAAAAS8/gQeRq2BaQpI/s400/Itatiaia+%28RJ%29+27-dez-2011.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;"><i>Foto: Hendrio Belfort</i></span> </div>
<span style="font-size: small;"><br />Deus nos porá nas mãos grandes missões após sabermos nos desincumbir bem de pequenas e por vezes imperceptíveis missões, capazes, no entanto, de fazer valer nosso dia.<br /><br />Meditemos nas palavras a seguir, de autoria de Emmanuel... [3]</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"></span><br />
<hr />
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><b><br />Nos Caminhos da Fé</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><br /></span>
<br />
<div style="text-align: right;">
<blockquote class="tr_bq">
<i><span style="font-size: small;">“Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai que está nos céus. – Jesus (Mateus, 10:32)</span></i></blockquote>
</div>
<span style="font-size: small;">No mundo, de modo geral, habituamo-nos a julgar que os testemunhos de fé prevalecem tão-só nos momentos de angústia superlativa, quando o sofrimento nos transforma em alvo de atenções públicas.</span><br />
<span style="font-size: small;"><br />Evidentemente, na Terra, as crises de aflição alcançam a todos, cada qual no tempo devido, segundo as lutas regeneradoras que se nos façam necessárias, no curso das quais estamos impelidos a entregar todas as energias de nosso espírito nos atos de fé. Entretanto, é preciso ponderar que somos incessantemente chamados a prestar o depoimento de confiança em Jesus, através de reduzidas parcelas de bondade e tolerância, compreensão e paciência diante das ocorrências desagradáveis do cotidiano, tais quais sejam:</span><br />
<span style="font-size: small;"><br />a referência desprimorosa;<br />o olhar de suspeição;<br />o pedido justo recusado;<br />o beliscão da crítica;<br />a desatenção e o desrespeito;<br />o desajuste orgânico;<br />o prejuízo inesperado;<br />a transação infeliz;<br />o desafio da discórdia.</span><br />
<span style="font-size: small;"><br />Impõe-se-nos a obrigação de confessar-nos seguidores do Cristo, por intermédio de definições verbais claras e sinceras, mas somos igualmente convidados a fazê-lo, na superação dos aborrecimentos comuns, porquanto só atravessando as diminutas contrariedades do dia-a-dia, como grandes ocasiões de revelar confiança em Jesus, é que aprenderemos a suportar as grandes provações como se fossem pequenas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><br /></span>
<br />
<hr />
<span style="font-size: small;"><br />Leia também, neste blog, as postagens “<a href="http://licoesdosespiritos.blogspot.com/2010/10/vigiai-e-orai.html">Vigiai e Orai</a>”, “<a href="http://licoesdosespiritos.blogspot.com/2009/07/o-amor-cobre-uma-multidao-de-pecados.html">O amor cobre uma multidão de pecados.</a>”, “<a href="http://licoesdosespiritos.blogspot.com/2009/11/espiritos-missionarios.html">Espíritos missionários</a>” e “<a href="http://licoesdosespiritos.blogspot.com/2010/08/amar-o-proximo.html">Amar o Próximo</a>”.</span><br />
<span style="font-size: small;"><br /><br />Bons estudos!<br />Carla e Hendrio<br /><br /><br />Referências:<br />[1] KARDEC, Allan. “O Livro dos Espíritos”. 66ª ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1987. C</span><span style="font-size: small;">omentários de Allan Kardec à questão 569</span><span style="font-size: small;">.<br />[2] Ibidem. Questão 573.<br />[3] XAVIER, Francisco Cândido. “Segue-Me!...”. Pelo Espírito Emmanuel. 7.ed. Matão, SP: Casa Editora o Clarim, 1994. Capítulo “Nos Caminhos da Fé”.</span><br />
<br /></div>Lições dos Espíritoshttp://www.blogger.com/profile/11097488664965998098noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5002374455651602774.post-15616005995147843722011-12-30T20:01:00.000-02:002011-12-30T20:01:55.666-02:00Feliz 2012!<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"></span>Prezadas e prezados amigos,</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Estudemos com atenção o texto de André Luiz, contendo preciosas recomendações para o novo ano que está chegando.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Bons estudos!</div>
<div style="text-align: justify;">
Feliz 2012!</div>
<div style="text-align: justify;">
Carla e Hendrio</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<hr />
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><i><b>Ingredientes do êxito</b></i></span><br />
<br />
O êxito espera por você, tanto quanto, vem exaltando quantos lhe alcançaram as diretrizes.<br />
Largue qualquer sombra do passado ao chão do tempo, qual a árvore que lança de si as folhas mortas.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-w7VgulUQwUY/Tv40ePEddpI/AAAAAAAAAS0/mm3NxvPtqLc/s1600/Itatiaia_27-dez-2011.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="267" src="http://4.bp.blogspot.com/-w7VgulUQwUY/Tv40ePEddpI/AAAAAAAAAS0/mm3NxvPtqLc/s400/Itatiaia_27-dez-2011.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;"><i>Foto: Hendrio Belfort</i></span> </div>
<br />
Não se detenha, diante da oportunidade de servir.<br />
Mobilize o pensamento para criar vida nova.<br />
Melhore os próprios conhecimentos, estudando sempre.<br />
<div style="text-align: center;">
*</div>
Saliente qualidades e esqueça defeitos.<br />
Desenvolva os seus recursos de simpatia e evite qualquer impulso de agressão.<br />
Se você pode ajudar, em auxílio de alguém, faça isso agora.<br />
Enriqueça o seu vocabulário com boas palavras.<br />
Aprendendo a escutar, você saberá compreender.<br />
<div style="text-align: center;">
*</div>
A melhor maneira de extinguir o mal será substituí-lo com o bem.<br />
Destaque os outros e os outros destacarão você.<br />
Viva o presente, agindo e servindo com fé e alegria, sem afligir-se pelo futuro, porque, para viver amanhã, você precisará viver hoje.<br />
Habitue-se a sorrir.<br />
Recorde que desalento nunca auxiliou a ninguém.<br />
