terça-feira, 29 de setembro de 2009

A lembrança dos sonhos

Allan Kardec, comentando a resposta dos Espíritos Superiores à questão 402 de “O Livro dos Espíritos” [1], esclarece que “os sonhos são efeitos da emancipação da alma, que mais independente se torna pela suspensão da vida ativa e de relação.”

A questão 403 de “O Livro dos Espíritos” refere-se à razão de não nos lembrarmos claramente dos sonhos. Os Espíritos Superiores elucidam que o corpo “é matéria pesada e grosseira, dificilmente conserva as impressões que o Espírito recebeu, já que tais impressões não chegaram ao Espírito por meio dos órgãos corporais”.


Emoções e Vibrações (Ver no YouTube)

Conforme nos orienta o Espírito Aniceto, no capítulo 38 da obra Os Mensageiros, do Espírito André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier [2], “Os Espíritos encarnados, tão logo se realize a consolidação dos laços físicos, ficam submetidos a imperiosas leis dominantes na Crosta. Entre eles e nós existe um espesso véu. É a muralha das vibrações. Sem a obliteração temporária da memória, não se renovaria a oportunidade. Se o nosso campo lhes fora francamente aberto, olvidariam as obrigações imediatas, estimulariam o parasitismo, prejudicando a própria evolução. Eis porque raramente estão lúcidos ao nosso lado. Na maioria dos casos, junto de nós, permanecem vacilantes, enfraquecidos...”.

José Náufel, no livro “Do ABC ao Infinito” [3], estudando o sono e os sonhos, esclarece que: “As percepções do encarnado são realizadas pela alma, que recebe as impressões do mundo exterior pelos órgãos sensoriais. Esse processo implica registros tanto na memória atual, a nível subconsciente (camada psíquica imediatamente inferior à esfera da consciência), quanto na memória espiritual, mediante utilização dos órgãos perispiríticos. Já a atividade do Espírito durante o sono, que se corporifica no sonho, é realizada fora do corpo, uma vez que a alma se encontra emancipada, embora continue ligada a ele por um cordão fluídico. Logo, o registro dessa atividade se faz tão-somente na memória espiritual, sem que as impressões dela resultantes passem pelos órgãos corporais. É claro que a relação eletromagnética entre as células do corpo somático e as do corpo espiritual estabelece comunicação entre a memória atual e a memória espiritual. Mas, para que os registros desta se façam também naquela, é necessária a ocorrência de condições específicas favoráveis, nem sempre presentes.” Daí, a lembrança clara de apenas alguns sonhos.


Fragmentos de lembranças em vigília (Ver no YouTube)


André Luiz, na obra “Mecanismos da Mediunidade” [4], explica que: “Dormindo o corpo denso, continua vigilante a onda mental de cada um – presidindo ao sono ativo, quando registra no cérebro dormente as impressões do Espírito desligado das células físicas, e ao sono passivo, quando a mente, nessa condição, se desinteressa, de todo, da esfera carnal. Nessa posição, sintoniza-se com as oscilações de companheiros desencarnados ou não, com as quais se harmonize, trazendo para a vigília no carro de matéria densa, em forma de inspiração, os resultados do intercâmbio que levou a efeito, porquanto raramente consegue conscientizar as atividades que empreendeu no tempo de sono.” Assim, “nem sempre o cérebro físico está em posição de fixar o encontro realizado ou a informação recebida”. José Náufel, na obra anteriormente citada, elucida que no caso do sono ativo, há possibilidade de lembrança do sonho. Já no sono passivo, “não acontece o referido registro, impedindo ou dificultando a lembrança do sonho”.


Sintonia e lembranças (Ver no YouTube)

Em “O Livro dos Médiuns” [5], Kardec pergunta, no item Evocação de Pessoas Vivas, se é possível modificar as ideias de uma pessoa em estado de vigília, atuando sobre o seu Espírito durante o sono. Há o esclarecimento de que tal é possível, algumas vezes, porque, não estando o Espírito preso à matéria por laços tão estreitos, “mais acessível se acha às impressões morais e essas impressões podem influir sobre a sua maneira de ver no estado ordinário. Infelizmente, acontece com frequência que, ao despertar ele, a natureza corpórea predomina e lhe faz esquecer as boas resoluções que haja tomado.”

Concluindo, observa-se que, se o Espírito vivencia uma situação no plano espiritual que não tem correspondência com sua vida encarnada atual, em termos de nível vibratório e/ou foco, tal lembrança não será registrada no cérebro físico e portanto, não acessível em estado de vigília.


Leia também, neste blog, a postagem “Sintonia espiritual”.


