quinta-feira, 13 de outubro de 2011

O Céu e o inferno

“O Reino de Deus não vem com aparência visível. Nem dirão: Ei-lo aqui! ou: Ei-lo ali! porque o reino de Deus está dentro de vós.” (Lucas 17:20-21)

Céu
Allan Kardec, em sua obra “O Céu e o Inferno” [1], explica que o termo céu vem do grego coilos, passando para o latim cœlum, ambas as palavras significando “côncavo”. Na Antiguidade, cria-se que o Universo girava em esferas com a Terra em seu centro, sendo cada esfera vista de nosso Planeta como um côncavo. Nosso entendimento sobre a posição da Terra frente ao Universo muito já se modificou; amadureçamos, também, nossa visão de mundo sobre o que sejam céu e inferno.

Paraíso
A metáfora de o céu ser um local do Universo destinado aos escolhidos por Deus tem frequente associação ao termo paraíso. Em sua origem, porém, tanto o termo céu como paraíso não significavam isso. O pesquisador Carlos Torres Pastorino [2] pondera, a respeito da palavra paraíso:
“A palavra PARAÍSO, transcrição do persa pairi-daêza, é encontrada várias vezes no Antigo Testamento, com o sentido de ‘jardim plantado’, de ‘bosque’ ou ‘pomar’ amenos, mas sempre no solo da Terra, e não flutuando entre as nuvens. (...) Em outros passos no Antigo Testamento encontramos o termo parádeisos como local físico de deleite ameno: (...) “Os teus renovos são um pomar [parádeisos] de romãs, com frutos preciosos (...)” (Cânticos 04:13)
Percebemos, nessa passagem de Cânticos, a associação entre os frutos do trabalho de uma pessoa (seus renovos) e uma ambiência harmônica à sua volta, a começar em seu mundo interior.

Felicidade
“Estar no Céu” é, portanto, um estado de harmonia espiritual, sempre condicionado ao Bem que praticarmos, independente de nossa localização. Essa é a aplicação prática do ensino constante do Salmo 62 e depois corroborado por Jesus:
“A cada um segundo as suas obras.” (Salmos 62:12; Mateus 16:27)
A respeito da relação entre felicidade, prática constante do Bem e evolução, Kardec pondera:
“A felicidade está na razão direta do progresso realizado (...). Sendo a felicidade dos Espíritos inerente às suas qualidades, haurem-na eles em toda parte em que se encontram, seja à superfície da Terra, no meio dos encarnados, ou no Espaço. (...) A felicidade dos Espíritos bem-aventurados não consiste na ociosidade contemplativa (...). A vida espiritual em todos os seus graus é, ao contrário, uma constante atividade, mas atividade isenta de fadigas.” [3]

Onde está o Céu?
O Codificador da Doutrina Espírita conclui a respeito dessa questão:
“Em toda parte. Nenhum contorno lhe traça limites. Os mundos adiantados são as últimas estações do seu caminho, que as virtudes franqueiam e os vícios interditam. (...) Comparados à Terra, esses mundos são verdadeiros paraísos (...). Sendo a Terra um mundo inferior destinado à purificação dos Espíritos imperfeitos, está nisso a razão do mal que aí predomina, até que praza a Deus fazer dela morada de Espíritos mais adiantados.” [4]
À medida que evoluímos moral e intelectualmente, trabalhamos para conquistar o acesso a mundos mais adiantados, nos quais novas e superiores lições nos aguardam. Não obstante, o Céu é um estado de harmonia íntima: onde quer que estejamos, com nossa consciência tranquila pela prática de todo o Bem ao nosso semelhante que estiver ao nosso alcance, bem como buscando a sintonia com a Espiritualidade Superior pela prece, sempre estaremos num paraíso, ou seja, nosso ambiente espiritual estará tranquilo como um jardim ameno.
A respeito dos diferentes graus evolutivos de mundos, aconselhamos a leitura de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, no seu capítulo III (“Há muitas moradas na casa de meu Pai”), itens 03 a 05 (“Diferentes categorias de mundos habitados”). [5]

O “mundo inferior”
A expressão acima vem do latim infernum, também significando “profundezas”. A elevação de pensamento proporcionada pelo Bem se inicia no Espírito. De forma análoga, o rebaixamento vibratório pela ausência da prática do Bem é um estado de desarmonia no mundo interior, refletindo, também, no ambiente em que a pessoa se localiza, por afinidade com outros Espíritos em condição similar de pensamento, palavras e atos.