Não permita que a dificuldade lhe abra porta ao desânimo porque a dificuldade é o meio de que a vida se vale para melhorar-nos em habilitação e resistência.<br />
Ampare-se amparando os outros.<br />
Censura é uma fórmula das mais eficientes para complicar-se.<br />
Abençoe a vida e todos os recursos da vida onde você estiver.<br />
Nunca desconsidere o valor da sua dose de solidão, a fim de aproveitá-la em meditação e reajuste das próprias forças.<br />
Observe: todo o tempo é tempo de Deus para restaurar e corrigir, começar e recomeçar.<br />
<br />
<br />
<div style="text-align: right;">
<i>André Luiz</i></div>
<br />
XAVIER, Francisco Cândido. “Respostas da vida”. Pelo Espírito André Luiz. 9. ed. São Paulo, SP: IDEAL. 1980. Capítulo 3.</div>Lições dos Espíritoshttp://www.blogger.com/profile/11097488664965998098noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5002374455651602774.post-16869753179869119672011-12-16T20:12:00.000-02:002011-12-16T21:26:29.692-02:00Ante o Natal<div style="text-align: justify;">
<blockquote class="tr_bq">
<span style="font-family: inherit; font-size: small;">“<i>625. Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo?</i>”</span><br />
<span style="font-family: inherit; font-size: small;">“Jesus” (O Livro dos Espíritos)</span></blockquote>
<span style="font-family: inherit; font-size: small;">Considerando a alta significação do Natal em tua vida, podes ouvir e atender os apelos dos pequeninos esquecidos no grabato da orfandade ou relegados às palhas da miséria, em memória de Jesus quando menino; consegues compreender as dificuldades dos que caminham pela via da amargura, experimentando opróbrio e humilhação e dás-lhes a mão em gesto de solidariedade humana, recordando Jesus nos constantes testemunhos; abres os braços em socorro aos enfermos, estendendo-lhes o medicamento salutar ou o penso balsamizante, desejando diminuir a intensidade da dor, evocando Jesus entre os doentes que O buscavam, infelizes; ofereces entendimento aos que malograram moralmente e se escondem nos recantos do desprezo social, procurando-os para os levantar, reverenciando Jesus que jamais se furtou à misericórdia para os que os foram colhidos nas malhas da criminalidade, muitas vezes sob o jugo de obsessões cruéis; preparas a mesa, decoras o lar, inundas a família de alegrias e cercas os amigos de mimos e carinho pensando em Jesus, o Excelente Amigo de todos...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<span style="font-family: inherit; font-size: small;">Tudo isto é Natal sem dúvida, como mensagem festiva que derrama bênçãos de consolo e amparo, espalhando na Terra as promessas de um Mundo Melhor, nos padrões estabelecidos por Jesus através das linhas mestras do amor.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<span style="font-family: inherit; font-size: small;">Há, todavia, muitos outros corações junto aos quais deverias celebrar o Natal, firmando novos propósitos em homenagem a Jesus.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<span style="font-family: inherit; font-size: small;">Companheiros que te dilaceraram a honra e se afastaram; amigos que se voltaram contra a tua afeição e se fizeram adversários; conhecidos caprichosos que exigiram alto tributo de amizade e avinagraram tuas alegrias; irmãos na fé que mudaram o conceito a teu respeito e atiraram espinhos por onde segues; colaboradores do teu ideal, que sem motivo se levantaram contra teu devotamento, criando dissensão e rebeldia ao teu lado; inimigos de ontem que se demoram inimigos hoje; difamadores que sempre constituíram dura provação. Todos eles são oportunidade para a celebração do Natal pelo teu sentimento cristão e espírita.</span><br />
</div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-OxonK3mu8O8/TuvBvdiel8I/AAAAAAAAASo/6p3Ia-PCPfA/s1600/Parque+Estadual+de+Vila+Velha+-+Ponta+Grossa+-+PR+-+09-nov-2011.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="400" src="http://4.bp.blogspot.com/-OxonK3mu8O8/TuvBvdiel8I/AAAAAAAAASo/6p3Ia-PCPfA/s400/Parque+Estadual+de+Vila+Velha+-+Ponta+Grossa+-+PR+-+09-nov-2011.jpg" width="336" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<i><span style="font-size: x-small;">Foto: Hendrio Belfort</span></i></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<span style="font-family: inherit; font-size: small;">Esquece os males que te fizeram e pede-lhes te perdoem as dificuldades que certamente também lhes impuseste.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<span style="font-family: inherit; font-size: small;">Dirige-lhes um cartão colorido para esmaecer o negrume da aversão que os manteve em silêncio e à distância nos quais, talvez, inconscientemente te comprazes.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<span style="font-family: inherit; font-size: small;">Provavelmente alguns até gostariam de reatar liames... Dá-lhes esta oportunidade por amor a Jesus, que a todo instante, embora conhecendo os inimigos os amou sem cansaço, oferecendo-lhes ensejos de recuperação.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<span style="font-family: inherit; font-size: small;">O Natal é dádiva do Céu à Terra como ocasião de refazer e recomeçar.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<span style="font-family: inherit; font-size: small;">Detém-te a contemplar as criaturas que passam apressadas. Se tiveres olhos de ver percebê-las-ás tristes, sucumbidas, como se carregassem pesados fardos, apesar de exibirem tecidos custosos e aparência cuidada. Explodem facilmente, transfigurando a face e deixando-se consumir pela cólera que as vence implacavelmente.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<span style="font-family: inherit; font-size: small;">Todas desejam compreensão e amor, entendimento e perdão, sem coragem de ser quem compreenda ou ame, entenda ou perdoe.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<span style="font-family: inherit; font-size: small;">Espalha uma nova claridade neste Natal, na senda por onde avanças na busca da Vida.