quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Mensagem de Fim de Ano

Ao aproximarmo-nos de mais um findar de ano terreno, somos levados a refletir sobre nossas conquistas, nossos erros, em como aproveitamos os últimos 365 dias que estiveram à nossa disposição.
Algumas vezes, evitamos a reflexão. Outras vezes, deixamo-nos levar por sentimentos de menos valia, de tristeza e desânimo, pois nem tudo ocorreu conforme planejáramos...
André Luiz, pela psicografia de Waldo Vieira, orienta-nos, na mensagem intitulada "Escala do Tempo" [1]:

"Não te atribules. Entendimento espiritual pede paz à alma.

Ninguém usufrui duas situações ao mesmo tempo. Seja na alegria ou na provação, o homem desfruta a existência vivendo hora após hora, minuto por minuto.

O tempo é imperturbavelmente dosado. Concessão igual a todos. Em nada auxilia a aflição pelo que virá: no cerne do sentimento não há duas crises simultâneas. Para coisa alguma serve chorar pelo que aconteceu: não podemos retomar a oportunidade perdida. O passado ensina e o futuro promete em função do presente.

Ninguém confunda precipitação com diligência. Precipitação é pressa irrefletida. Diligência é zelo prestimoso. Não vale acelerar imprudentemente a execução disso ou daquilo: toda realização digna é obtida a pouco e pouco.

Por outro lado, igualmente não será lícito amolentarmo-nos. Importa combater negligência com atividade, sobrepor coragem ao desalento.

A pior circunstância traz consigo instruções preciosas tanto quanto o fruto mais corrompido carrega sementes de subido valor. Cabe-nos descobri-las e utilizá-las.

O melhor não se efetua em marcha atordoada. A própria natureza nos oferece o que pensar. Planta alguma é favorecida com primavera de dupla duração. O golpe de vento que fustiga o capim é o mesmo que estorcega o jequitibá.

As grandes edificações são erguidas em serviço regular e uniforme, com intervalos de sono reparador que refaçam as forças na mente e pausas de lazer que restaurem as energias do coração.

Toda ideia benéfica roga meditação para engrandecer-se. Todo temperamento é suscetível de ser dominado dentro das regras que nos orientam a educação.

Reflitamos na justiça das horas. Tempo é valor divino na experiência humana. Cada consciência plasma com ele o próprio destino.

O tempo que o Cristo despendeu na elevação era perfeitamente igual ao tempo que Barrabás gastou na criminalidade. A única diferença entre eles é que Jesus empregou o tempo engrandecendo o bem, e Barrabás usou o tempo gerando o mal. Entre a luz de um e a sombra do outro, o proveito do tempo se gradua por escala infinita. Melhorar-nos ou agravar-nos dentro dela é escolha nossa."

Assim, tenhamos paciência com as conquistas que ainda não se efetivaram, principalmente aquelas de natureza espiritual: não é do dia para a noite que nos tornaremos humildes, tolerantes e infatigáveis na prática do bem. A Natureza não dá saltos e não é isso que a Espiritualidade Superior espera de nós.

Que tenhamos persistência, esperança, coragem.
Que a cada dia nos tornemos um pouco mais tolerantes, um pouco menos queixosos, um pouco mais gratos a Deus!
Que possamos na alvorada do Natal, Luz de Deus sobre toda a Humanidade, recarregarmos as energias para uma nova temporada de atividades e descobertas, estudos e realizações, no campo material e espiritual.
Que a luz do Cristo dissipe qualquer tristeza ou desânimo.
O dia, o ano, a vida... apenas começa!
Recomecemos, de ânimo renovado, na tarefa de nos melhorarmos, melhorando o mundo a nossa volta!

Feliz Natal!
Feliz 2015!


Bons estudos!
Carla e Hendrio

Referência bibliográfica:
[1] XAVIER, FRANCISCO CÂNDIDO e VIEIRA, WALDO."Opinião Espírita". Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz. 7.ed. Uberaba, MG: Comunhão Espírita Cristã. 1990, capítulo 57.

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