Causa e efeito
Na Antiguidade, não havia uma noção clara sobre a existência de um mundo espiritual; só se entendia o que fosse do mundo físico, e, assim, também físicas deveriam ser as consequências de quaisquer atos nossos. Na análise de Allan Kardec, lemos:
“Desde todas as épocas o homem acreditou, por intuição, que a vida futura seria feliz ou infeliz, conforme o bem ou o mal praticado neste mundo. (...) o homem primitivo naturalmente moldou o seu futuro pelo presente (...). Não estando ainda desenvolvido o sentido que mais tarde o levaria a compreender o mundo espiritual, não podia conceber senão penas materiais; e assim, com pequenas diferenças de forma, os infernos de todas as religiões se assemelham.” [6]
Nossa visão de mundo evoluiu; já nos é possível compreender a transcendência da vida. Tratemos, então, de também evoluir nossa visão de mundo acerca da lei de causa e efeito. Eliminando a causa de dores morais, ou seja, buscando constantemente a prática da Lei Divina e nos mantendo em paz com a consciência, local onde encontra-se inscrita a Lei de Deus (“O Livro dos Espíritos”, questão 621), eliminam-se, também, as causas de quaisquer sofrimentos, incluindo as dores físicas, as quais cessarão quando não mais precisarmos desses alertas para nossa retificação moral.

Inferno e medo
A figura de um local do Universo destinado a abrigar os que “ofenderam a Deus”, bem como a existência de um ou mais seres com poder para se opor a Deus e “roubar-lhe” almas, são ideias contrárias à do Criador infinitamente justo, inteligente e bom. Toda a Sua criação, tanto o espaço como os Espíritos, estão em constante evolução. Apesar disso, essas imagens têm sido, há muito tempo, utilizadas também como instrumentos para incutir medo e obter controle sobre as pessoas. Isso não é eficaz, não é caridoso e é desnecessário; não necessitamos de instrumentos de opressão para nos impelir à evolução. Esse tipo de recurso tem relação com a Humanidade primitiva, como analisa Kardec:

“(...) o homem é comumente mais sensível ao mal que ao bem; este lhe parece natural, ao passo que aquele mais o afeta. Nem por outra razão se explica, nos cultos primitivos, as cerimônias sempre mais numerosas em honra ao poder maléfico: o temor suplanta o reconhecimento.” [7]
Eis um desafio importante à nossa Humanidade atual, vivendo em um planeta em transição para mundo de Espíritos regenerados. Em vez de buscarmos o Bem, ainda precisamos temer o mal para contermos e eliminarmos nossas más tendências? Está na hora de o reconhecimento e busca pela prática do Bem ser-nos muito mais relevante do que o temor do mal.
O uso de figuras diabólicas como instrumento de controle pelo medo é ilustrado por André Luiz, no livro “Ação e Reação” [8], relatando a situação de uma mulher atormentada com a figura de um “demônio”, divulgada em livro do século XIX com a concordância de autoridades religiosas. Além de ser uma publicação não caridosa, esses tipos de imagem são utilizados por Espíritos temporariamente focados no mal, os quais podem modificar seu perispírito, seu corpo de matéria sutil, modelável pelo pensamento, e assumir essas formas assustadoras, implicando sofrimentos como o relatado nessa obra.
Devemos, também, ponderar que a ameaça do inferno não é eficaz para todos os encarnados. Esse recurso é especialmente inútil para os materialistas e para os mais intensamente ligados ao mal. Podemos concluir isso através do depoimento, trazido por via mediúnica, de Jacques Latour, um criminoso condenado à morte, a qual não temia por crer que, quando morresse, tudo acabaria, inclusive qualquer cobrança por seus erros — o que se verificou totalmente diferente de suas expectativas, pois a vida continua. Nas palavras de Jacques Latour:

“(...) Ora; um grande malfeitor não é um Espírito pusilânime, e o temor de um polícia é para ele mais real que a descrição dos tormentos do inferno. (...) Como insinuar (...) que uma alma, isto é, uma coisa imaterial, possa sofrer ao contato do fogo material? (...) por isso tantos e tantos criminosos se riem desses painéis fantásticos do inferno. O mesmo, porém, não se dá quanto à dor moral do condenado, após a morte física. Orai para que o desespero não se aposse de mim.” [9]

Do medo para a caridade
A Doutrina Espírita é o Consolador prometido por Jesus. Consolar é a união de dois termos do latim: cum + solis, ou seja, com + sol. O Sol é nossa referência de energia vital e calor; daí a expressão consolar ter o significado de levar iluminação e vitalidade às almas.
Cuidemos para nós, espíritas, não fazermos a mesma abordagem de medo das crenças primitivas, detalhando quadros terríveis de locais como o “vale dos suicidas” ou de obsessores implacáveis! Cada pessoa é uma história em particular; não há “tabela” no planejamento das vidas dos Espíritos, determinando que tais atos implicarão tanto tempo em determinado lugar; isso é abordagem coerente com as crenças primitivas do inferno, nas quais todos pagam da mesma forma, seja por que erro e em que contexto tenha ocorrido. Não mais necessitamos orientar pelo medo do mal, mas sim compartilhando o pouco que sabemos sobre a infinita evolução no Bem que aguarda a todos.