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<span style="font-family: inherit; font-size: small;">Engrandece-te nas pequenas doações, crescendo nos deveres que poucos se propõem executar.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<span style="font-family: inherit; font-size: small;">Desde que já podes dar os valores amoedados e as contribuições do entendimento moral, distribui, também, as joias sublimes do perdão aos que te fizeram ou fazem sofrer.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<span style="font-family: inherit; font-size: small;">Sentirás que Jesus, escolhendo um humílimo refúgio para viver entre os homens semeando alegrias incomparáveis, nasce, agora, no teu coração como a informar-te que todo dia é natal para quem o ama e deseja transformar-se em carta-viva para anunciá-lo às criaturas desatentas e sofredoras do mundo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<span style="font-family: inherit; font-size: small;">Somente assim ouvirás no imo d’alma e entenderás a saudação inesquecível dos anjos, na noite excelsa:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<span style="font-family: inherit; font-size: small;">“Glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade, para com os homens” — vivendo um perene natal de bênçãos por amor a Jesus.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<div style="text-align: right;">
<i><span style="font-family: inherit; font-size: small;">Joanna de Ângelis</span></i></div>
<div style="text-align: right;">
</div>
<br />
<span style="font-family: inherit; font-size: small;">FRANCO, Divaldo P. “Espírito e Vida”. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. 2ªed. Salvador, BA: LEAL, 1978. Capítulo “Ante o Natal”.</span></div>
<br />Lições dos Espíritoshttp://www.blogger.com/profile/11097488664965998098noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5002374455651602774.post-74800381355405932872011-10-13T21:15:00.000-03:002011-10-14T08:46:58.035-03:00O Céu e o inferno<blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><i>“O Reino de Deus não vem com aparência visível. Nem dirão: Ei-lo aqui! ou: Ei-lo ali! porque o reino de Deus está dentro de vós.”</i> (<a href="http://www.bibliaonline.com.br/tb/lc/17/20-21" target="_blank">Lucas 17:20-21</a>)</span></span></div>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"></span></span></blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><br /><b>Céu</b><br />Allan Kardec, em sua obra “O Céu e o Inferno” [1], explica que o termo céu vem do grego <i>coilos</i>, passando para o latim <i>cœlum</i>, ambas as palavras significando “côncavo”. Na Antiguidade, cria-se que o Universo girava em esferas com a Terra em seu centro, sendo cada esfera vista de nosso Planeta como um côncavo. Nosso entendimento sobre a posição da Terra frente ao Universo muito já se modificou; amadureçamos, também, nossa visão de mundo sobre o que sejam céu e inferno.<br /><br /><b>Paraíso</b><br />A metáfora de o céu ser um local do Universo destinado aos escolhidos por Deus tem frequente associação ao termo paraíso. Em sua origem, porém, tanto o termo céu como paraíso não significavam isso. O pesquisador Carlos Torres Pastorino [2] pondera, a respeito da palavra paraíso:</span></span></div>
<blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">“A palavra PARAÍSO, transcrição do persa <i>pairi-daêza</i>, é encontrada várias vezes no Antigo Testamento, com o sentido de ‘jardim plantado’, de ‘bosque’ ou ‘pomar’ amenos, mas sempre no solo da Terra, e não flutuando entre as nuvens. (...) Em outros passos no Antigo Testamento encontramos o termo <i>parádeisos </i>como local físico de deleite ameno: (...) <i>“Os teus renovos são um pomar </i>[parádeisos]<i> de romãs, com frutos preciosos (...)”</i> (<a href="http://www.bibliaonline.com.br/tb/ct/4/13" target="_blank">Cânticos 04:13</a>)</span></span></div>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"></span></span></blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">Percebemos, nessa passagem de Cânticos, a associação entre os frutos do trabalho de uma pessoa (seus renovos) e uma ambiência harmônica à sua volta, a começar em seu mundo interior.<br /><br /><b>Felicidade</b><br />“Estar no Céu” é, portanto, um estado de harmonia espiritual, sempre condicionado ao Bem que praticarmos, independente de nossa localização. Essa é a aplicação prática do ensino constante do Salmo 62 e depois corroborado por Jesus:</span></span></div>
<blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><i>“A cada um segundo as suas obras.”</i> (<a href="http://www.bibliaonline.com.br/tb/sl/62/12" target="_blank">Salmos 62:12</a>; <a href="http://www.bibliaonline.com.br/tb/mt/16/27" target="_blank">Mateus 16:27</a>)</span></span></div>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"></span></span></blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">A respeito da relação entre felicidade, prática constante do Bem e evolução, Kardec pondera:</span></span></div>
<blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">“A felicidade está na razão direta do progresso realizado (...). Sendo a felicidade dos Espíritos inerente às suas qualidades, haurem-na eles em toda parte em que se encontram, seja à superfície da Terra, no meio dos encarnados, ou no Espaço. (...) A felicidade dos Espíritos bem-aventurados não consiste na ociosidade contemplativa (...). A vida espiritual em todos os seus graus é, ao contrário, uma constante atividade, mas atividade isenta de fadigas.” [3]</span></span></div>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"></span></span></blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><br /><b>Onde está o Céu?</b><br />O Codificador da Doutrina Espírita conclui a respeito dessa questão:</span></span></div>
<blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">“Em toda parte. Nenhum contorno lhe traça limites. Os mundos adiantados são as últimas estações do seu caminho, que as virtudes franqueiam e os vícios interditam. (...) Comparados à Terra, esses mundos são verdadeiros paraísos (...). Sendo a Terra um mundo inferior destinado à purificação dos Espíritos imperfeitos, está nisso a razão do mal que aí predomina, até que praza a Deus fazer dela morada de Espíritos mais adiantados.” [4]</span></span></div>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"></span></span></blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">À medida que evoluímos moral e intelectualmente, trabalhamos para conquistar o acesso a mundos mais adiantados, nos quais novas e superiores lições nos aguardam. Não obstante, o Céu é um estado de harmonia íntima: onde quer que estejamos, com nossa consciência tranquila pela prática de todo o Bem ao nosso semelhante que estiver ao nosso alcance, bem como buscando a sintonia com a Espiritualidade Superior pela prece, sempre estaremos num paraíso, ou seja, nosso ambiente espiritual estará tranquilo como um jardim ameno.<br />A respeito dos diferentes graus evolutivos de mundos, aconselhamos a leitura de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, no seu capítulo III (“Há muitas moradas na casa de meu Pai”), itens 03 a 05 (“Diferentes categorias de mundos habitados”). [5]<br /><br /><b>O “mundo inferior”</b><br />A expressão acima vem do latim <i>infernum</i>, também significando “profundezas”. A elevação de pensamento proporcionada pelo Bem se inicia no Espírito. De forma análoga, o rebaixamento vibratório pela ausência da prática do Bem é um estado de desarmonia no mundo interior, refletindo, também, no ambiente em que a pessoa se localiza, por afinidade com outros Espíritos em condição similar de pensamento, palavras e atos.<br /><br /><b>Causa e efeito</b><br />Na Antiguidade, não havia uma noção clara sobre a existência de um mundo espiritual; só se entendia o que fosse do mundo físico, e, assim, também físicas deveriam ser as consequências de quaisquer atos nossos. Na análise de Allan Kardec, lemos:</span></span></div>
<blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">“Desde todas as épocas o homem acreditou, por intuição, que a vida futura seria feliz ou infeliz, conforme o bem ou o mal praticado neste mundo. (...) o homem primitivo naturalmente moldou o seu futuro pelo presente (...). Não estando ainda desenvolvido o sentido que mais tarde o levaria a compreender o mundo espiritual, não podia conceber senão penas materiais; e assim, com pequenas diferenças de forma, os infernos de todas as religiões se assemelham.” [6]</span></span></div>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"></span></span></blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">Nossa visão de mundo evoluiu; já nos é possível compreender a transcendência da vida. Tratemos, então, de também evoluir nossa visão de mundo acerca da lei de causa e efeito. Eliminando a causa de dores morais, ou seja, buscando constantemente a prática da Lei Divina e nos mantendo em paz com a consciência, local onde encontra-se inscrita a Lei de Deus (“O Livro dos Espíritos”, questão 621), eliminam-se, também, as causas de quaisquer sofrimentos, incluindo as dores físicas, as quais cessarão quando não mais precisarmos desses alertas para nossa retificação moral.<br /><br /><b>Inferno e medo</b><br />A figura de um local do Universo destinado a abrigar os que “ofenderam a Deus”, bem como a existência de um ou mais seres com poder para se opor a Deus e “roubar-lhe” almas, são ideias contrárias à do Criador infinitamente justo, inteligente e bom. Toda a Sua criação, tanto o espaço como os Espíritos, estão em constante evolução. Apesar disso, essas imagens têm sido, há muito tempo, utilizadas também como instrumentos para incutir medo e obter controle sobre as pessoas. Isso não é eficaz, não é caridoso e é desnecessário; não necessitamos de instrumentos de opressão para nos impelir à evolução. Esse tipo de recurso tem relação com a Humanidade primitiva, como analisa Kardec:</span></span><br />
<blockquote>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">“(...) o homem é comumente mais sensível ao mal que ao bem; este lhe parece natural, ao passo que aquele mais o afeta. Nem por outra razão se explica, nos cultos primitivos, as cerimônias sempre mais numerosas em honra ao poder maléfico: o temor suplanta o reconhecimento.” [7]</span></span></blockquote>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">Eis um desafio importante à nossa Humanidade atual, vivendo em um planeta em transição para mundo de Espíritos regenerados. Em vez de buscarmos o Bem, ainda precisamos temer o mal para contermos e eliminarmos nossas más tendências? Está na hora de o reconhecimento e busca pela prática do Bem ser-nos muito mais relevante do que o temor do mal.<br />O uso de figuras diabólicas como instrumento de controle pelo medo é ilustrado por André Luiz, no livro “Ação e Reação” [8], relatando a situação de uma mulher atormentada com a figura de um “demônio”, divulgada em livro do século XIX com a concordância de autoridades religiosas. Além de ser uma publicação não caridosa, esses tipos de imagem são utilizados por Espíritos temporariamente focados no mal, os quais podem modificar seu perispírito, seu corpo de matéria sutil, modelável pelo pensamento, e assumir essas formas assustadoras, implicando sofrimentos como o relatado nessa obra.<br />Devemos, também, ponderar que a ameaça do inferno não é eficaz para todos os encarnados. Esse recurso é especialmente inútil para os materialistas e para os mais intensamente ligados ao mal. Podemos concluir isso através do depoimento, trazido por via mediúnica, de Jacques Latour, um criminoso condenado à morte, a qual não temia por crer que, quando morresse, tudo acabaria, inclusive qualquer cobrança por seus erros — o que se verificou totalmente diferente de suas expectativas, pois a vida continua. Nas palavras de Jacques Latour:</span></span><br />