Bons estudos!
Carla e Hendrio


Referências

1. KARDEC, Allan. “O Livro dos Espíritos”. 66ª ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB. 1987. Questões 402 e 403.
2. XAVIER, Francisco Cândido. “Os Mensageiros”. Pelo Espírito André Luiz. 34ª ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 2000. Capítulo 38.
3. NÁUFEL, José. “Do ABC ao Infinito: Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita”. Rio de Janeiro, RJ: Éclat. 1994. Volume II, Tomo I. Capítulo V – O sono e os sonhos.
4. XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo. “Mecanismos da Mediunidade”. Pelo Espírito André Luiz. 14ª ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1995. Capítulo 21.
5. KARDEC, Allan. “O Livro dos Médiuns”. 55ª ed. Rio de Janeiro: RJ, FEB: 1987. Segunda Parte. Capítulo XXV, Evocação das Pessoas Vivas. Questão 47.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Os Primeiros Sete Anos da Reencarnação do Espírito

O período inicial da reencarnação do Espírito é decisivo na formação do seu caráter e da sua personalidade porque, nesse período da primeira infância, o Espírito “é mais acessível às impressões que recebe e que podem auxiliar o seu adiantamento, para o qual devem contribuir os que estão encarregados de educá-lo.”[1]. Os Espíritos Superiores ainda esclarecem, em "O Livro dos Espíritos", à questão 380, que a fase de perturbação que acompanha a encarnação do Espírito não cessa de súbito por ocasião do nascimento, mas que gradualmente se dissipa, com o desenvolvimento dos órgãos.

André Luiz [2], elucidando o processo reencarnatório, esclarece que até aos sete anos de idade, o Espírito passa por uma fase de semi-inconsciência no ambiente fluídico dos pais. Em outra obra, “Missionários da Luz”[3], André Luiz esclarece que um colaborador espiritual é designado para acompanhar a reencarnação do Espírito “até que ele atinja os sete anos, após o renascimento, ocasião em que o processo reencarnacionista estará consolidado. Depois desse período, a sua tarefa de amigo e orientador será amenizada, visto que seguirá o nosso irmão em sentido mais distante.” E ainda nesta mesma obra, o mentor Alexandre esclarece André Luiz: “Você não ignora que o corpo humano tem as suas atividades propriamente vegetativas, mas talvez ainda não saiba que o corpo perispiritual, que dá forma aos elementos celulares, está fortemente radicado no sangue. Na organização fetal, o patrimônio sanguíneo é uma dádiva do organismo materno. Logo após o renascimento, inicia-se o período de assimilação diferente das energias orgânicas, em que o «eu» reencarnado ensaia a consolidação de suas novas experiências e, somente aos sete anos de vida comum, começa a presidir, por si mesmo, ao processo de formação do sangue, elemento básico de equilíbrio ao corpo perispirítico ou forma preexistente, no novo serviço iniciado.”

Na obra “Aspectos Mediúnicos” [4], de Daniel Hoeltz, há a explicação dos quatro períodos de ação da glândula pineal sobre o indivíduo. E a primeira fase, também chamada de período de sono, se apresenta “até os sete anos de idade, (quando) adormece na função psíquica para que o Ser absorva todas as informações provenientes da educação e do meio (social e cultural) quando o indivíduo vive, então, em experiências inovadoras e anímicas sem a análise crítica de seus conteúdos existenciais.”

A Ciência [5] considera que o desenvolvimento do sistema nervoso humano só está concluído por volta dos sete anos de idade. Elizabeth Kübler Ross ainda conclui que, nesta dimensão do desenvolvimento humano, chamada intelectual ou mental, o ser está apto a compreender a si mesmo e ao mundo.

A formação dos caracteres, segundo o Codificador, depende da educação moral. Ainda em "O Livro dos Espíritos" [6], Allan Kardec, comentando a questão 917, esclarece: “Bem entendida, a educação constitui a chave do progresso moral. Quando se conhecer a arte de manejar os caracteres, como se conhece a de manejar as inteligências, poder-se-ão endireitá-los, como se faz com as plantas novas. Mas essa arte exige muito tato, muita experiência e profunda observação. É grave erro acreditar que baste o conhecimento da Ciência para exercê-la com proveito. Quem quer que acompanhe o filho do rico, assim como o do pobre, desde o instante do nascimento, e observar todas as influências perniciosas que atuam sobre eles, em consequência da fraqueza, da incúria e da ignorância dos que os dirigem, e como falham quase sempre os meios empregados para moralizá-los, não poderá admirar-se de encontrar tantas imperfeições no mundo. Faça-se com o moral o que se faz com a inteligência e ver-se-á que, se há naturezas refratárias, também há, em maior número do que se pensa, as que apenas reclamam boa cultura para produzir bons frutos.”


Nesse sentido, destaca-se a importância da missão dos pais e da Evangelização Infantil. Bezerra de Menezes [7], em mensagem mediúnica, corroborando o pensamento de Kardec, elucida que: “(...) é imprescindível abracemos, com empenho e afinco, a tarefa da evangelização junto às almas infanto-juvenis, tão carentes de amor e sabedoria, porém, receptivas e propícias aos novos ensinamentos. (...) É forçoso reconhecer que Espiritismo sem aprimoramento moral, sem evangelização do homem é como um templo sem luz.”


