sábado, 14 de março de 2015

Ambiente espiritual

O que é o ambiente espiritual? Como ele pode ser influenciado e como ele nos influencia?

Allan Kardec nos esclarece em “A Gênese”:
“O pensamento do encarnado atua sobre os fluidos espirituais, como o dos desencarnados, e se transmite de Espírito a Espírito pelas mesmas vias e, conforme seja bom ou mau, saneia ou vicia os fluidos ambientes.”[1]

Assim, o pensamento é a forma de atuação no ambiente espiritual. Influem nele tanto os encarnados quanto os desencarnados, havendo transmissão de um a outro (Espírito a Espírito), através do fluido cósmico. E, conforme a sua natureza, de responsabilidade do Espírito (encarnado ou desencarnado) que emite esses pensamentos, pode sanear ou viciar o ambiente fluídico.

Sentimos isso no dia a dia. Um ambiente pesado, ainda que fisicamente se apresente asseado e organizado, e um ambiente salutar, que nos enche de alegria e bem estar, independente de como se apresenta o ambiente físico. Esse ambiente é criado e mantido pelos Espíritos que ali emitem seus pensamentos, dos dois lados da vida.

André Luiz, na obra “Missionários da Luz” [2], nos traz a orientação de Alexandre (grifos nossos):
“Primeiramente a semeadura, depois a colheita; e, tanto as sementes de trigo como de escalracho, encontrando terra propícia, produzirão a seu modo e na mesma pauta de multiplicação. Nessa resposta da Natureza ao esforço do lavrador, temos simplesmente a lei. Você está observando o setor das larvas com justificável admiração. Não tenha dúvida. Nas moléstias da alma, como nas enfermidades do corpo físico, antes da afecção existe o ambiente. As ações produzem efeitos, os sentimentos geram criações, os pensamentos dão origem a formas e consequências de infinitas expressões. E, em virtude de cada Espírito representar um universo por si, cada um de nós é responsável pela emissão das forças que lançamos em circulação nas correntes da vida. A cólera, a desesperação, o ódio e o vício oferecem campo a perigosos germens psíquicos na esfera da alma. E, qual acontece no terreno das enfermidades do corpo, o contágio aqui é fato consumado, desde que a imprevidência ou a necessidade de luta estabeleça ambiente propício, entre companheiros do mesmo nível. Naturalmente, no campo da matéria mais grosseira, essa lei funciona com violência, enquanto, entre nós, se desenvolve com as modificações naturais. Aliás, não pode ser de outro modo, mesmo porque você não ignora que muita gente cultiva a vocação para o abismo. Cada viciação particular da personalidade produz as formas sombrias que lhe são consequentes, e estas, como as plantas inferiores que se alastram no solo, por relaxamento do responsável, são extensivas às regiões próximas, onde não prevalece o espírito de vigilância e defesa.”

Destaquemos alguns pontos do texto para estudo:
  • “(...) antes da afecção existe o ambiente.” – Alexandre refere-se à presença de “bacilos de natureza psíquica” no ambiente espiritual. E que antes da contaminação, há a formação do ambiente adequado para o desenvolvimento de tais criaturas, através do tipo de pensamento emitido pelo encarnado.
  • “(...) cada um de nós é responsável pela emissão das forças que lançamos em circulação nas correntes da vida.” – A emissão de forças que lançamos nas correntes da vida, são nossos pensamentos e atos. Qual tem sido o teor preponderante dos nossos pensamentos? São pensamentos de harmonia, de gratidão, de esperança e otimismo? Ou são pensamentos de revolta, desânimo, cólera?
  • “(...) a imprevidência ou a necessidade de luta estabeleça ambiente propício, (...)” – Há situações que não podemos evitar – são os “escândalos” a que se refere nosso Mestre Jesus. E os bons Espíritos nos sustentam e auxiliam a atravessar esta e outras situações, com o equilíbrio possível. Porém, não existem apenas situações inevitáveis, devido a nossa necessidade de luta. Alexandre destaca a imprevidência. Ser imprevidente é ser desleixado, negligente. Mas imprevidência com o quê? No caso, refere-se ao ambiente. Sabemos que nosso pensamento influencia na natureza do ambiente. Se são pensamentos salutares, influenciamos positivamente. Se os pensamentos são de natureza inferior, viciam o ambiente, tornando-o propício para o desenvolvimento tanto de “bacilos de natureza psíquica”, que atingem os encarnados, quanto para a propagação de ideias malsãs, que podem encontrar quem se proponha a colocá-las em prática. Notemos que a influência pode ser boa ou má, dependendo da nossa vontade e nossa previdência ou imprevidência.
  • “(...) cultiva a vocação para o abismo.” – Essa expressão parece-nos indicar a tendência a destacar tragédia, pessimismo, desesperança, desânimo, em todas as situações. Cultivar a vocação para o abismo é buscar o lado negativo em cada ocorrência e permanecer nele, sem abertura para perceber a bondade e a previdência divina atuando ainda que de forma imediatamente compreensível para nós. A consequência do cultivo da vocação para o abismo é a criação e emissão de pensamentos de natureza perniciosa, que agravam as ocorrências negativas, gerando mais sofrimento e dificultando a transformação da situação por ações positivas, pela prece, pelo consolo, pelo foco na solução em vez do foco no problema.
  • “(...) espírito de vigilância e defesa.” – O conhecido “vigiai e orai” que Jesus nos recomendou (leia mais a respeito na postagem “Vigiai e Orai”, neste Blog). Se não vigiamos nossos pensamentos, muitas vezes nos deixamos levar pela onda de pessimismo e revolta e se não temos a postos o espírito de defesa, buscando, a princípio, preservar a nossa paz interior, na certeza de que Deus é Pai Bondoso e Justo, acabamos por não lutar por manter o ambiente salutar a nossa volta. Orar para estar em sintonia com a Espiritualidade Superior, capaz de sanear o ambiente com fluidos positivos e manter a nossa harmonia e vigiar, para, no momento do contato com os pensamentos negativos, repeli-los naturalmente com a atmosfera positiva que desejamos nos envolva sempre.