<blockquote>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">“(...) Ora; um grande malfeitor não é um Espírito pusilânime, e o temor de um polícia é para ele mais real que a descrição dos tormentos do inferno. (...) Como insinuar (...) que uma alma, isto é, uma coisa imaterial, possa sofrer ao contato do fogo material? (...) por isso tantos e tantos criminosos se riem desses painéis fantásticos do inferno. O mesmo, porém, não se dá quanto à dor moral do condenado, após a morte física. Orai para que o desespero não se aposse de mim.” [9]</span></span></blockquote>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><br /><b>Do medo para a caridade</b><br />A Doutrina Espírita é o <a _blank""="" href="http://www.bibliaonline.com.br/acf/jo/14/16%20target=">Consolador prometido por Jesus</a>. Consolar é a união de dois termos do latim: <i>cum </i>+ <i>solis</i>, ou seja, <b>com </b>+ <b>sol</b>. O Sol é nossa referência de energia vital e calor; daí a expressão consolar ter o significado de levar iluminação e vitalidade às almas.<br />Cuidemos para nós, espíritas, não fazermos a mesma abordagem de medo das crenças primitivas, detalhando quadros terríveis de locais como o “vale dos suicidas” ou de obsessores implacáveis! Cada pessoa é uma história em particular; não há “tabela” no planejamento das vidas dos Espíritos, determinando que tais atos implicarão tanto tempo em determinado lugar; isso é abordagem coerente com as crenças primitivas do inferno, nas quais todos pagam da mesma forma, seja por que erro e em que contexto tenha ocorrido. Não mais necessitamos orientar pelo medo do mal, mas sim compartilhando o pouco que sabemos sobre a infinita evolução no Bem que aguarda a todos.<br /><br /><b>Sofrimentos “eternos”</b><br />Uma ideia comumente associada ao mito primitivo de inferno é o dos sofrimentos sem fim; a imagem de queimar “para sempre” num fogo que nunca apaga. Analisemos as palavras de Jesus:</span></span><br />
<blockquote>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><i>“Se a tua mão te servir de pedra de tropeço</i> [skándalon]<i>, corta-a; melhor é entrares na vida aleijado do que, tendo as duas mãos, ires para a </i>geena<i>, para o fogo inextinguível.” </i>(<a href="http://www.bibliaonline.com.br/tb/mc/9/43" target="_blank">Marcos 09:43</a>)</span></span></blockquote>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">Essa passagem evangélica traz importantes lições sobre a vida ser um processo, o qual demanda evolução constante, e não um projeto com início em nossa concepção, seguido de algumas décadas de existência e findo com a morte do corpo físico. O estado atual de nossa existência decorre do que fizemos com nossos recursos anteriormente. Se fizemos mau uso de um dos tantos presentes de Deus, não só recursos físicos como a mão, mas recursos espirituais como a inteligência, e se optamos por não aprender pelo amor, ou seja, pela prática do Bem, aprenderemos pela dor, ou seja, privados de algum recurso por algum tempo, para meditarmos sobre a falta que ele nos fez e buscarmos conquistar novamente o direito de dispor do mesmo.<br />A respeito da questão de penas “eternas”, como o “fogo inextinguível”, sugerimos a leitura da postagem “<a href="http://licoesdosespiritos.blogspot.com/2010/07/penas-eternas.html" target="_blank">Penas ‘Eternas’</a>”, neste Blog, contendo diversas citações da Codificação Espírita relativamente a esse tema. Por ora, atenhamo-nos à questão do fogo, a <i>geena </i>citada por Jesus.<br />O termo <i>geena </i>deriva da expressão hebraica <i>Geh Ben Hinnóm</i>, ou “Vale dos filhos de Hinom”, citada, por exemplo, no <a href="http://www.bibliaonline.com.br/tb/2rs/23/10" target="_blank">segundo livro de Reis</a>. Trata-se de um vale, localizado junto à cidade de Jerusalém. Antes de os hebreus lá residirem, este vale era utilizado para rituais ao deus pagão Moloch, os quais consistiam em sacrifícios humanos utilizando fogo. O povo judeu utilizou este vale para incinerar o lixo da cidade de Jerusalém, bem como para queimar os corpos de indigentes e condenados à morte. Esse vale foi, portanto, um lugar por muito tempo associado ao fogo e a queimar criminosos. Por isso Jesus referiu a <i>geena </i>como um lugar de sofrimento. Vemos, à figura abaixo, como é a <i>geena </i>atualmente. Se a <i>geena </i>evoluiu, também nós evoluamos nossa visão sobre ela, bem como nosso entendimento de mundo.</span></span><br />
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-ZKhkFCn4_jY/Tpd-Q5n1PhI/AAAAAAAAASE/UUWrzGppcsY/s1600/GeyBenHinom_ST_04.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="180" src="http://2.bp.blogspot.com/-ZKhkFCn4_jY/Tpd-Q5n1PhI/AAAAAAAAASE/UUWrzGppcsY/s400/GeyBenHinom_ST_04.jpg" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-small;"><span style="font-family: inherit;"><i>Vale dos filhos de Hinom</i> (Geena) [10]</span></span></div>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><br />Uma vez que eterno significa, em seu sentido original, algo de duração desconhecida ou entendida como muito grande, nós é que determinamos o tempo em que permaneceremos em algum sofrimento: quando abrirmos mão do orgulho e do egoísmo, dando lugar à humildade e ao altruísmo, nossas dores morais se abrandarão, com reflexos positivos em todos os aspectos de nossas vidas.<br />Não nos percamos em questões semânticas. Um dos princípios da Doutrina Espírita é o de que Deus é eterno, e, para Ele, utilizamos o sentido mais recente da palavra; ou seja, Deus não teve início nem terá fim. De forma coerente com o outro princípio doutrinário, qual seja, o de Deus ser a suprema justiça, inteligência e bondade, é lógico, para a questão de penas e sofrimentos, utilizarmos o sentido original de eterno, qual seja, o de uma duração desconhecida. Lembremos de trecho da resposta à questão 28 de “O Livro dos Espíritos”:</span></span><br />