Bons estudos!
Carla e Hendrio

Referências:

1.KARDEC, Allan. "O Livro dos Espíritos". 66ª ed. Rio de Janeiro: RJ, FEB: 1987. Questão 383.
2.XAVIER, Francisco Cândido. "E a Vida Continua". Pelo Espírito André Luiz. 24ª ed. Rio de Janeiro: RJ, FEB, 1998. Capítulo 11.
3.XAVIER, Francisco Cândido. "Missionários da Luz". Pelo Espírito André Luiz. 25ª ed. Rio de Janeiro: RJ, FEB, 1994. Capítulo 13.
4.HOELTZ, Daniel. "Aspectos Mediúnicos". Porto Alegre, RS: Ed. do Autor, 2006, capítulo 7.
5.ROSS, Elizabeth Kübler. "Morte, Estágio Final da Evolução." Rio de Janeiro, RJ: Nova Era, 1996.
6.KARDEC, Allan. "O Livro dos Espíritos". 66ª ed. Rio de Janeiro: RJ, FEB: 1987. Questão 917.
7.FEB. "Opúsculo A Evangelização Espírita na Opinião dos Espíritos". Espírito Bezerra de Menezes através do médium Júlio Cezar Grandi Ribeiro. Disponível em http://www.febnet.org.br/site/estudos.php?SecPad=39&Sec=67. Acesso em 20.09.2009.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Loucura sem lesão cerebral

Importa notar duas situações distintas, na mesma categoria de casos de loucura sem lesões cerebrais: uma é relacionada a processos obsessivos; outra, a reação inconformada e rebelde do próprio Espírito a certas situações de sua vida, que pode levar ao primeiro caso, de obsessão, por questão de sintonia.

Considerando o primeiro caso, o Codificador esclarece na obra "O que é o Espiritismo"[1] que não se pode confundir a loucura patológica com a obsessão, pois esta última "não provém de lesão alguma cerebral, mas da subjugação que Espíritos malévolos exercem sobre certos indivíduos, e que, muitas vezes, têm as aparências da loucura propriamente dita. Esta afecção, muito frequente, é independente de qualquer crença no Espiritismo e existiu em todos os tempos. Neste caso, a medicação comum é impotente e mesmo prejudicial. Fazendo conhecer esta nova causa de perturbação orgânica, o Espiritismo nos oferece, ao mesmo tempo, o único meio de vencê-la, agindo não sobre o enfermo, mas sobre o Espírito obsessor. O Espiritismo é o remédio e não a causa do mal."

Ainda tratando de casos de loucura por obsessão, Bezerra de Menezes, na obra "A Loucura sob Novo Prisma"[2], esclarece que: "Entretanto, a verdade é que há casos bem verificados de perturbação mental sem lesão orgânica do cérebro, o que diz bem positivamente que a loucura não depende essencialmente do estado mórbido do cérebro. Se assim é, e não pode ser cientificamente contestado, a consequência irrecusável é que o cérebro não gera o pensamento, é que, independente daquele órgão, pode o pensamento sofrer perturbações. (...) Para distinguir-se esta nova espécie, chamar-lhe-emos loucura moral, ou mais apropriadamente: loucura psicológica, por tratar-se da perturbação da faculdade anímica, e não do instrumento da manifestação."

Já nos casos de inconformação do Espírito, o instrutor Calderaro, na obra "No Mundo Maior"[3], esclarece que a maioria dos casos de loucura não são devidos a problemas orgânicos e sim a outra ordem de causas. Em suas palavras: "Quase podemos afirmar que noventa em cem dos casos de loucura, excetuados aqueles que se originam da incursão microbiana sobre a matéria cinzenta, começam nas consequências das faltas graves que praticamos, com a impaciência ou com a tristeza, isto é, por intermédio de atitudes mentais que imprimem deploráveis reflexos ao caminho daqueles que as acolhem e alimentam. Instaladas essas forças desequilibrantes no campo íntimo, inicia-se a desintegração da harmonia mental: esta por vezes perdura, não só numa existência, mas em várias delas, até que o interessado se disponha, com fidelidade, a valer-se das bênçãos divinas que o aljofram, para restabelecer a tranqüilidade e a capacidade de renovação que lhe são inerentes à individualidade, em abençoado serviço evolutivo. Pela rebeldia, a alma responsável pode encaminhar-se para muitos crimes, a cujos resultados nefastos se cativa indefinidamente; e, pelo desânimo, é propensa a cair nos despenhadeiros da inércia, com fatal atraso nas edificações que lhe cabe providenciar."