Sofrimentos “eternos”
Uma ideia comumente associada ao mito primitivo de inferno é o dos sofrimentos sem fim; a imagem de queimar “para sempre” num fogo que nunca apaga. Analisemos as palavras de Jesus:

“Se a tua mão te servir de pedra de tropeço [skándalon], corta-a; melhor é entrares na vida aleijado do que, tendo as duas mãos, ires para a geena, para o fogo inextinguível.” (Marcos 09:43)
Essa passagem evangélica traz importantes lições sobre a vida ser um processo, o qual demanda evolução constante, e não um projeto com início em nossa concepção, seguido de algumas décadas de existência e findo com a morte do corpo físico. O estado atual de nossa existência decorre do que fizemos com nossos recursos anteriormente. Se fizemos mau uso de um dos tantos presentes de Deus, não só recursos físicos como a mão, mas recursos espirituais como a inteligência, e se optamos por não aprender pelo amor, ou seja, pela prática do Bem, aprenderemos pela dor, ou seja, privados de algum recurso por algum tempo, para meditarmos sobre a falta que ele nos fez e buscarmos conquistar novamente o direito de dispor do mesmo.
A respeito da questão de penas “eternas”, como o “fogo inextinguível”, sugerimos a leitura da postagem “Penas ‘Eternas’”, neste Blog, contendo diversas citações da Codificação Espírita relativamente a esse tema. Por ora, atenhamo-nos à questão do fogo, a geena citada por Jesus.
O termo geena deriva da expressão hebraica Geh Ben Hinnóm, ou “Vale dos filhos de Hinom”, citada, por exemplo, no segundo livro de Reis. Trata-se de um vale, localizado junto à cidade de Jerusalém. Antes de os hebreus lá residirem, este vale era utilizado para rituais ao deus pagão Moloch, os quais consistiam em sacrifícios humanos utilizando fogo. O povo judeu utilizou este vale para incinerar o lixo da cidade de Jerusalém, bem como para queimar os corpos de indigentes e condenados à morte. Esse vale foi, portanto, um lugar por muito tempo associado ao fogo e a queimar criminosos. Por isso Jesus referiu a geena como um lugar de sofrimento. Vemos, à figura abaixo, como é a geena atualmente. Se a geena evoluiu, também nós evoluamos nossa visão sobre ela, bem como nosso entendimento de mundo.


Vale dos filhos de Hinom (Geena) [10]

Uma vez que eterno significa, em seu sentido original, algo de duração desconhecida ou entendida como muito grande, nós é que determinamos o tempo em que permaneceremos em algum sofrimento: quando abrirmos mão do orgulho e do egoísmo, dando lugar à humildade e ao altruísmo, nossas dores morais se abrandarão, com reflexos positivos em todos os aspectos de nossas vidas.
Não nos percamos em questões semânticas. Um dos princípios da Doutrina Espírita é o de que Deus é eterno, e, para Ele, utilizamos o sentido mais recente da palavra; ou seja, Deus não teve início nem terá fim. De forma coerente com o outro princípio doutrinário, qual seja, o de Deus ser a suprema justiça, inteligência e bondade, é lógico, para a questão de penas e sofrimentos, utilizarmos o sentido original de eterno, qual seja, o de uma duração desconhecida. Lembremos de trecho da resposta à questão 28 de “O Livro dos Espíritos”:

“Compete-vos a vós formular a vossa linguagem de maneira a vos entenderdes. As vossas controvérsias provêm, quase sempre, de não vos entenderdes acerca dos termos que empregais, por ser incompleta a vossa linguagem para exprimir o que não vos fere os sentidos.”

Agrupamentos por afinidades
Céu e inferno são, antes de tudo, estados de Espírito. Mesmo assim, há locais onde se agrupam Espíritos de acordo com suas afinidades. Há, portanto, cidades e mundos onde vivem Espíritos harmonizados, bem como locais onde temporariamente se agregam seres em sofrimento moral e físico. Isso não implica que esses últimos locais servirão “para sempre” como “infernos” ou “purgatórios”; tudo evolui; o mal é temporário e o Bem é definitivo.
Analisemos um diálogo entre Clarêncio e André Luiz [11] a esse respeito:

“– Orgulho, vaidade, tirania, egoísmo, preguiça e crueldade são vícios da mente, gerando perturbações e doenças em seus instrumentos de expressão.
– É por isso que temos os vales purgatoriais, depois do túmulo... a morte não é redenção...
– Nunca foi (...). O pássaro doente não se retira da condição de enfermo, tão só porque se lhe arrebente a gaiola. O inferno é uma criação de almas desequilibradas que se ajuntam, assim como o charco é uma coleção de núcleos lodacentos, que se congregam uns aos outros.”