<blockquote>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">“Compete-vos a vós formular a vossa linguagem de maneira a vos entenderdes. As vossas controvérsias provêm, quase sempre, de não vos entenderdes acerca dos termos que empregais, por ser incompleta a vossa linguagem para exprimir o que não vos fere os sentidos.”</span></span></blockquote>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><br /><b>Agrupamentos por afinidades</b><br />Céu e inferno são, antes de tudo, estados de Espírito. Mesmo assim, há locais onde se agrupam Espíritos de acordo com suas afinidades. Há, portanto, cidades e mundos onde vivem Espíritos harmonizados, bem como locais onde temporariamente se agregam seres em sofrimento moral e físico. Isso não implica que esses últimos locais servirão “para sempre” como “infernos” ou “purgatórios”; tudo evolui; o mal é temporário e o Bem é definitivo.<br />Analisemos um diálogo entre Clarêncio e André Luiz [11] a esse respeito:</span></span><br />
<blockquote>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">“– Orgulho, vaidade, tirania, egoísmo, preguiça e crueldade são vícios da mente, gerando perturbações e doenças em seus instrumentos de expressão.</span></span><br />
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">– É por isso que temos os vales purgatoriais, depois do túmulo... a morte não é redenção...</span></span><br />
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">– Nunca foi (...). O pássaro doente não se retira da condição de enfermo, tão só porque se lhe arrebente a gaiola. O inferno é uma criação de almas desequilibradas que se ajuntam, assim como o charco é uma coleção de núcleos lodacentos, que se congregam uns aos outros.”</span></span></blockquote>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><br /><b>Purgatório</b><br />André Luiz, em sua reflexão, cita os “vales purgatoriais”. Como a Doutrina Espírita analisa a figura do purgatório? Estudemos as palavras de Kardec:</span></span><br />
<blockquote>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">“Em cada existência, uma ocasião se depara à alma para dar um passo avante; de sua vontade depende a maior ou menor extensão desse passo: franquear muitos degraus ou ficar no mesmo ponto. (...) É, pois, nas sucessivas encarnações que a alma se despoja das suas imperfeições, que se <i>purga</i>, em uma palavra, até que esteja bastante pura para deixar os mundos de expiação como a Terra, onde os homens expiam o passado e o presente, em proveito do futuro.” [12]</span></span></blockquote>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><br /><b>Preparo na Luz para superar as sombras</b><br />Ninguém jamais está desamparado. Mesmo os Espíritos em situação moral mais degradada continuam a ser filhos do mesmo Deus, amados por Ele, o qual criou a todos fadados à evolução no caminho da perfeição. Sendo assim, mesmo nos lugares onde temporariamente convivem os sentimentos e pensamentos mais deprimentes, há Espíritos focados no Bem, auxiliando a todos que se cansem do mal, pois o mal se consome por si mesmo.<br />Nos locais onde as sombras são mais densas, mais preparados na Luz são os Espíritos que atuam em missões de consolação e amparo. Na obra “No Mundo Maior”, André Luiz exprime sua vontade de acessar abismos purgatoriais para relatar o que observaria em seus livros. A diretora dos trabalhos, Cipriana, orienta:</span></span><br />
<blockquote>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">“(...) a sugestão (...) é valiosa, em se tratando de observações preliminares no Baixo Umbral. Como responsável, porém, pelos serviços diretos da expedição, não posso admiti-lo, por enquanto, em todas as particularidades. (...) Nosso estimado André não tem o curso de assistência aos sofredores nas sombras espessas.” [13]</span></span></blockquote>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;">Onde houver dores morais mais intensas, tanto mais preparados no Bem são os Espíritos atuando na assistência àqueles irmãos em Deus. Podemos fazer uma analogia com um centro médico de alta complexidade, no qual enfermidades graves são objeto de atenção de equipes altamente preparadas.<br />Preparemo-nos, também nós, na prática do Bem, buscando orientação para bem praticá-lo através da prece, visando a auxiliar a nós mesmos e ao nosso semelhante, erigindo o Céu em nós, em nosso ambiente e em nosso mundo.<br /><br /><br />Leia também, neste Blog, as postagens “<a href="http://licoesdosespiritos.blogspot.com/2010/03/o-bem-e-o-mal.html" target="_blank">O Bem e o Mal</a>”, “<a href="http://licoesdosespiritos.blogspot.com/2010/06/influencia-de-maus-espiritos.html" target="_blank">A Influência de ‘Maus’ Espíritos</a>” e “<a href="http://licoesdosespiritos.blogspot.com/2010/07/penas-eternas.html" target="_blank">Penas ‘Eternas’</a>”.</span></span><br />
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span><br />
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><br />Bons estudos!<br />Carla e Hendrio<br /><br /><br />Referências:<br /> [1] KARDEC, Allan. “O Céu e o Inferno”. 37.ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1991. Primeira parte, capítulo III (“O céu”), item 01.<br />[2] PASTORINO, Carlos Torres. “Sabedoria do Evangelho”. Rio de Janeiro, RJ: Sabedoria, 1964. Volume 8, capítulo “Zombarias”.<br />[3] KARDEC, Allan. “O Céu e o Inferno”. 37.ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1991. Primeira parte, capítulo III (“O céu”), itens 06 e 12.<br />[4] Ibidem. Itens 11 e 18.<br />[5] KARDEC, Allan. “O Evangelho Segundo o Espiritismo”. 97.ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1987. Capítulo III (“Há muitas moradas na casa de meu Pai”), itens 03 a 05 (“Diferentes categorias de mundos habitados”).<br />[6] KARDEC, Allan. “O Céu e o Inferno”. 37.ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1991. Primeira parte, capítulo IV (“O inferno”), itens 01 e 02;<br />[7] Ibidem. Capítulo IX (“Os demônios”), item 3;<br />[8] XAVIER, Francisco Cândido. “Ação e Reação”. Pelo Espírito André Luiz. 28.ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 2007. Capítulo 04.<br />[9] KARDEC, Allan. “O Céu e o Inferno”. 37.ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1991. Segunda parte, capítulo VI (“Criminosos arrependidos”), depoimentos de Jacques Latour, itens I e III.<br />[10] Wikipédia. Palavra Geena. Disponível em <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Geena" target="_blank">http://pt.wikipedia.org/wiki/Geena</a>. Acesso em 06/out/2011.<br />[11] XAVIER, Francisco Cândido. “Entre a Terra e o Céu”. Pelo Espírito André Luiz. 17.ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1997. Capítulo XXI.<br />[12] KARDEC, Allan. “O Céu e o Inferno”. 37.ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1991. Primeira parte, capítulo V (“O purgatório”), item 4.<br />[13] XAVIER, Francisco Cândido. “No Mundo Maior”. Pelo Espírito André Luiz. 20ª ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1995. Capítulo 17.</span></span><br />