Concluindo, nos casos de loucura sem lesão cerebral, importa considerar que o Espírito encarnado é o responsável por este desajuste, que pode até acarretar lesões perispirituais que, de futuro, podem refletir-se no corpo físico. Sendo ele mesmo a causa, cabe a ele iniciar o processo de cura, mudando o seu modo de pensar e de proceder, libertando-se, pelo amor, pela transformação íntima, ou ainda pela reforma interior, dos processos obsessivos e auto-obsessivos.

Assim, preservemo-nos da loucura, usando os remédios da tolerância, da paciência e da prece, na manutenção de nossa harmonia interior.

Veja também o texto sobre Alienação mental nos tempos de Kardec, neste blog.

Bons estudos!
Carla e Hendrio

Referências:

1.KARDEC, Allan. “O que é o Espiritismo”. 26ª ed. Rio de Janeiro: RJ, FEB: 2001. Segundo diálogo: O Céptico. Loucura, Suicídio e Obsessão.
2.MENEZES, Adolfo Bezerra de. "A Loucura sob Novo Prisma". 13ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 2007. Capítulo 3.
3.XAVIER, Francisco Cândido. “No Mundo Maior”. Pelo Espírito André Luiz. 20ª ed. Rio de Janeiro: RJ, FEB, 1995. Capítulo 16.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Influência do organismo

O organismo influencia na vida do Espírito encarnado, na medida em que permite ou não o livre exercício das faculdades da alma. Esclarecem os Espíritos Superiores, em resposta à questão 369 de "O Livro dos Espíritos"[1], que "a manifestação (da alma) se acha subordinada ao desenvolvimento e ao grau de perfeição desses mesmos órgãos, como a excelência de um trabalho está subordinada à qualidade da ferramenta."

Bezerra de Menezes reforça essa ideia ao expor, na obra "A Loucura sob Novo Prisma"[2], que: "O corpo é simples meio de pôr a alma em relação com o mundo externo, ligando-se-lhe pelo perispírito. (...) Logo, a função do corpo, em geral, e dos seus órgãos, em particular, é de simples aparelho ou instrumento da alma, pois que cessa desde que esta se retire. Entretanto, embora o corpo não dê nem tire à alma influência alguma, influi poderosamente, como instrumento, bem ou mal aparelhado, são ou doentio, sobre o desempenho das funções anímicas."

No mesmo diapasão, ressaltando que é o Espírito quem comanda o corpo, André Luiz, na obra "Evolução em dois mundos"[3], esclarece: "Com o transcurso dos evos, surpreendemos as células como princípios inteligentes de feição rudimentar, a serviço do princípio inteligente em estágio mais nobre nos animais superiores e nas criaturas humanas, renovando-se continuamente, no corpo físico e no corpo espiritual, em modulações vibratórias diversas, conforme a situação da inteligência que as senhoreia, depois do berço ou depois do túmulo. (...) Articulam-se em múltiplas formas, adaptando-se às funções que lhes competem, no veículo de manifestação da criatura que temporariamente as segrega, à maneira de peças eletromagnéticas inteligentes, em máquina eletromagnética superinteligente, atendendo com precisão matemática aos apelos da mente, assemelhando-se, de certo modo, no organismo, aos milhões de átomos que constituem harmonicamente as cordas de um piano, acionadas pelos martelos minúsculos dos nervos, ao impacto das teclas que podemos simbolizar nos fulcros energéticos do córtice encefálico, movimentado e controlado pelo Espírito, através do centro coronário que sustenta a conjunção da vida mental com a forma organizada em que ela própria se expressa."


O mesmo pensamento, também expresso por André Luiz, agora na obra "Mecanismos da Mediunidade"[4], é o que segue: "Compreendendo-se o envoltório psicossomático por templo da alma, estruturado em bilhões de células a se caracterizarem por atividade incessante, é natural imaginemos cada centro de força e cada órgão por departamentos de trabalho, interdependentes entre si, não obstante o caráter autônomo atribuível a cada um. Semelhantes peças, no entanto, obedecem ao comando mental, sediado no cérebro, que lhes mantém a coesão e o equilíbrio, por intermédio das oscilações inestancáveis do pensamento."

Por fim, vale a pena considerar que o organismo não oferece apenas limitações, pois ainda não desenvolvemos todo o seu potencial, conforme nos esclarece o instrutor Calderaro, na obra "No Mundo Maior"[5]: "Nos lobos frontais, André, exteriorização fisiológica de centros perispiríticos importantes, repousam milhões de células, à espera, para funcionar, do esforço humano no setor da espiritualização. Nenhum homem, dentre os mais arrojados pensadores da Humanidade, desde o pretérito até os nossos dias, logrou jamais utilizá-las na décima parte. São forças de um campo virgem, que a alma conquistará, não somente em continuidade evolutiva, senão também a golpes de auto-educação, de aprimoramento moral e de elevação sublime; tal serviço, meu amigo, só a fé vigorosa e reveladora pode encetar, como indispensável lâmpada vanguardeira do progresso individual."