E como transformar o ambiente espiritual, tornando-o saudável? Mais uma vez nos orienta o Codificador [3]:
“O meio é muito simples, porque depende da vontade do homem, que traz consigo o necessário preservativo. Os fluidos se combinam pela semelhança de suas naturezas; os dessemelhantes se repelem; há incompatibilidade entre os bons e os maus fluidos, como entre o óleo e a água.
Que se faz quando está viciado o ar? Procede-se ao seu saneamento, cuida-se de depurá-lo, destruindo o foco dos miasmas, expelindo os eflúvios malsãos, por meio de mais fortes correntes de ar salubre. À invasão, pois, dos maus fluidos, cumpre se oponham os fluidos bons e, como cada um tem no seu próprio perispírito uma fonte fluídica permanente, todos trazem consigo o remédio aplicável. Trata-se apenas de purificar essa fonte e de lhe dar qualidades tais, que se constitua para as más influências um repulsor, em vez de ser uma força atrativa.”
Foto: Carla Engel

A transformação do ambiente desfavorável é explicada por André Luiz e pelo orientador Alexandre, no capítulo 5 da obra Missionários da Luz [4]:
“Notava, agora, a diferenciação do ambiente.
Para nós outros, os desencarnados, a atmosfera interior impregnava-se de elementos balsâmicos, regeneradores. Cá fora, porém, o ar pesava. Acentuara-se-me, sobremaneira, a hipersensibilidade, diante das emanações grosseiras da rua. As lâmpadas elétricas semelhavam-se a globos pequeninos, de luz muito pobre, isolados em sombra espessa.
Aspirando as novas correntes de ar, observava a diferença indefinível. O oxigênio parecia tocado de magnetismo menos agradável.
Compreendi, uma vez mais, a sublimidade da oração e do serviço da Espiritualidade superior, na intimidade das criaturas.
A prece, a meditação elevada, o pensamento edificante, refundem a atmosfera, purificando-a.
O instrutor interrompeu-me as íntimas considerações, exclamando:
─ A modificação, evidentemente, é inexprimível. Entre as vibrações harmoniosas da paisagem interior, iluminada pela oração, e a via pública, repleta de emanações inferiores, há diferenças singulares. O pensamento elevado santifica a atmosfera em torno e possui propriedades elétricas que o homem comum está longe de imaginar. A rua, no entanto, é avelhantado repositório de vibrações antagônicas, em meio de sombrios materiais psíquicos e perigosas bactérias de varia da procedência, em vista de a maioria dos transeuntes lançar em circulação, incessantemente, não só as colônias imensas de micróbios diversos, mas também os maus pensamentos de toda ordem.”

São ensinamentos que merecem a nossa meditação e reflexão. Como temos nos comportado em relação a emanação de pensamentos? Estaremos nós, também, cultivando “vocação para o abismo”? Ou já despertamos, esforçando-nos para “orar e vigiar”, mantendo o ambiente de prece e pensamentos saudáveis, cultivando o hábito da prece no lar, em nosso trabalho, em nosso ambiente de estudo e demais atividades, independente da religião que professamos?

