Meditemos a respeito da mensagem da Espiritualidade para todos nós...
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Diante de algo bom a realizar, não hesites. Faze-o logo.
Não cultives indecisão, em se tratando de concretizar o melhor. Se o homem titubeia, receando edificar o bem que a vida lhe pede, a morte não vacila no horário a que deve atender.
Chegou o momento da visita a alguém que sofre? Vai. Não argumentes contigo contra a resolução.
Sentes-te decidido a doar determinado recurso, em favor dos outros? Dá imediatamente. Segue a boa intenção.
Sê confiante. Ousa construir a fraternidade. Não albergues a irresolução em problemas que se refiram a servir.
No que tange a obrigações nobilitantes, o maior prejuízo da dúvida é a perda de tempo, de vez que as leis do destino não nos desculpam a falta, na execução dos deveres que não admitem demora. Pagaremos pela omissão.
Decide-te, conjugando pensamento e forma, projeto e construção, para que o sonho se faça realidade. Amanhã, os horizontes são outros, os caminhos talvez mais ásperos, as companhias imprevisíveis.
Foto: Hendrio Belfort
Não te justifiques, fantasiando a tibieza de precaução. Em todas as épocas da Humanidade, a preguiça e a astúcia têm vestido a túnica da prudência para largar os infelizes. Acolhe o dever de ânimo forte. Lança o primeiro passo no serviço, e depois, se perseveras, o próprio serviço incumbir-se-á de traçar-te orientação na continuidade da obra que te abrilhantará a estrada.
O desânimo geralmente nasce na alma; talvez num caso entre mil, será justo responsabilizar o corpo enfermo pela eclosão desse corrosivo mental. Não aguardes no sofá ou no leito a solução que nunca vem por não te dispores à alegria de auxiliar; resolve agora, ajuda na véspera da necessidade. Quando a ideia edificante brota no cérebro é que a inspiração da Espiritualidade Superior te visita.
Perante o Evangelho, não há situações dilemáticas. “Quem não é por mim, é contra mim”; “seja o teu falar sim, sim, não, não” — ensinou-nos o Cristo de Deus. Hesitar em questões de fraternidade é estagnar-se, paralisando as mais elevadas funções da vida; por isso, frente à caridade, todo impasse é atraso na evolução.
Muita gente afirma temer compromisso na concretização da felicidade do próximo, no entanto pensará de outro modo se observar que a Divina Sabedoria não pede ao capim que produza laranjas, nem acalenta rosas em tratos de areia.
Sigamos pela trilha da decisão. Ninguém é chamado ao serviço que não possa fazer.
VIEIRA, Waldo. “Seareiros de Volta”. Por Diversos Espíritos. 4.ed. Rio de Janeiro, RJ: FEB. 1987. p. 56-57.
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