André Luiz nos orienta a cuidar do corpo físico, sendo suas palavras as seguintes, na obra "Agenda Cristã"[6]: "Utilize o corpo físico para recolher as bênçãos da vida Mais Alta, enquanto suas peças se ajustam harmoniosamente. O vaso que reteve essências sublimes ainda espalha perfume, depois de abandonado."

Veja também o texto sobre O Corpo Físico, neste blog.

Bons estudos!
Carla e Hendrio

1. KARDEC, Allan. "O Livro dos Espíritos". 66ª ed. Rio de Janeiro: RJ, FEB: 1987.
2. MENEZES, Adolfo Bezerra de. "A Loucura sob Novo Prisma". 13ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 2007. Capítulo 2.
3. XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo. "Evolução em dois mundos". Pelo Espírito André Luiz. 14ª ed. Rio de Janeiro: RJ, FEB, 1995. Capítulo 5.
4. XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo. "Mecanismos da Mediunidade". Pelo Espírito André Luiz. 14ª ed. Rio de Janeiro: RJ, FEB, 1995. Capítulo 22.
5. XAVIER, Francisco Cândido. "No Mundo Maior". Pelo Espírito André Luiz. 20ª ed. Rio de Janeiro: RJ, FEB, 1995. Capítulo 9.
6. XAVIER, Francisco Cândido. "Agenda Cristã". Pelo Espírito André Luiz. 41ª ed. Rio de Janeiro: RJ, FEB, 2004. Capítulo 14.

sábado, 12 de setembro de 2009

Alienação mental nos tempos de Kardec

Allan Kardec estuda o tema do idiotismo e da loucura na parte segunda de “O Livro dos Espíritos”, que trata da Vida Espiritual, no capítulo VII – Retorno à Vida Corporal. Ele engloba sob o mesmo subtítulo os temas idiotismo e loucura, mas as perguntas são específicas: da questão 371 à questão 374 aborda o tema idiotismo (incluindo em algumas o cretinismo) e das questões 375 à 378, o tema tratado é a loucura, mostrando que, para o Codificador, esses dois verbetes simbolizavam estados diferentes, apesar de próximos. O mesmo pensamento pode ser comprovado na análise que o Codificador faz do relatório quinquenal dirigido ao Imperador pelo Ministro da Agricultura, dos Comércios e dos Trabalhos Públicos, sobre o estado de alienação mental na França, no qual apresenta-se a divisão da alienação mental em: loucos, idiotas e cretinos e que é registrado na Revista Espírita de Julho de 1866.

E qual era o conhecimento sobre o tema na época de Kardec?

Inicialmente, cabe um breve histórico a respeito dos paradigmas existentes. Há três modelos, segundo Karina Cherubini, utilizados para a explicação e orientação da terapêutica dos problemas mentais. São eles o modelo mítico-religioso, o modelo organicista e o modelo psicológico.

O modelo mítico-religioso agrupava “os autores que sustentam a influência sobrenatural como causa da loucura (...). Apontam em dois momentos diversos, inicialmente, na Grécia e Roma Antigas. Depois, reaparecem durante a Idade Média, sob as feições do demonismo. Não há, nessa época, uma escola ou corrente doutrinária no significado atual, mas a semelhança das idéias permite a sua apresentação unificada.”

O modelo organicista sustenta que a causa da loucura como sendo orgânica, física e busca um local físico responsável pela loucura, variando entre o útero, corrente sanguínea, coração e encéfalo. Começou na Idade Antiga, com Hipócrates, o Pai de Medicina e teve muitos adeptos, principalmente a partir do Positivismo, persistindo “até a atualidade, justificando o emprego de terapêuticas psiquiátricas biológicas, como eletroconvulsoterapia” .

O modelo psicológico também com início na Antiguidade Clássica, com os autores de tragédia grega, é “retomado por Philippe Pinel, que passa a considerar as paixões na etiologia da loucura”. Na atualidade, “prossegue com as teorias que sustentam terapias cognitivas ou psiquiatria analítica, sem medicamentos, aplicando os ensinamentos ou outras formas de terapias derivadas da Psicanálise”.

O século XIX foi considerado o século dos manicômios. Diz Isaias Pessotti, Doutor em Psicologia, no livro “O Século dos Manicômios”, que “quem tenta explicar ou apenas descrever o pensamento médico do século XVIII (que servia de base para o conhecimento a ser desenvolvido no século seguinte), em qualquer área da medicina, depara-se com uma tal confusão de 'escolas' e tendências que qualquer tentativa de ordená-lo seria artificial, arbitrária. No caso da medicina 'do espírito', encarregada de cuidar da insania ou da alienatio mentis, a confusão é ainda maior, por várias razões.” No século anterior caíram por terra as explicações teológicas da loucura e ela passou ao terreno da investigação médica. Todavia, a medicina não dispunha de critérios nosográficos (descrição metódica das doenças) para definir o que era loucura, alienação ou seus equivalentes.