Estamos convidados a participar ativamente na construção e manutenção de ambiente salutar, não só pelas atividades ecologicamente corretas às quais nos engajamos, seja cuidando do lixo, respeitando a água, mas também na emissão de pensamentos não poluentes, antes despoluidores da atmosfera espiritual negativa. Devemos ser agentes de mudança em nossa sociedade — mas de mudança para o bem, fazendo nosso melhor, debatendo o que requerer mudanças, mas jamais alimentando problemas com pensamentos e ações violentas. Nossos pensamentos e ações também são nossas obras. É Jesus quem nos convida:
Porque o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos; e então dará a cada um segundo as suas obras.” (Mateus 16:27)

Leia também, neste Blog, as postagens “Vigiai e Orai”, “Influência do Meio”, “Fluido Universal” e “Falsos Cristos, falsos profetas e seus seguidores”.


Bons estudos! Bons pensamentos!
Muita paz!
Carla e Hendrio

Continue seus estudos, ouvindo os programas “Missionários da Luz”, capítulos 28 e 29, na página da Rádio Rio de Janeiro: http://www.radioriodejaneiro.am.br/?page_id=48031

[1] KARDEC, Allan. “A Gênese”. Capítulo XIV, item 18, trecho.
[2] XAVIER, Francisco Cândido. “Missionários da Luz”. Pelo Espírito André Luiz. Capítulo 4, trecho.
[3] KARDEC, Allan. “A Gênese”. Capítulo XIV, item 21, trecho.
[4] XAVIER, Francisco Cândido. “Missionários da Luz”. Pelo Espírito André Luiz. Capítulo 5, trecho.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Bem-Aventurados os Aflitos — Parte 1

“Eu lhes disse essas coisas para que em mim vocês tenham paz. Neste mundo vocês terão aflições; contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo.” (João 16:33)

“Louva o céu azul que te imprime euforia ao pensamento, mas agradece, também, a nuvem que te garante a chuva, mensageira do pão.
Mesmo que não entendas, de pronto, os desígnios da Providência Divina, recebe a provação como sendo o melhor que merecemos hoje, em favor do amanhã, e, ainda que lágrimas dolorosas te lavem a alma toda, rende graças a Deus.” (Emmanuel) [1]

O Capítulo V do livro “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, intitulado “Bem-Aventurados os Aflitos”, é o mais extenso da terceira Obra Básica. A situação presente de nossa humanidade, ainda enfrentando diversas lições dolorosas a fim de aprender e superar o apego a valores mundanos, efetivamente requer entendimento dos porquês das visitas das aflições. Nosso Mestre Jesus, além de ter nos recomendado bom ânimo para, como ele, vencermos o mundo, também nos informou que quem crer nele fará as obras que ele realizou (João 14:12). A fim de atingirmos tal nível evolutivo, há muito a estudar. Estudemos, portanto, alguns tópicos abordados no Capítulo V de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”.


Pontos de Partida

Antes de abordarmos a Obra Básica em questão, consideremos algumas premissas para melhor entendermos os estudos de Kardec:

1) Deus, inteligência suprema, causa primária de todas as coisas (“O Livro dos Espíritos”, questão 01), é infinitamente justo e bom.O Criador não deseja que soframos; em Sua infinita justiça, Suas leis nos permitem aprender com as consequências de nossos atos, e, em Sua infinita bondade, propicia condições para repararmos nossos erros.
“(...) Deus é eterno, infinito, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom (...)”[2]
2) Não nos compete apontar os defeitos do nosso semelhante e atribuir, às suas aflições, as causas de seu sofrimento e as “penas” pelas quais deve passar. Todos temos muito a evoluir; devemos, sim, tratar de buscar nosso aperfeiçoamento.
“Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados” (Lucas 6:37)
3) Ao nos comunicarmos com nosso semelhante, especialmente se tivermos a oportunidade de levar algum aconselhamento sobre uma aflição, tratemos de levar mensagens úteis e benéficas, e não algo que diminua o ânimo de nossos irmãos em Deus e torne ainda mais pesada a situação vivenciada naquele instante.
“Linguagem sã e irrepreensível, para que o adversário se confunda, não tendo mal algum que dizer de nós.” (Carta de Paulo a Tito 02:08)

Pinga Fogo de 21/12/1971: Chico Xavier atende a um aflito

Missionários como Chico Xavier não devem ser tratados como ídolos e colocados num cômodo pedestal, pois eles vêm à Terra para nos ensinar pelo exemplo da caridade, o amor na prática. A melhor maneira de expressarmos nossa gratidão a tais Espíritos é estudar e dar continuidade ao Bem que praticaram.

Os dois programas Pinga Fogo de 1971 nos quais Chico Xavier fora entrevistado constituíram marcos no Movimento Espírita, tanto por  terem propiciado farto material — o qual ainda deve ser muito mais estudado e aprofundado — para melhor entendermos a Doutrina Espírita, quanto  por haver oferecido a oportunidade de ver, na prática, a postura de um autêntico seguidor dos postulados cristãos. Fica a sugestão de assistir a e estudar  essas duas entrevistas dos programas Pinga Fogo.