Purgatório
André Luiz, em sua reflexão, cita os “vales purgatoriais”. Como a Doutrina Espírita analisa a figura do purgatório? Estudemos as palavras de Kardec:

“Em cada existência, uma ocasião se depara à alma para dar um passo avante; de sua vontade depende a maior ou menor extensão desse passo: franquear muitos degraus ou ficar no mesmo ponto. (...) É, pois, nas sucessivas encarnações que a alma se despoja das suas imperfeições, que se purga, em uma palavra, até que esteja bastante pura para deixar os mundos de expiação como a Terra, onde os homens expiam o passado e o presente, em proveito do futuro.” [12]

Preparo na Luz para superar as sombras
Ninguém jamais está desamparado. Mesmo os Espíritos em situação moral mais degradada continuam a ser filhos do mesmo Deus, amados por Ele, o qual criou a todos fadados à evolução no caminho da perfeição. Sendo assim, mesmo nos lugares onde temporariamente convivem os sentimentos e pensamentos mais deprimentes, há Espíritos focados no Bem, auxiliando a todos que se cansem do mal, pois o mal se consome por si mesmo.
Nos locais onde as sombras são mais densas, mais preparados na Luz são os Espíritos que atuam em missões de consolação e amparo. Na obra “No Mundo Maior”, André Luiz exprime sua vontade de acessar abismos purgatoriais para relatar o que observaria em seus livros. A diretora dos trabalhos, Cipriana, orienta:

“(...) a sugestão (...) é valiosa, em se tratando de observações preliminares no Baixo Umbral. Como responsável, porém, pelos serviços diretos da expedição, não posso admiti-lo, por enquanto, em todas as particularidades. (...) Nosso estimado André não tem o curso de assistência aos sofredores nas sombras espessas.” [13]
Onde houver dores morais mais intensas, tanto mais preparados no Bem são os Espíritos atuando na assistência àqueles irmãos em Deus. Podemos fazer uma analogia com um centro médico de alta complexidade, no qual enfermidades graves são objeto de atenção de equipes altamente preparadas.
Preparemo-nos, também nós, na prática do Bem, buscando orientação para bem praticá-lo através da prece, visando a auxiliar a nós mesmos e ao nosso semelhante, erigindo o Céu em nós, em nosso ambiente e em nosso mundo.


Leia também, neste Blog, as postagens “O Bem e o Mal”, “A Influência de ‘Maus’ Espíritos” e “Penas ‘Eternas’”.




Bons estudos!
Carla e Hendrio


Referências:
 [1] KARDEC, Allan. “O Céu e o Inferno”. 37.ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1991. Primeira parte, capítulo III (“O céu”), item 01.
[2] PASTORINO, Carlos Torres. “Sabedoria do Evangelho”. Rio de Janeiro, RJ: Sabedoria, 1964. Volume 8, capítulo “Zombarias”.
[3] KARDEC, Allan. “O Céu e o Inferno”. 37.ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1991. Primeira parte, capítulo III (“O céu”), itens 06 e 12.
[4] Ibidem. Itens 11 e 18.
[5] KARDEC, Allan. “O Evangelho Segundo o Espiritismo”. 97.ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1987. Capítulo III (“Há muitas moradas na casa de meu Pai”), itens 03 a 05 (“Diferentes categorias de mundos habitados”).
[6] KARDEC, Allan. “O Céu e o Inferno”. 37.ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1991. Primeira parte, capítulo IV (“O inferno”), itens 01 e 02;
[7] Ibidem. Capítulo IX (“Os demônios”), item 3;
[8] XAVIER, Francisco Cândido. “Ação e Reação”. Pelo Espírito André Luiz. 28.ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 2007. Capítulo 04.
[9] KARDEC, Allan. “O Céu e o Inferno”. 37.ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1991. Segunda parte, capítulo VI (“Criminosos arrependidos”), depoimentos de Jacques Latour, itens I e III.
[10] Wikipédia. Palavra Geena. Disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Geena. Acesso em 06/out/2011.
[11] XAVIER, Francisco Cândido. “Entre a Terra e o Céu”. Pelo Espírito André Luiz. 17.ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1997. Capítulo XXI.
[12] KARDEC, Allan. “O Céu e o Inferno”. 37.ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1991. Primeira parte, capítulo V (“O purgatório”), item 4.
[13] XAVIER, Francisco Cândido. “No Mundo Maior”. Pelo Espírito André Luiz. 20ª ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB, 1995. Capítulo 17.



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