“Entre uma e outra 'escola' médica, o dado básico para definir a loucura variava muito. Mas, mesmo que se adotasse um critério comum de definição, por exemplo, a ocorrência de 'delírio sem febre', as doutrinas podiam convergir quanto à natureza da loucura, embora permanecessem divergentes quanto à etiologia da alienação, ou ainda, quanto à explicação do pensamento delirante”, conclui Isaias Pessotti.



Desta forma, verificamos que na época de Kardec, as definições sobre loucura, alienação mental e idiotia não eram claras. Fortalece esse entendimento a existência de pelo menos sete classificações divulgadas entre 1809 a 1843, apresentadas por Isaias Pessotti no livro “Os nomes da loucura”, às quais o Codificador pode ter tido acesso para realizar seu estudo em “O Livro dos Espíritos” (publicado em 1857). Assim, dentre 37 classificações individuais, fora as internacionais, destacamos as seguintes:

Pinel (1809)

Formas de alienação mental
1. Mania (delírio geral, com ou sem furor) e mania raciocinante (aparentemente sem delírio)
2. Melancolia (delírio parcial)
3. Demência
4. Idiotia

Esquirol (1816 e 1818)

Gêneros de loucura
1. Lipemania (delírio parcial com tristeza e depressão)
2. Monomania (delírio parcial com alegria)
3. Mania (delírio geral com excitação)
4. Demência (enfraquecimento dos órgãos do pensamento)
5. Idiotia

Johnson (1843)

Distúrbios Mentais
Ordem I - Congênitos (amência, idiotismo, imbecilidade, cretinismo)
Ordem II - Inflamatórios (frenite, hipofrenite, insânia moral - patomania, insânia intelectual (mania, hipomania, demência)
Ordem III - Não inflamatórios (delírio, hipocondríase)

Há ainda dois pontos importantes a destacar. Um deles refere-se à pesquisa do Codificador em relação à alma dos idiotas, que pode ser consultada na obra “O Céu e o Inferno”, Segunda Parte, Capítulo VII, Expiações Terrestres, no caso de Charles de Saint-G..., idiota.

O segundo ponto a destacar é que atribuía-se ao Espiritismo causar loucura. Este tema também mereceu a atenção do Codificador em “O Livro dos Médiuns”, Capítulo XVIII, Dos Inconvenientes e Perigos da Mediunidade, item 221, do qual transcrevemos pequeno trecho: Poderia a mediunidade produzir a loucura? “Não mais do que qualquer outra coisa, desde que não haja predisposição para isso, em virtude de fraqueza cerebral. A mediunidade não produzirá a loucura, quando esta já não exista em gérmen; porém, existindo este, o bom-senso está a dizer que se deve usar de cautelas, sob todos os pontos de vista, porquanto qualquer abalo pode ser prejudicial.”

Veja também o texto sobre Loucura sem lesão cerebral, neste blog.

Bons estudos!
Carla e Hendrio


Referências bibliográficas:

CHERUBINI, Karina Gomes. “Modelos históricos de compreensão da loucura. Da Antigüidade Clássica a Philippe Pinel.” Disponível em: Jus Navigandi http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=8777.

PESSOTTI, I. “O século dos manicômios”. São Paulo: Editora 34, 1996. Disponível em: http://books.google.com.br/books?id=8uPsYKPVfi4C&pg=PA93&dq=idiotia+e+loucura&lr=#v=onepage&q=idiotia%20e%20loucura&f=false. Acesso em 31.08.2009.

PESSOTTI, I. “Os nomes da loucura”. 34. ed. São Paulo: Editora 34, 1999. v. 1. Disponível em: http://books.google.com.br/books?id=aGIzojXIbpkC&pg=PP4&lpg=PP4&dq=os+nomes+da+loucura+isaias+pessotti&source=bl&ots=sjVI49gjVH&sig=7PX1QyZk2SFdRNtnGisO6SMfics&hl=pt-BR&ei=Bj-lSpKIFZSJ8QaSytzSDw&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=6#v=onepage&q=&f=false Acesso em 31.08.2009.

KARDEC, Allan. “Revista Espírita de Julho de 1866”. São Paulo, SP: IDE, 1993. “Estatísticas da Loucura”.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Mediunidade na Bíblia

Diversas passagens bíblicas, dependendo de sua tradução e interpretação, trazem conclusões completamente díspares sobre as palavras dos profetas e evangelistas (e não de Deus, pois a Bíblia é um conjunto de livros escrito pelos homens, alguns dos quais Espíritos de grande elevação, mas ainda imperfeitos; vide "A Reencarnação na Bíblia" e "Nascer de Água", neste Blog). Analisemos alguns poucos trechos frequentemente citados como contrários à prática da mediunidade, ou seja, a interação entre planos mais e menos densos da existência humana.


- Deuteronômio 18:9-14

Os grifos de tradução apresentada são nossos.