Na segunda entrevista, datada de 21 de dezembro de 1971, no item 40 do DVD do referido programa, intitulado “Um conselho”, um dos entrevistadores interrompe a sessão de perguntas e solicita a Chico Xavier levar uma palavra de ânimo a um artista famoso à época, o qual se afirmou desesperado devido à doença que tivera pouco tempo antes e pela enfermidade à qual sua esposa estava acometida. Sua postura em direção ao requerente nos permite verificar a aplicação prática das premissas acima; por exemplo:
  • Nenhum julgamento: não há insinuações sobre erros cometidos, sejam da encarnação atual ou de vivências pretéritas, os quais ele “tenha de pagar”. Por caridade divina, não lembramos nem dos detalhes de nossa vivência pessoal ao longo dos séculos passados; não há, portanto, o menor benefício em fazermos conjecturas sobre possíveis “pecados” pelos quais nosso semelhante esteja “pagando”. Além de não ser uma comunicação caridosa, tal postura contrariaria a recomendação de Jesus, anotada pelo apóstolo Lucas, citada acima. Lembremos sempre: A Doutrina Espírita ensina termos um passado, o qual pode ser inferido por nossas tendências [3], mas não serve para fazermos suposições lisonjeiras nem depreciativas, ambas tão infundadas quanto inúteis,sobre o passado nosso ou de qualquer pessoa;
  • O médium lembra que a dor tem uma função em nossas vidas, e, portanto, não é um “castigo”. Em essência, as aflições têm dois propósitos: sinalizar sobre um caminho a modificar e/ou trazer lições para aprender. Encarar as vivências menos felizes sob este prisma, em vez de ficarmos nos achando desafortunados merecedores de pena, já nos traz muito mais disposição para superar os desafios da vida;
  • Em sua infinita bondade, Deus sempre estende seu amparo a todos nós. As boas inspirações e energias da Espiritualidade Superior estão sempre à nossa disposição, competindo a nós, pela prece e pela prática do Bem, sintonizar e receber essas boas vibrações fundamentais tanto nos momentos agradáveis como nos em que a dor nos visita. Conforme anotado pelo Espírito André Luiz em uma palestra do instrutor Aniceto, o qual a transmitiu a nós por meio de Chico Xavier na obra “Os Mensageiros”:
“Ainda que nos demoremos nas lágrimas e nas aflições, jamais permanecemos ao desamparo.” [3]

Foto: Hendrio Belfort


Origem da palavra

Frequentemente, o conhecimento da origem dos termos em estudo ajuda muito a entender seu significado mais aprofundado. Isso acontece com a palavra aflição.

Aflição, do latim affligere, corresponde à união dos termos ad (sobre) e fligere (golpear), sendo este último relacionado com a palavra flagellus, a qual significa chicote. Não pensemos, porém, tal tipo de golpe  relacionado a flagelos físicos. O sacrifício agradável a nosso Criador é o das más tendências, do egoísmo e do orgulho, focando nas funções úteis dos momentos dificultosos de nossas vidas. Lembremo-nos da oportuna mensagem do Espírito que assinou como Um anjo guardião:
“Se quereis um cilício, aplicai-o às vossas almas e não aos vossos corpos; (...) fustigai o vosso orgulho, (...) enrijai-vos contra a dor da injúria e da calúnia (...), mais pungente do que a dor física.” [5]
É comum encontrarmos a palavra aguilhão na literatura espírita. O termo, sinônimo de espinho ou ferrão, mais uma vez lembra que a dor serve para informar sobre um caminho a corrigir, desafios a superar e/ou novas lições a aprender. Nas palavras do Codificador da Doutrina Espírita:
“A dor é o aguilhão que o impele para a frente, na senda do progresso.” [6]

Continua...

Após estes pontos de partida para o estudo do Capítulo V de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, em  postagem futura, abordaremos o texto de Kardec.


Bons estudos!
Carla e Hendrio


Referências
[1] XAVIER, Francisco Cândido. “Palavras de Vida Eterna”. Pelo Espírito Emmanuel. 8.ed. Uberaba, MG: Comunhão Espírita Cristã, 1986. Capítulo “Agradeçamos sempre”.
[2] KARDEC, Allan. “O Livro dos Espíritos”.  questão 13, disponível para download em http://www.febnet.org.br/blog/geral/divulgacao/downloads-divulgacao/obras-basicas/
[3] KARDEC, Allan, “O Livro dos Espíritos”.  questão 393
[4] XAVIER, Francisco Cândido. “Os Mensageiros”. Pelo Espírito André Luiz. Capítulo 25.
[5] KARDEC, Allan. “O Evangelho Segundo o Espiritismo”. cap. V item 26
[6] KARDEC, Allan. “A Gênese”. Capítulo III (“O bem e o mal”). Item 5.