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<span style="font-size: small;"><span style="font-family: inherit;"><br /></span></span></div>Lições dos Espíritoshttp://www.blogger.com/profile/11097488664965998098noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5002374455651602774.post-80409180561988989782011-09-14T21:49:00.000-03:002011-09-14T22:49:20.128-03:00Considerações sobre o aborto induzido (3)<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Complementando nossos estudos anteriores acerca do tema (leia as postagens “</span><a href="http://licoesdosespiritos.blogspot.com/2009/08/consideracoes-sobre-o-aborto-induzido.html" target="_blank"><span style="font-size: small;">Considerações sobre o aborto induzido</span></a><span style="font-size: small;">”</span><span style="font-size: small;"> e “</span><a href="http://licoesdosespiritos.blogspot.com/2010/02/consideracoes-sobre-o-aborto-induzido-2.html" target="_blank"><span style="font-size: small;">Considerações sobre o aborto induzido (2)</span></a><span style="font-size: small;">”, apresentamos algumas reflexões importantes sobre a questão do aborto dos ditos anencéfalos.</span></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;">Convidamos a assistir ao filme “Quantos ‘Eu te amo...’”, do diretor Halder Gomes, bem como a estudar o texto “Pequena nota sobre o direito a viver”, de autoria de Eros Roberto Grau, ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal. Este texto foi publicado na <a href="http://www.febnet.org.br/reformadoronline/revista/" target="_blank">Revista Reformador</a> de <a href="http://www.febnet.org.br/home/storage/6/90/1b/febnet1/public_html/site/ba/files/ArtigoErosGrau-Reformador.pdf" target="_blank">setembro de 2011</a>.</span></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"></span><br />
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<center><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="265" src="http://player.vimeo.com/video/25766267?byline=0&portrait=0" webkitallowfullscreen="" width="400"></iframe><br />
<span style="font-size: small;"><a href="http://vimeo.com/25766267">Documentário - Quantos Eu Te Amo</a>, do canal <a href="http://vimeo.com/tvcei">TVCEI</a>.</span></center></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: center;">
~*~*~*~*~*~</div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: small;"><b><span style="font-size: large;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Pequena nota sobre o direito a viver</span></span></b></span></div>
<div style="text-align: right;">
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Eros Roberto Grau</span></span></div>
<div style="text-align: right;">
<br style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;" /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: small;"><br style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;" /><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Inventei uma história para celebrar a Vida. Ana, filha de família muito rica, apaixona-se por um homem sem bens materiais, Antonio. Casa-se com separação de bens. Ana engravida de um anencéfalo e o casal decide tê-lo. Ana morre de parto, o filho sobrevive alguns minutos, herda a fortuna de Ana. Antonio herda todos os bens do filho que sobreviveu alguns minutos além do tempo de vida de Ana. Nenhuma palavra será suficiente para negar a existência jurídica do filho que só foi por alguns instantes além de Ana.</span><br style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;" /><br style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;" /><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">A história que inventei é válida no contexto do meu discurso jurídico. Não sou pároco, não tenho afirmação de espiritualidade a nestas linhas postular. Aqui anoto apenas o que me cabe como artesão da compreensão das leis. Palavras bem arranjadas não bastam para ocultar, em quantos fazem praça do aborto de anencéfalos, inexorável desprezo pela vida de quem poderia escapar com resquícios de existência e produzindo consequências jurídicas marcantes do ventre que o abrigou.</span><br style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;" /><br style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;" /><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Matar ou deixar morrer o pequeno ser que foi parido não é diferente da interrupção da sua gestação.Mata-se durante a gestação, atualmente, com recursos tecnológicos aprimorados, bisturis eletrônicos dos quais os fetos procuram desesperadamente escapar no interior de úteros que os recusam.Mais “digna” seria a crueldade da sua execução imediatamente após o parto,mesmo porque deixaria de existir risco para as mães. Um breve homicídio e tudo acabado.</span><br style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;" /><br style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;" /><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Vou contudo diretamente ao direito, nosso direito positivo. No Brasil o nascituro não apenas é protegido pela ordem jurídica, sua dignidade humana preexistindo ao fato do nascimento, mas é também titular de direitos adquiridos. Transcrevo a lei, artigo 2º do Código Civil:</span></span><br />