Tradução da 35ª edição da Bíblia realizada pelo Centro Bíblico Católico Editora Ave Maria:
“Quando tiveres entrado na terra que o Senhor, teu Deus, te dá, não te porás a imitar as práticas abomináveis da gente daquela terra. Não se ache no meio de ti quem faça passar pelo fogo seu filho ou sua filha, nem quem se dê à adivinhação, à astrologia, aos agouros, ao feiticismo, à magia, ao espiritismo, à adivinhação ou a evocação dos mortos.”

“Tradução do Novo Mundo”, dos Testemunhos de Jeová:
“Quando tiveres entrado na terra que Jeová, teu Deus, te dá, não deves aprender a fazer as coisas detestáveis dessas nações. Não se deve achar em ti alguém que faça seu filho ou sua filha passar pelo fogo, alguém que empregue adivinhação, algum praticante de magia ou quem procure presságios, ou um feiticeiro, ou alguém que prenda outros com encantamento, ou alguém que vá consultar um médium Espírita, ou um prognosticador profissional de eventos, ou alguém que consulte os mortos.”

Tradução direta do hebraico[1]:
“Quando entrares na terra que Iahvéh, teu Deus, te dá, não aprendas a fazer as abominações daquelas nações. Não se achará em ti quem faça passar seu filho ou sua filha pelo fogo, nem adivinhador, nem feiticeiros, nem agoureiro, nem cartomante, nem bruxo, nem mago e semelhante, nem quem consulte o necromante e o adivinho, nem quem exija a presença dos mortos.”


- Levítico, 19:31

Os grifos de tradução apresentada são nossos.

Tradução da 35ª edição da Bíblia realizada pelo Centro Bíblico Católico Editora Ave Maria:
Não vos dirijais aos espíritas nem aos adivinhos: não os consulteis, para que não sejais contaminados por eles.”

Tradução direta do hebraico[1]:
Não ireis aos necromantes e nem aos adivinhos. Não procurareis vos contaminar por eles. Eu sou Iahvéh vosso Deus”.


O termo Espiritismo seria criado por Allan Kardec cerca de quatro mil anos após estas orientações, as quais foram apresentadas para uso por um povo cujo idioma, o hebraico, nem possuía e nem hoje possui o termo Espiritismo. Há traduções que modificam o ensino apresentado, que foi o de evitar consultarem-se os Espíritos para assuntos materiais e frívolos, orientação essa corroborada pelo Espiritismo.

Como evidência disso, Allan Kardec elucida, em "O Evangelho Segundo o Espiritismo"[2], condenando qualquer proveito material que se possa obter da interação entre os dois planos da existência:

"Quem conhece as condições em que os bons Espíritos se comunicam, a repulsão que sentem por tudo o que é de interesse egoístico, e sabe quão pouca coisa se faz mister para que eles se afastem, jamais poderá admitir que os Espíritos superiores estejam à disposição do primeiro que apareça e os convoque a tanto por sessão. O simples bom-senso repele semelhante ideia. (...) Quem, pois, deseje comunicações sérias deve, antes de tudo, pedi-las seriamente e, em seguida, inteirar-se da natureza das simpatias do médium com os seres do mundo espiritual. Ora, a primeira condição para se granjear a benevolência dos bons Espíritos é a humildade, o devotamento, a abnegação, o mais absoluto desinteresse moral e material.
(...)
Daí vem não haver no mundo um único médium capaz de garantir a obtenção de qualquer fenômeno espírita em dado instante. (...) Há mais: não é de si próprio que o explorador dispõe; é do concurso dos Espíritos, das almas dos mortos, que ele põe a preço de moeda. Essa ideia causa instintiva repugnância. Foi esse tráfico, degenerado em abuso, explorado pelo charlatanismo, pela ignorância, pela credulidade e pela superstição que motivou a proibição de Moisés. O moderno Espiritismo, compreendendo o lado sério da questão, pelo descrédito a que lançou essa exploração, elevou a mediunidade à categoria de missão."

Ainda na obra "O Evangelho Segundo o Espiritismo"[3], o Codificador orienta: "Os fenômenos espíritas, longe de abonarem os falsos Cristos e os falsos profetas, como a algumas pessoas apraz dizer, golpe mortal desferem neles. Não peçais ao Espiritismo prodígios, nem milagres, porquanto ele formalmente declara que os não opera. Do mesmo modo que a Física, a Química, a Astronomia, a Geologia revelaram as leis do mundo material, ele revela outras leis desconhecidas, as que regem as relações do mundo corpóreo com o mundo espiritual, leis que, tanto quanto aquelas outras da Ciência, são leis da Natureza."

A argumentação fundada acerca de qualquer campo do conhecimento é bem-vinda; todavia, o ataque imotivado e carente de embasamento tende a difamar o próprio autor da difamação, como o Codificador da Doutrina Espírita, Allan Kardec, pontua em "O Livro dos Médiuns"[4]: "Julgar do Espiritismo pelos fatos que ele não admite é dar prova de ignorância e tirar todo valor à opinião emitida."


