segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Egos virtuosos e Eus sapientes

Imaginemos a seguinte situação: você segura a porta para alguém e a pessoa passa sem agradecer. Qual o seu primeiro pensamento? Qual a sua emoção?

Huberto Rohden, explicando a Parábola dos Trabalhadores da Vinha (Mateus 20:01-16) [1], separa os trabalhadores em duas classes: a dos egos virtuosos e a dos eus sapientes. Os primeiros fazem o que é certo, o bem, esperando sua recompensa; os últimos entendem que o bem é a recompensa e fazem-no pelo bem em si mesmo, sem esperar nada em troca.

"A disciplina antecede a espontaneidade" - sábias palavras de Emmanuel [2], que demonstram ser válido o esforço na prática do bem - a disciplina para os egos virtuosos - até que essa prática se torne um hábito salutar - a espontaneidade dos eus sapientes. Convém, no entanto, não nos iludirmos, como o fariseu da passagem evangélica (Lucas 18:09-14), que se julga superior ao publicano devido aos seus atos exteriores de bondade que ainda não tinham se tornado hábito em seu coração.

Estejamos cientes e autoconscientes do que é a prática do bem para nós. Se ainda nos indignamos pela falta de educação de alguém frente a um gesto de gentileza nosso, é provável que mereçamos ouvir, ressoando em nossa consciência, as palavras de Paulo aos Hebreus [3]: "Mas de vós, amados, esperamos coisas melhores".

Comecemos a fazer o Bem, nem que seja, de início, pelo reconhecimento. Porém, trabalhemos nossa evolução interior para fazer o Bem pela alegria e satisfação de fazer o Bem. Esse um dos próximos passos de evolução em nosso Planeta. Como bem pontua a Benfeitora Joanna de Ângelis [4], “quando alguém se eleva, com ele se ergue toda a Humanidade”.


A respeito do tema, leia também, neste blog, as postagens “O fariseu e o publicano”, “Amar o Próximo”, “Os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos”, “Reconciliação”, “Amar os inimigos” e “Caminha Alegremente”.


Bons estudos!
Carla e Hendrio


[1] ROHDEN, Huberto. "Sabedoria das Parábolas". São Paulo, SP: Martin Claret, 2004. Capítulo "Os trabalhadores na vinha".
[2] XAVIER, F. C. "Coragem". Por Diversos Espíritos. Uberaba, MG: CEC. Capítulo 22 - "Quando puderes". Pelo Espírito Emmanuel.
[3] Hebreus, 6:9.
[4] FRANCO, Divaldo P. "Leis Morais da Vida". Pelo Espírito Joanna de Ângelis. 10.ed. Salvador, BA: LEAL. 2000. Capítulo 32.

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