<blockquote>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.</span></span></blockquote>
<span style="font-size: small;"><br style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;" /><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">No intervalo entre a concepção e o nascimento dizia Pontes de Miranda “os direitos, que se constituíram, têm sujeito, apenas não se sabe qual seja”. Não há, pois, espaço para distinções, como assinalou o ministro aposentado do STF, José Néri da Silveira, em parecer sobre o tema:</span></span><br />
<blockquote>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Em nosso ordenamento jurídico, não se concebe distinção também entre seres humanos em desenvolvimento na fase intrauterina, ainda que se comprovem anomalias ou malformações do feto; todos enquanto se desenvolvem no útero materno são protegidos, em sua vida e dignidade humana, pela Constituição e leis.</span></span></blockquote>
<span style="font-size: small;"><br style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;" /><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Trata-se de seres humanos que podem receber doações [art. 542 do Código Civil], figurar em disposições testamentárias [art.1.799 do Código Civil] e mesmo ser adotados [art. 1.621 do Código Civil]. É inconcebível, como afirmou Teixeira de Freitas ainda no século XIX, um de nossos mais renomados civilistas, que haja ente com suscetibilidade de adquirir direitos sem que haja pessoa. E, digo eu mesmo agora, nele inspirado, que se a doação feita ao nascituro valerá desde que aceita pelo seu representante legal tal como afirma o artigo 542 do Código Civil – é forçoso concluir que os nascituros já existem e são pessoas, pois “o nada não se representa”.</span><br style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;" /><br style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;" /><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Queiram ou não os que fazem praça do aborto de anencéfalos, o fato é que a frustração da sua existência fora do útero materno, por ato do homem, é inadmissível [mais do que inadmissível, criminosa] no quadro do direito positivo brasileiro. É certo que, salvo os casos em que há, comprovadamente, morte intrauterina, o feto é um ser vivo.</span><br style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;" /><br style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;" /><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Tanto é assim que nenhum, entre a hierarquia dos juízes de nossa terra, nenhum deles em tese negaria aplicação do disposto no artigo 123 do Código Penal [1], que tipifica o crime de infanticídio, à mulher que matasse, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho anencéfalo, durante o parto ou logo após, sujeitando a a pena de detenção, de dois a seis anos. Note-se bem que ao texto do tipo penal acrescentei unicamente o vocábulo <i>anencéfalo</i>!</span><br style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;" /><br style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;" /><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Ora, se o filho anencéfalo morto pela mãe sob a influência do estado puerperal é ser vivo, por que não o seria o feto anencéfalo que repito pode receber doações, figurar em disposições testamentárias e mesmo ser adotado?</span><br style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;" /><br style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;" /><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Que lógica é esta que toma como ser, que considera ser alguém – e não <i>res </i>– o anencéfalo vítima de infanticídio, mas atribuiao feto que lhe corresponde o caráter de coisa ou algo assim?</span><br style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;" /><br style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;" /><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">De mais a mais, a certeza do diagnóstico médico da anencefalia não é absoluta, de modo que a prevenção do erro, mesmo culposo, não será sempre possível. O que dizer, então, do erro doloso?</span><br style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;" /><br style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;" /><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">A quantas não chegaria, então, em seu dinamismo – se admitido o aborto – o “moinho satânico” de que falava Karl Polanyi?[2] A mim causa espanto a ideia de que se esteja a postular abortos, e com tanto de ênfase, sem interesse econômico determinado. O que me permite cogitar da eventualidade de, embora se aludindo à defesa de apregoados direitos da mulher, estar-se a pretender a migração, da prática do aborto, do universo da ilicitude penal, para o campo da exploração da atividade econômica. Em termos diretos e incisivos, para o mercado. Escrevi esta pequena nota para gritar, tão alto quanto possa, o direito de viver.</span><br style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;" /><br style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;" /><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">[1] “Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após: Pena – detenção de dois a seis anos.”</span></span></div>
<span style="font-size: small;"><span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">[2] A grande transformação: as origens da nossa época. Tradução portuguesa de Fanny Wrobel. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2000.</span></span><br />
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: center;">
~*~*~*~*~*~</div>
<div style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif; text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Bons estudos!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial,Helvetica,sans-serif;">Carla e Hendrio </span></div>
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