- Números 11:26-29

"Mas ficaram no arraial dois homens, um se chamava Eldade, e o outro Medade. Repousou sobre eles o espírito; eram do número daqueles que foram alistados, porém não tinham saído para irem à Tenda; e profetizaram no arraial. Correu um moço, e o referiu a Moisés, e disse: Eldade e Medade profetizam no arraial. Então Josué, filho de Num, servidor de Moisés, um dos seus homens escolhidos, respondeu e disse: Moisés, meu senhor, proibe-lho. Moisés respondeu-lhe: Tens tu ciúmes por mim? quem dera que todo o povo de Jeová fossem profetas, que Jeová pusesse o seu espírito sobre eles!"

Comentando o trecho acima, o autor José Herculano Pires[5] afirma: "Como acabamos de ver, Moisés aprovava a mediunidade pura que o Espiritismo aprova e defende. Mas o pior cego é o que não quer ver, principalmente quando fechar os olhos é conveniente e proveitoso."

- Marcos 9:38-40

"Disse-lhe João: Mestre, vimos um homem que não nos segue, expelir demônios em teu nome, e lho proibimos, porque não nos seguia. Mas Jesus respondeu: Não lho proibais; porque não há ninguém que faça milagre em meu nome, e logo depois possa falar mal de mim. Pois quem não é contra nós, é por nós."

Tanto nos trechos bíblicos acima, de Números e Marcos, respectivamente no Velho e no Novo Testamentos, encontram-se episódios de anuência no contato entre os planos denso e sutil da existência humana com propósitos úteis e voltados ao Bem.



- Mateus 17:1-9, Marcos 9:2-8 e Lucas 9:28-36

Nas narrativas dos três evangelistas, Jesus vai a um monte com Pedro, Tiago e João, quando seu rosto se transfigura em luz resplandecente, e são vistos Moisés e Elias, mortos séculos antes, conversando com Ele.

Carlos Torres Pastorino, na sua obra "Sabedoria do Evangelho"[6], comenta: "Como vemos, trata-se de verdadeira e legítima 'sessão espírita', realizada por Jesus em plena natureza, a céu aberto, confirmando que as proibições, formuladas pelo próprio Moisés ali presente, não se referiam a esse tipo de sessões, mas apenas a ‘consultar’ os espíritos dos mortos sobre problemas materiais (cfr. Lev. 19:31 e Deut. 18:11)."

Era e continua sendo condenável seguirem-se ensinos, proferidos por pessoas encarnadas ou desencarnadas, em desacordo com a Lei Divina, a mistificação religiosa ou materialista (vide Deuteronômio 18:20: "Mas o profeta que se houver com presunção, falando em meu nome uma palavra que não lhe ordenei falar, ou que falar em nome de outros deuses, esse profeta morrerá.").


Concluindo, nas palavras de José Herculano Pires[7]: "Se quisermos evitar a morte de Deus na consciência humana, evitemos o literalismo bíblico e a idolatria. Uma imagem mental de Deus é também um ídolo perecível, e quem a cultua não é menos idólatra que os adoradores de imagens materiais. A concepção espírita de Deus está acima dessas controvérsias teológicas. O Deus espírita não é um ídolo, mas aquela realidade que, como dizia Descartes, está na consciência do homem como a marca do artista na sua obra."


Leia também, neste blog, as postagens “Pentecostes, mediunidade e Espiritismo”, “Espiritismo e Internet”, “Falsos Cristos, falsos profetas e seus seguidores” e “Pressentimentos”.


Bons estudos!
Carla e Hendrio


Referências

1. SILVA, Severino Celestino da. "Analisando as Traduções Bíblicas: refletindo a essência da mensagem bíblica". 6ª ed. João Pessoa: Ideia, 2008. Capítulo 5.
2. KARDEC, Allan. "O Evangelho Segundo o Espiritismo". 2ª ed. de bolso. Rio de Janeiro: RJ, FEB: 1999. Capítulo 26, itens 8 e 9.
3. KARDEC, Allan. "O Evangelho Segundo o Espiritismo". 2ª ed. de bolso. Rio de Janeiro: RJ, FEB: 1999. Capítulo 21, item 7.
4. KARDEC, Allan. "O Livro dos Médiuns". 55ª ed. Rio de Janeiro: RJ, FEB: 1987. Primeira Parte, capítulo 2, item 14, sexta proposição.
5. PIRES, J. Herculano. "Visão Espírita da Bíblia". Edições Correio Fraterno, 1989. Capítulo 11.
6. PASTORINO, Carlos Torres. "Sabedoria do Evangelho". Rio de Janeiro, RJ: Sabedoria, 1964. "A Transfiguração".
7. PIRES, J. Herculano. "Visão Espírita da Bíblia". Edições Correio Fraterno, 1989. Capítulo 18.